Trabalhador da vida persevera agindo no
bem.
As criaturas na Terra, de certo modo, se
parecem com matérias brutas antes de serem trabalhadas.
Diante do solo que te não pode oferecer
argila para a olaria ou leiras para a sementeira, evita a blasfêmia.
Trabalha a terra, dando-lhe o amor que te
escorre abundante e amparando-a com a dádiva da linfa vivificante.
Ante a montanha não amaldiçoes as pedras.
Trabalha-as e arrancarás formas preciosas.
Frente à árvore retorcida não lhe desprezes
os galhos.
Trabalha o lenho, retirando tábuas e
mourões que ensejem agasalhos e utilidades.
Face ao ferro envelhecido e gasto não o
injuries.
Trabalha nele com o auxílio do fogo e
aplica-o em vários usos.
Defrontando o lodo não o insultes.
Trabalha, drenando-o, e conseguirás aí
abençoada seara que se cobrirá, oportunamente, de flores e frutos.
Há muitos corações, igualmente assim, na
estrada dos homens.
Espíritos difíceis de entender,
empedernidos na indiferença, retorcidos pelo ódio, envelhecidos no erro,
perdidos na inutilidade, comprazendo-se na ignorância e na crueldade.
Não reclames nem os desprezes.
Abre os braços e socorre-os em nome do
amor.
Quando te seja possível trabalha junto a
eles e neles, confiante no Divino Trabalhador.
Possivelmente os resultados não virão logo
nem o êxito do trabalho surgirá de imediato.
Muitas vezes sangrarão tuas mãos na
execução da obra e dilacerarás o próprio coração.
De início a dificuldade, o esforço e a
perseverança no trabalho.
Mais tarde a assistência carinhosa e o zelo
cuidadoso.
Por fim surpreenderás, feliz, a vitória do
trabalho paciente, sorrindo como flores na lama, saudando a beleza e a glória
da vida em nome de Jesus ,
o Obreiro da felicidade de nós todos.
Divaldo
P Franco - Joanna de Ângelis
Nenhum comentário:
Postar um comentário