5.1.13


INGRATIDÃO
       A ingratidão pesará inevitavelmente a quem a praticar, se não na presente existência, após o desencarne, quando a visão se amplia.
        Como auto-castigo, provocando remorsos, o ingrato sentirá um incontrolável desejo de reparação.
        É, portanto, ao ingrato mais difícil suportar as conseqüências dos seus atos do que àquele que foi alvo deles.
        Tende em conta esta realidade, quando sofrerdes ingratidões e orai pelos pretensos algozes.
        Falando em linguagem evangélica e, mais especificamente, em Lei de Ação e Reação, a verdadeira vítima é sempre aquela que desfere o golpe.
        Quem foi alvo de ingratidão, se conscientemente a suportou, por certo, terá reparado faltas passadas, ao passo que o ingrato  estará contraindo.
        E visto por este prisma, possivelmente, não vos pesará tanto um ato de ingratidão.
        O amor é essência divina e medicamento infalível para todos os males. Aplicai-o como tratamento eficaz, no irmão enfermo, atacado do mal da ingratidão.
        Ela é fruto imediato do egoísmo, essa chaga da humanidade, que o espiritismo se propõe a fazer desaparecer, através da vivência evangélica, na permuta universal do amor ao próximo.
        De todas as provas as mais penosas são aquelas que afetam o coração.
        Há criaturas consideradas verdadeiras fortalezas, em se tratando de revezes materiais, no entanto deixam-se abater diante de provações de ordem moral. É quando se aplica o conselho evangélico que diz: " Bem-aventurados os aflitos, porque deles é o reino dos céus".
    Deus se apiede dos que correspondem a um benefício com a ingratidão.
Livro: "Pregando a Espiritualidade" - Francisco Spinelli

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