165
–Como poderemos entender o psiquismo dos
artistas, tão diferente do que caracteriza o homem comum?
O
artista, de um modo geral, vive quase sempre mais na esfera espiritual que
propriamente no plano terrestre.
Seu
psiquismo é sempre a resultante do seu mundo íntimo, cheio de recordações
infinitas das existências passadas, ou das visões sublimes que conseguiu
apreender nos círculos de vida espiritual, antes da sua reencarnação no mundo.
Seus
sentimentos e percepções transcendem aos do homem comum, pela sua riqueza de
experiências no pretérito, situação essa que, por vezes, dá motivos à falsa
apreciação da ciência humana, que lhe classifica os transportes como neurose ou
anormalidade, nos seus erros de interpretação.
É
que, em vista da sua posição psíquica especial, o artista nunca cede às
exigências do convencionalismo do planeta, mantendo-se acima dos preconceitos
contemporâneos, salientando-se que, muita vez, na demasia de inconsiderações
pela disciplina, apesar de suas qualidades superiores, pode entregar-se aos excessos
nocivos à liberdade, quando mal dirigida ou falsamente aproveitada.
Eis
por que, em todas as situações, o ideal divino da fé será sempre o antídoto dos
venenos morais, desobstruindo o caminho da alma para as conquistas elevadas da
perfeição.
166
–No caso dos artistas que triunfaram sem
qualquer amparo do mundo e se fizeram notáveis tão-só pelos valores da sua
vocação, traduzem suas obras alguma recordação da vida no Infinito?
-As
grandes obras-primas da arte, na maioria das vezes, significam a concretização
dessas lembranças profundas. Todavia, nem sempre constituem um traço das
belezas entrevistas no Além pela mentalidade que as concebeu, e sim recordações
de existências anteriores, entre as lutas e as lágrimas da Terra.
Certos
pintores notáveis, que se fizeram admirados por obras levadas a efeito sem os
modelos humanos, trouxeram à luz nada mais nada menos que as suas próprias
recordações perdidas no tempo, na sombra apagada da paisagem de vidas que se
foram. Relativamente aos escritores, aos amigos da ficção literária, nem sempre
as suas concepções obedecem à fantasia, porquanto são filhas de lembranças
inatas, com as quais recompõem o drama vivido pela sua própria individualidade
nos séculos mortos.
O
mundo impressivo dos artistas tem permanentes relações com o passado
espiritual, de onde os extraem o material necessário à construção espiritual de
suas obras.
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Espírita de Oração
Amor e Luz de Limeira.
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