Questão 314 do Livro dos Espíritos
Os trabalhos de alguma alma caridosa,
interrompidos na Terra pelo processo da desencarnação, não são nem podem ser
sinônimos de paralisação. Já no mundo espiritual, o Espírito que viu o seu
trabalho interrompido pela morte, trata de inspirar seus companheiros que
ficaram para a continuação do mesmo e, por vezes, a fazê-lo em ritmo mais
acelerado do que quando ele estava à frente do ideal, em favor da coletividade.
Deus não é deus de limitações, e tanto na
Terra quanto no mundo dos Espíritos, existem legiões de almas preparadas para
todos os trabalhos que o Senhor achar conveniente. Ninguém é insubstituível.
Existe somente um Espírito que não pode ser substituído: Deus.
Quando os trabalhos iniciados são
interrompidos com o desaparecimento do Espírito que lhes deu início, é porque
não estava na programação de Jesus para que ele fosse realizado na Terra ou,
então, esse trabalho já tinha atingido seu objetivo. Isso acontece muitas
vezes. Podemos focalizar, como exemplo, a monumental obra de Allan Kardec,
cujas mãos generosas deram começo, como revivescência do Cristianismo original:
ele partiu para o mundo espiritual e vem inspirando milhares de outros
encarnados para a continuação da sua obra de luz e, para tanto, tem a maior
alegria, quando encontra alguém que desempenha o mandato com amor, partindo
para fazer com perfeição o dever de ser útil à humanidade. Estamos todos sendo
chamados para cooperar na seqüência da Doutrina dos Espíritos, de modo que ela
seja divulgada em toda a
Terra , levando, como é sua missão, a fé renovada em Cristo
para todos os povos.
As almas missionárias, quando desencarnam,
não ficam tristes por terem deixado obras interrompidas, por saberem que tudo
pertence a Deus, sob a orientação de Jesus.
O medo de deixar o trabalho interrompido
nasce da falta de compreensão. Mãos e mais mãos nos sucedem em todas as
atividades, desde que haja vontade da Suprema Inteligência. Vamos confiar mais
n’Aquele que nos fez, pois, tudo se encontra ligado a Ele.
Quando se alimentar um ideal, não se deve
fazê-lo com violência: deve-se empregar as forças com ponderação, lembrando-se
sempre da passagem do Evangelho, quando Gamaliel, no Sinédrio, aconselha ao
povo enfurecido com os discípulos de Jesus. Como mestre da lei, disse: Agora
vos digo: dai de mão a estes homens, deixai-os; porque se este conselho ou esta
obra vem dos homens, perecerá. Mas se é de Deus, não podereis destruí-los, para
que não sejais, porventura, achados lutando contra Deus. E concordaram com ele.
(Atos, 5:38 e 39). E como a obra era de Deus, os discípulos e seguidores de
Jesus partiram para o além; no entanto, voltaram à Terra vezes sem conta para
inspirar os seguidores da grande obra iniciada por Jesus Cristo. E continuam
até os dias de hoje batalhando com mais alegria, principalmente no novo
instrumento que se chama Doutrina Espírita, para que o Evangelho seja conhecido
em todas as nações, no despertar de todas as criaturas, como sendo a luz de
todos os caminhos.
A humanidade se encontra em novos preparos,
objetivando novos ideais, desde quando sejam alicerçados nos fundamentos de
vida, lançados por Jesus aos corações. Ele, verdadeiramente, é o caminho na
vida de Deus, impulsionado pela verdade universal
Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia
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