ÁLCOOL E OBSESSÃO
A obsessão mundial pelo álcool, no plano
humano, corresponde a um quadro apavorante de vampirismo no plano espiritual. A
medicina atual ainda reluta - e infelizmente nos seus setores mais ligados ao
assunto, que são os da psicoterapia - em aceitar a tese espírita da obsessão.
Mas as pesquisas parapsicológicas já revelaram, nos maiores centros culturais
do mundo, a realidade da obsessão. De Rhine, Wickland, Pratt, nos Estados
Unidos, a Soal, Carington, Price, na Inglaterra, até a outros para-psicólogos
materialistas, a descoberta do vampirismo se processou em cadeia. Todos os
parapsicólogos verdadeiros, de renome científico e não marcados pela obsessão
do sectarismo religioso, proclamam hoje a realidade das influências mentais
entre as criaturas humanas, e entre estas e as "mentes
desencarnadas".
As quadras de Cornélio Pires sobre a
obsessão alcoólica não são apenas uma brincadeira poética. Elas nos mostram -
num panorama visto do lado oculto da vida -a própria mecânica desse processo
obsessivo. Espíritos inimigos, (que ofendemos gravemente em existências
anteriores), excitam-nos o desejo inocente de "tomar um trago".
Aceitamos a "ideia maluca" e espíritos vampirescos são atraídos pelas
emanações alcoólicas do nosso corpo. Daí por diante, como aconteceu a Juca de
João Dório, "enveredamos na garrafa" e vamos" parar no
sanatório. Os espíritos vampirescos são viciados que morreram no vício e
continuam no mundo espiritual inferior, aqui mesmo na Terra, buscando
ansiosamente os seus "tragos". Satisfazem-se com as emanações
alcoólicas de suas vítimas e continuam a sugá-las como vampiros psíquicos.
Nas instituições espíritas bem dirigidas
esse processo é bastante conhecido, e são muitos os infelizes que se salvam
após um tratamento sério. Nos hospitais espíritas as curas são numerosas.
Veja-se a obra do Dr. Inácio Ferreira: Novos Rumos à Medicina, relatando as
curas realizadas no Hospital Espírita de Uberaba. Não é só a obsessão alcoólica
que está em jogo nos processos obsessivos. Os desvios sexuais oferecem um contingente
talvez maior e mais trágico do que o do álcool, porque mais difícil de ser
tratado.
Tem razão o poeta caipira ao advertir que
"álcool, para ajudar, é cousa de medicina". Só nas aplicações médicas
o álcool pode ser usado como remédio. Mas temos de acrescentar, infelizmente,
que os médicos de olhos fechados para a realidade espiritual não estão em
condições de atender aos casos de alcoolismo. Os grupos espíritas e as
associações alcoólicas obtêm resultados mais positivos, quando em tratamentos bem
dirigidos.
por: Irmão Saulo
Pseudônimo utilizado por José
Herculano Pires
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