As obras mediúnicas da lavra de Chico
Xavier necessitam, urgentemente, serem relidas e estudadas com atenção.
Infelizmente, poucos são os que têm atinado com o seu conteúdo.
Prosseguindo em nosso diálogo com os
leitores deste blog, apresentaremos hoje, de maneira sucinta, algo do conteúdo
do capítulo 20 - "Defesas Contra o Mal", do livro "Os
Mensageiros". Cremos que semelhante providência os auxiliará a mais bem
compreenderem a natureza do corpo espiritual nas adjacências da Terra. Porque a
verdade é que, sob influência do subconsciente, muitos espíritas continuam
pensando com o cérebro da crença religiosa que esposou em vidas pregressas.
Visitando determinado posto de socorro, em
Campo da Paz, erguido nas vizinhas do orbe terrestre, André Luiz observou a
existência de armas em seus muros: "Observei o caminho da ronda, a
cisterna, as seteiras e, em seguida, as paliçadas e barbaças, refletindo na
complexidade de todo aquele aparelhamento defensivo. E as armas?
Identificava-lhes a presença na maquinaria instalada ao longo dos muros,
copiando os pequenos canhões conhecidos na Terra".
Vocês já tinham se detido a refletir sobre
o trecho acima? Não! Pois convém fazê-lo!
Adiante, André Luiz entabula interessante
conversação com Alfredo:
-
Mas... e as armas? - perguntei. - acaso são utilizadas?
- Como não? - disse Alfredo pressuroso. -
não temos balas de aço, mas temos projetis elétricos. Naturalmente, a ninguém
atacaremos. Nossa tarefa é de socorro e não de extermínio.
- No entanto - aduzi, sob forte impressão
-, qual o efeito desses projetis?
- Assustam terrivelmente - respondeu ele,
sorrindo - e, sobretudo, demonstram as possibilidades de uma defesa que
ultrapassa a ofensiva.
- Mas apenas assustam? - tornei a interrogar.
Alfredo sorriu mais significativamente e
acrescentou:
- Poderiam causar e impressão de morte.
Agora, peço-lhes meditarmos juntos, com
atenção redobrada, sobre o texto que, abaixo, transcrevo:
Nossos projetis, portanto, expulsam os
inimigos do bem através de vibrações do medo, mas poderiam causar a ilusão da
morte, atuando sobre o corpo denso dos nossos semelhantes, menos adiantados no
caminho da vida. A morte física, na Terra, não é igualmente pura impressão?
Ninguém desaparece. O fenômeno é apenas de invisibilidade ou, por vezes, de
ausência.
Com inteligência e sutileza, o que Alfredo
estaria dizendo a André Luiz? Ou melhor: com sutileza e inteligência, o que
André Luiz estaria tentando dizer aos irmãos encarnados?
Se
me permitem, de quebra, eis uma nova e inequívoca ilusão à possibilidade da
reencarnação no Mundo Espiritual:
"... nesta esfera, o corpo denso
modificado pode ressurgir todos os dias, pela matéria mental destinada à
produção dele..."
Por este motivo e outros é que não somos
favoráveis ao estudo da Doutrina Espírita a partir de apostilas! Quando eu
estava por aí, envergando a indumentária física, apostila era coisa de
vestibulando... Quem, de fato, quiser aprender Espiritismo, deve estudar
diretamente nos livros! No máximo, as apostilas poderão ser usadas como
indicadores bibliográficos.
Allan Kardec, na introdução de "O
Livro dos Espíritos", escreveu com propriedade: "Que ninguém,
portanto, se iluda: o estudo do Espiritismo é imenso; liga-se a todas as
questões da metafísica e da ordem social; é todo um mundo que se abre ante
nós. Será de espantar que ele exija
tempo, e muito tempo, para a sua realização?".
Cremos que, nos centros espíritas em
geral, deveriam existir mais reuniões de estudo e menos mediunidade! E mais
caridade também, a partir da língua!...
Um abraço e paz nas bênçãos do Senhor!
INÁCIO FERREIRA - Blog Medunidade na Internet
Uberaba (MG), 1 de setembro
2009
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