XV – REFLEXÕES SOBRE O LIVRO
“LIBERTAÇÃO” – ANDRÉ LUIZ/CHICO XAVIER
Encerrando o segundo
capítulo, de excelente conteúdo revelador, Gúbio acrescenta às suas
considerações:
“Formam associações (os
desencarnados pouco esclarecidos) enormes e compactas, com base nas emanações
da Crosta do Mundo, onde milhões de homens e mulheres lhes sustentam as
exigências mais baixas: fazem vida coletiva provisória à força de sugarem as
energias da residência dos irmãos encarnados, qual se fossem extensa colônia de
criminosos, vivendo a expensas de generoso rebanho bovino.”
Notemos que o Instrutor, do
ponto de vista espiritual, compara parte da Humanidade, pela inconsciência em
que vive, a um “rebanho bovino”, que, quando não convenientemente vacinado, tem
as suas energias sugadas por inúmeras colônias de parasitas...
Cremos, assim, que os homens,
em geral, ignoram a grande proximidade em que podem estar vivendo com os
desencarnados, que os vampirizam, em processo obsessivo que podemos considerar
“pacífico”, porém, não menos prejudicial à economia psíquica de quem esteja
encarnado.
Milhares de espíritos, ao
deixarem o corpo físico, procuram continuar tendo apoio nos encarnados mais
próximos, e, muitas vezes, sequer chegam a se ausentar do ambiente familiar,
organizando uma vida paralela que, em quase tudo, é reflexo da vida que foram
forçados a deixar.
*
Entre encarnados e
desencarnados, pode, assim, estabelecer-se um “círculo vicioso”, com
alternâncias na carne e fora da carne, até que um dos integrantes do grupo
consiga romper o “círculo” e, então, passe a trabalhar pela libertação dos
demais.
*
Gúbio aduz, com sabedoria:
“Se o perseguidor invisível
aos olhos terrestres erige agrupamentos para culto sistemático à revolta e ao
egoísmo, o homem encarnado, senhor de valiosos patrimônios de conhecimento
santificante, garante-lhe a obra nefasta pela fuga constante às obrigações
divinas de cooperador de Deus, no plano de serviço em que se localiza,
alimentando ruinosa aliança.”
E, quase, concluindo:
“Há milhões de almas humanas
que se não afastaram, ainda, da Crosta Terrestre, há mais de dez mil anos.
Morrem no corpo denso e renascem nele, qual acontece às árvores que brotam
sempre, profundamente arraigadas ao solo.”
Triste assim, sem dúvida, a
situação do espírito humano na Terra, na atualidade.
O conhecimento espírita, mas,
sobretudo, quando aliado à vivência do Evangelho Libertador, pode concorrer
para que o espírito se emancipe de semelhantes grilhões – pesado cativeiro
espiritual que quase o impede de avançar, ou que lhe possibilita avançar muito
lentamente, como se fosse um molusco gastrópode, ou, em outras palavras, uma
“lesma”...
*
O Instrutor terminando, fala,
então, a respeito, muitas vezes, da necessidade da guerra que atinge os Dois
Planos, a fim de que os espíritos se “desalojem” da situação em que
estacionam... E, junto à situação de guerra, podemos ainda citar as causas
variadas que induzem os espíritos a imigrarem – qual, nos dias que correm, tem
acontecido com os “refugiados”, ou com os que atravessem as fronteiras dos
países em busca de uma vida melhor alhures...
Lamentável, sob todos os
aspectos, um mundo no qual a guerra ainda se faz um escândalo necessário, e,
com ela, as perseguições a determinados grupos étnicos, religiosos, etc.
INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade
na Internet
Uberaba – MG, 3 de setembro
de 2018.
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