A duradoura paz que sonhamos
ainda é obra distante dos homens. O que predominará por certo tempo será a
inquietação das massas em desejar algo melhor sem, contudo, saber direito como
consegui-la. Será no embate das ideias, no confronto de interesses, no âmago
dos pensamentos, que teremos o alvorecer de um novo dia para os homens.
Enquanto não conseguirmos
criar um ambiente propício para as enormes transformações em jogo, teremos que
nos contentar com a paz possível, paz essa que ultimamente tem sido
interrompida pelos sobressaltos dos terroristas.
Estes fatos, infelizmente,
pelo que nos consta do lado de cá da vida, continuarão a existir por muitos
dias. É o embate, como disse, do velho contra o novo, do mal contra o bem, da
mentira contra a verdade.
A paz, portanto, será produto
caro e consequência do despertar coletivo da consciência humana. Não a teremos
simplesmente porque a almejamos, mas porque aprenderemos, a duras penas, que
não haverá outro caminho melhor para se viver e que as lutas que travamos, em
todos os níveis, representam experiências salutares que nos levarão ao
bem-viver.
As nações mais desenvolvidas
são chamadas, neste instante crítico que passa o planeta, a reverem as suas
posições estratégicas. É certo que a desconfiança sempre existirá, mas devemos
dar um voto de confiança aos novos atores internacionais que trarão propostas
renovativas do status quo. Uma nova relação internacional deverá ser implantada
e o que valerá como peso fundamental não deve ser o tamanho econômico da nação
ou sua pretensa importância política, mas a capacidade de contribuição na
construção de um mundo melhor. Serão, portanto, as ideias e não os representantes
oficiais das nações que protagonizarão as mudanças imaginadas em caráter
planetário.
Tudo isso levará naturalmente
tempo para acontecer, mas movimentos nesta direção já começam a ser feitos e,
pouco a pouco, veremos novas ideias surgindo com grande impacto mundial.
Serão os novos tempos. Serão
as novas ideais. Serão as propostas inadiáveis da redenção humana.
Logicamente que encontrarão
resistências. Não serão aceitas de imediato, mas incomodarão de tal forma que o
seu debate será inevitável.
Construamos já as condições
indispensáveis que representarão o alicerce seguro das grandes mudanças que
presidirão a nova era desejada.
Paz,
Joaquim
Nabuco – Blog Reflexões de um Imortal
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