12.9.19

A Raiz do Mal


De onde vem todo o mal?
Qual a origem do mal na Terra?
Por que ainda não somos uma nação livre próspera para todos?
A raiz dos males, individual e coletivo, tem apenas um só nome: egoísmo.
Enquanto os homens pensarem unicamente em si mesmos, enquanto estiverem imbuídos de satisfazerem suas próprias necessidades, não teremos a felicidade completa.
O que nos faz verdadeiramente felizes é dividir, é compartilhar, é dar. Quem apenas conjuga o verbo ter, ganhar, obter, este não será jamais feliz.
A humanidade não crescerá em fartura enquanto estiverem os homens pensando no seu melhor e esquecendo o melhor para todos.
A raça humana foi criada por Deus para a plena felicidade, mas isso somente será possível se deixarmos de lado o egoísmo que nos escraviza e divide. Em seu lugar, devemos colocar o amor que nos liberta e une. O amor que a tudo entende e distribui. Isso é o que precisamos de verdade.
A maioria da população mundial vive hoje na fome e à beira da miséria. Há os ricos, bem poucos, e há os pobres, maioria.
Num mundo civilizado esta proporção é inversa, mas os homens teimam em criar facções, argumentos exclusivistas, separações.
A injustiça social é uma das maiores demonstrações do egoísmo humano.
Se queremos ser justos, termos um mundo com mais equidade, devemos distribuir melhor os nossos bens e riquezas.
Há aqueles que têm muito e nunca utilizarão dessa sua abastança, nunca consumirão o que possuem. Ora, como dizer-se feliz desse jeito enquanto se vê milhares, milhões, uma multidão desprivilegiada do mínimo para sua sobrevivência?
A raiz de todos os males é o egoísmo humano, a sua incapacidade de sair de si mesmo e ir ao encontro do outro que pouco ou nada tem.
A humanidade já sabe de tudo isso. Ela tem ciência dos dissabores que esse sistema cruel e desagregador alimenta, mas muitos, sobretudo algumas elites, fazem de tudo para manter esta realidade desumana.
Ao homem de bom senso é pedido que ele distribua o que lhe excede com aquele que pouco tem. Não estou falando de esmolas, estou falando de justiça social.
Entendo justiça como a capacidade de criar formas justas de crescimento para todos a partir de uma lógica inclusivista e solidária.
Não é fácil exercer a justiça – diriam alguns. E, por isso, exercitamos facilmente a injustiça¿
Eu penso que o mundo começa a tomar consciência de que está caminhando para a direção errada, apesar de alguns líderes mundiais torcerem a vista para o óbvio.
Há uma crescente vontade de melhoria social coletiva. De se ver direitos humanos serem obedecidos ou, pelo menos, sinceramente perseguidos.
Vamos lutar com todas as nossas forças d’alma para erradicar a erva daninha do querer apenas para si próprio e não enxergar ninguém a sua volta.
Vamos abolir de vez do dicionário das relações humanas a chaga cruel do egoísmo.
Comece por você. Tome a sua iniciativa. Não espere que o outro faça para você fazer. A sua parte é que é a mais importante.
Ao tempo que todos pensarem assim, o mundo já começará a se transformar e rapidamente diminuirão as desigualdades e os infortúnios, a pobreza e a miséria.
Libertemo-nos, de uma vez por todas, do egoísmo e plantemos a árvore da fraternidade entre os homens.

Helder Camara – Blog Novas Utopias

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