3.9.18

XV – REFLEXÕES SOBRE O LIVRO “LIBERTAÇÃO”


XV – REFLEXÕES SOBRE O LIVRO “LIBERTAÇÃO” – ANDRÉ LUIZ/CHICO XAVIER

Encerrando o segundo capítulo, de excelente conteúdo revelador, Gúbio acrescenta às suas considerações:
“Formam associações (os desencarnados pouco esclarecidos) enormes e compactas, com base nas emanações da Crosta do Mundo, onde milhões de homens e mulheres lhes sustentam as exigências mais baixas: fazem vida coletiva provisória à força de sugarem as energias da residência dos irmãos encarnados, qual se fossem extensa colônia de criminosos, vivendo a expensas de generoso rebanho bovino.”
Notemos que o Instrutor, do ponto de vista espiritual, compara parte da Humanidade, pela inconsciência em que vive, a um “rebanho bovino”, que, quando não convenientemente vacinado, tem as suas energias sugadas por inúmeras colônias de parasitas...
Cremos, assim, que os homens, em geral, ignoram a grande proximidade em que podem estar vivendo com os desencarnados, que os vampirizam, em processo obsessivo que podemos considerar “pacífico”, porém, não menos prejudicial à economia psíquica de quem esteja encarnado.
Milhares de espíritos, ao deixarem o corpo físico, procuram continuar tendo apoio nos encarnados mais próximos, e, muitas vezes, sequer chegam a se ausentar do ambiente familiar, organizando uma vida paralela que, em quase tudo, é reflexo da vida que foram forçados a deixar.
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Entre encarnados e desencarnados, pode, assim, estabelecer-se um “círculo vicioso”, com alternâncias na carne e fora da carne, até que um dos integrantes do grupo consiga romper o “círculo” e, então, passe a trabalhar pela libertação dos demais.
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Gúbio aduz, com sabedoria:
“Se o perseguidor invisível aos olhos terrestres erige agrupamentos para culto sistemático à revolta e ao egoísmo, o homem encarnado, senhor de valiosos patrimônios de conhecimento santificante, garante-lhe a obra nefasta pela fuga constante às obrigações divinas de cooperador de Deus, no plano de serviço em que se localiza, alimentando ruinosa aliança.”
E, quase, concluindo:
“Há milhões de almas humanas que se não afastaram, ainda, da Crosta Terrestre, há mais de dez mil anos. Morrem no corpo denso e renascem nele, qual acontece às árvores que brotam sempre, profundamente arraigadas ao solo.”
Triste assim, sem dúvida, a situação do espírito humano na Terra, na atualidade.
O conhecimento espírita, mas, sobretudo, quando aliado à vivência do Evangelho Libertador, pode concorrer para que o espírito se emancipe de semelhantes grilhões – pesado cativeiro espiritual que quase o impede de avançar, ou que lhe possibilita avançar muito lentamente, como se fosse um molusco gastrópode, ou, em outras palavras, uma “lesma”...
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O Instrutor terminando, fala, então, a respeito, muitas vezes, da necessidade da guerra que atinge os Dois Planos, a fim de que os espíritos se “desalojem” da situação em que estacionam... E, junto à situação de guerra, podemos ainda citar as causas variadas que induzem os espíritos a imigrarem – qual, nos dias que correm, tem acontecido com os “refugiados”, ou com os que atravessem as fronteiras dos países em busca de uma vida melhor alhures...
Lamentável, sob todos os aspectos, um mundo no qual a guerra ainda se faz um escândalo necessário, e, com ela, as perseguições a determinados grupos étnicos, religiosos, etc.

INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 3 de setembro de 2018.

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