Questão 259
Convictos de que o Espírito
escolhe as provações que experimentará na Terra, quando se mostre na posição
moral de resolver quanto ao próprio destino, é justo recordar que a criatura,
durante a reencarnação, elege, automaticamente, para si mesma, grande parte das
doenças que se lhe incorporam às preocupações.
Não precisamos lembrar, nesse
capítulo, as grandes calamidades particulares, quais sejam o homicídio, de que
o autor arrasta as consequências na forma de extrema perturbação espiritual, ou
o suicídio frustrado, que assinala o corpo daquele que o perpetra com dolorosos
e aflitivos remanescentes.
Deter-nos-emos, de modo
ligeiro, no exame das decisões lamentáveis, que assumimos quando enleados no
carro físico, se saber que lhe martelamos ou desagregamos as peças.
Sempre que já tenhamos
deixado as constrições do primitivismo, todos sabemos que a prática do bem é
simples dever e que a prática do bem é o único antídoto eficiente contra o
império do mal em nós próprios.
Entretanto, rendemo-nos,
habitualmente, às sugestões do mal, criando em nós não apenas condições
favoráveis à instalação de determinadas moléstias no cosmo orgânico, mas também
ligações fluídicas aptas a funcionarem como pontos de apoio para as influências
perniciosas interessadas em vampirizar-nos a vida.
Seja na ingestão de alimento
inadequado, por extravagâncias à mesa, seja no uso de entorpecentes, no
alcoolismo mesmo brando, no aborto criminoso e nos abusos sexuais,
estabelecemos em nosso prejuízo as síndromes abdominais de caráter urgente, as
úlceras gastrintestinais, as afecções hepáticas, as dispepsias crônicas, as
pancreatites, as desordens renais, as irritações do cólon, os desastres
circulatórios, as moléstias neoplásicas, a neurastenia, o traumatismo do
cérebro, as enfermidades degenerativas do sistema nervoso, além de todo um
largo cortejo de sintomas outros, enquanto que na crítica inveterada, na
inconformação, na inveja, no ciúme, no despeito, na desesperação e na avareza,
engendramos variados tipos de crueldade silenciosa com que, viciando o próprio
pensamento, atraímos o pensamento viciado das Inteligências menos felizes,
encarnadas ou desencarnadas, que nos rodeiam.
Exteriorizando ideias
conturbadas, assimilamos as idéias conturbadas que se agitam em torno de nosso
passo, elementos esses que se nos ajustam ao desequilíbrio emotivo,
agravando-nos as potencialidades alérgicas ou pesando nas estruturas nervosas
que conduzem a dor.
Mantidas tais conexões,
surgem frequentemente os processos obsessivos que, muitas vezes, sem afetarem a
razão, nos mantêm no domínio das enfermidades – fantasmas que nos esterilizam
as forças e, pouco a pouco, nos corroem a existência.
Guardemo-nos, assim, contra a
perturbação, procurando o equilíbrio e compreendendo no bem – expressando
bondade e educação – a mais alta fórmula para a solução de nossos problemas.
E ainda mesmo em nos sentindo
enfermos, arrastando-nos embora, aperfeiçoemo-nos ajudando aos outros, na
certeza de que, servindo ao próximo, serviremos a nós mesmos, esquecendo, por
fim, o mercado da invigilância onde cada um adquire as doenças que deseja para
tormento próprio.
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