XVI – REFLEXÕES SOBRE O LIVRO
“LIBERTAÇÃO” – ANDRÉ LUIZ/CHICO XAVIER
No capítulo III –
“Entendimento” –, André Luiz manifesta surpresa com as expedições socorristas
que, muitas vezes, os espíritos mais esclarecidos organizam para atender aos
encarnados, como também aos desencarnados que vibram noutra faixa mental.
Em suas palavras
elucidativas, Gúbio explica:
“Somos todos, eles e nós,
corações imantados uns aos outros, na forja de benditas experiências. No
romance evolutivo e redentor da Humanidade, cada espírito possui capítulo
especial.”
As ponderações do Instrutor
nos levam a deduzir que o amparo mútuo é imprescindível à Evolução, e isto
porque, simplesmente, ninguém prescinde do outro para evoluir – o outro, ou o
próximo, é o nosso caminho para Deus!
Vivendo em regime de
interdependência, não cuidar das necessidades alheias é expor-nos aos desastres
que podem arrasar a vida dos semelhantes – quem não apaga o incêndio na casa do
vizinho terá a sua casa consumida pelo fogo. Não é assim?!
Estamos empenhados num
processo de evolução coletiva... Jesus Cristo, ao se corporificar na Terra,
veio trabalhar pela condução das ovelhas tresmalhadas, mas também, certamente,
para reafirmar-se, cada vez mais, na condição de Pastor do rebanho que o
Criador Lhe confiou à tutela.
Amparar aos semelhantes,
pois, é uma questão de inteligência, e de necessidade mútua.
As células, a fim de
combaterem uma infecção que lhes ameaça a sobrevivência, saem de uma
extremidade a outra do corpo, pois que têm interesse em preservar a integridade
do organismo.
Não estamos, certamente,
desconsiderando o Amor, que os espíritos lograrão em superior estágio
evolutivo, mas, enquanto não nos deixamos mover pelo sentimento de Amor pelo
próximo, pelo menos, devemos nos deixar levar pela inteligência.
*
Gúbio pondera:
“Os perigos que nos ameaçam
os entes amados de agora ou de épocas que o tempo consumiu, desde muito, não
nos deixam impassíveis. Os homens não se acham sozinhos na estreita senda de
provas salutares em que se confinam. A responsabilidade pelo aperfeiçoamento do
mundo compete-nos a todos.”
Infelizmente, é isto que o
homem ainda não compreendeu... A melhor maneira de se preservar a espécie não é
através da reprodução, mas, sim, dos cuidados àqueles que nascem,
favorecendo-os com melhor qualidade de vida.
As nações egoístas estão
navegando numa embarcação sujeita a naufrágio... Assim como se enfatiza a
questão do equilíbrio ecológico, sem harmonia moral, com os povos vivendo em
regime de solidariedade, um conflito é sempre arrasador, inclusive, para quem
nele supostamente triunfa.
*
Reflitamos nos apontamentos
do Instrutor:
“Em virtude do enigma de
obsessão que nos propomos resolver, somos levados a buscar todas as
personalidades que compõem o quadro de serviço. Perseguidores e perseguidos
entrelaçam-se, em cada processo de auxílio, em grande expressão numérica. Cada
espírito é um elo importante em extensa região da corrente humana.”
E como veremos no decorrer de
nossas reflexões sobre o livro “Libertação”, quase sempre, para atender às
carências de quem nos é caro, necessitamos de atender às necessidades de outros
que, praticamente, nos são desconhecidos, e com os quais não temos maior
afinidade.
INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade
na Internet
Uberaba – MG, 10 de setembro
de 2018.
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