De onde vem todo o mal?
Qual a origem do mal na
Terra?
Por que ainda não somos uma
nação livre próspera para todos?
A raiz dos males, individual
e coletivo, tem apenas um só nome: egoísmo.
Enquanto os homens pensarem
unicamente em si mesmos, enquanto estiverem imbuídos de satisfazerem suas
próprias necessidades, não teremos a felicidade completa.
O que nos faz verdadeiramente
felizes é dividir, é compartilhar, é dar. Quem apenas conjuga o verbo ter,
ganhar, obter, este não será jamais feliz.
A humanidade não crescerá em
fartura enquanto estiverem os homens pensando no seu melhor e esquecendo o
melhor para todos.
A raça humana foi criada por
Deus para a plena felicidade, mas isso somente será possível se deixarmos de
lado o egoísmo que nos escraviza e divide. Em seu lugar, devemos colocar o amor
que nos liberta e une. O amor que a tudo entende e distribui. Isso é o que
precisamos de verdade.
A maioria da população
mundial vive hoje na fome e à beira da miséria. Há os ricos, bem poucos, e há
os pobres, maioria.
Num mundo civilizado esta
proporção é inversa, mas os homens teimam em criar facções, argumentos
exclusivistas, separações.
A injustiça social é uma das
maiores demonstrações do egoísmo humano.
Se queremos ser justos,
termos um mundo com mais equidade, devemos distribuir melhor os nossos bens e
riquezas.
Há aqueles que têm muito e
nunca utilizarão dessa sua abastança, nunca consumirão o que possuem. Ora, como
dizer-se feliz desse jeito enquanto se vê milhares, milhões, uma multidão
desprivilegiada do mínimo para sua sobrevivência?
A raiz de todos os males é o egoísmo
humano, a sua incapacidade de sair de si mesmo e ir ao encontro do outro que
pouco ou nada tem.
A humanidade já sabe de tudo
isso. Ela tem ciência dos dissabores que esse sistema cruel e desagregador
alimenta, mas muitos, sobretudo algumas elites, fazem de tudo para manter esta
realidade desumana.
Ao homem de bom senso é
pedido que ele distribua o que lhe excede com aquele que pouco tem. Não estou
falando de esmolas, estou falando de justiça social.
Entendo justiça como a
capacidade de criar formas justas de crescimento para todos a partir de uma
lógica inclusivista e solidária.
Não é fácil exercer a justiça
– diriam alguns. E, por isso, exercitamos facilmente a injustiça¿
Eu penso que o mundo começa a
tomar consciência de que está caminhando para a direção errada, apesar de
alguns líderes mundiais torcerem a vista para o óbvio.
Há uma crescente vontade de
melhoria social coletiva. De se ver direitos humanos serem obedecidos ou, pelo
menos, sinceramente perseguidos.
Vamos lutar com todas as
nossas forças d’alma para erradicar a erva daninha do querer apenas para si
próprio e não enxergar ninguém a sua volta.
Vamos abolir de vez do
dicionário das relações humanas a chaga cruel do egoísmo.
Comece por você. Tome a sua
iniciativa. Não espere que o outro faça para você fazer. A sua parte é que é a
mais importante.
Ao tempo que todos pensarem
assim, o mundo já começará a se transformar e rapidamente diminuirão as
desigualdades e os infortúnios, a pobreza e a miséria.
Libertemo-nos, de uma vez por
todas, do egoísmo e plantemos a árvore da fraternidade entre os homens.
Helder Camara – Blog Novas
Utopias
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