FALSOS PROFETAS
Caracterizam-se pelo
verbalismo exagerado, quando utilizando a instrumentalidade mediúnica. Em
arroubos dourados comentam, prolixos, os mais variados temas, não obstante
chegarem a conclusão nenhuma. Cultores da própria vaidade, comprazem-se em
estimular o fanatismo exacerbado, utilizando a palavra com habilidade, através
de cujo recurso encorajam os sentimentos infelizes do orgulho entre os seus
ouvintes, cumulando-os de referências pomposas embora vazias de significação.
Quando se lhes solicitam esclarecimento ou permitem interrogações à cata de
informes com os quais seja possível aquilatar-lhes a evolução, rebelam-se
ferozes, dizendo-se feridos nos valores que a si se atribuem, traindo a
inferioridade em que se demoram.
Arrogantes, estimam a ignorância presunçosa
dominadores e arbitrários, com altas doses de empáfia com que se jactam guias e
condutores. Outras vezes arremetem-se pela seara do profetismo sensacionalista,
enveredando pelo terreno das fantasias, tão do gosto da frivolidade ou da
ingenuidade de grande cópia das criaturas humanas. Tecem comentários vastos
sobre a vida em outros planetas, discorrendo, levianos, temas controvertidos nos
quais, sejam quais forem as conclusões da honesta investigação do futuro,
dispõem de válvulas para escapatórias vulgares. Pseudosábios conforme os
denominou o Codificador do Espiritismo, quando se percebem suspeitos ante os que
os ouvem, não se constrangem de utilizar nomes que exornaram personalidades
históricas, sábios ou santos para melhor enganarem os espíritos invigilantes,
embora encarnados, que se comprazem na ilusão, distantes da responsabilidade
pessoal e intransferível da tarefa de renovação interior.
Falsos profetas da
Erraticidade, que são!
A desencarnação não os modificou - Amantes da ficção e
sócios da mentira, quando no corpo somático, prosseguem no engôdo a que se
permitiram arrastar, sintonizando com outras mentes ociosas do plano físico, a
que se vinculam, dando prosseguimento aos programas infelizes que lhes
apraz.
Fáceis de identificar, devem evangelicamente receber instrução,
advertidos e reprochados fraternalmente.
Às vezes, investem contra grupos
respeitáveis, testando a excelência moral dos componentes da atividade espírita
em começo - Precipitados, todavia, logo desvelam os propósitos que os
inspiram.
Também os há no plano físico.
Zelosos, passam como fiscais do
labor alheio, preocupados em encontrar em tudo e em todos mistificações e
mistificadores, com que traem o estado Íntimo - Acreditam-se encarregados de
guardar a Verdade e somente eles a possuem em mais altas expressões,
descuidando, como é natural, do próprio comportamento, revelando, assim, nas
atitudes apaixonadas e nas posições inamovíveis a que se fixam, a condição de
espíritos atormentados, companheiros atormentadores.
Confiam nas forças que
supõem possuir, jactanciosos, esquecidos de que a Vinha pertence ao Senhor que
labora incessantemente.
Preocupados em descobrir falhas e engodos descuram a
atividade nobre de ensinar corretamente, relegando como deveriam os
irresponsáveis à Lei que deles se encarregará, fiscalizando-se com maior
serenidade, a benefício da Causa ou das Ideias que dizem defender.
Expressam
uma classe especial de falsos profetas - são os novos zelotes.
A mentira,
porém, de qualquer procedência, não resiste ao tempo, nem à meridiana luz da
autenticidade.
Os que mentem, encarnados ou desencarnados, não desacreditam a
verdade: iludem-se, perturbando-se, em decorrência das atitudes e conceitos
cultivados.
Por essa razão, ama tu a atitude correta, ora e vigia, para que
não sejas vítima daqueles espíritos atormentados e enganadores do Além - Da
mesma forma não te faças acusador de ninguém, antes impõe-te a tarefa de
proceder com retidão, ensinar com segurança doutrinária e servir sempre, pois
que o Senhor até hoje trabalha, sem a excessiva preocupação de eliminar do campo
os maus trabalhadores aos quais concede Ele oportunidade e oportunidades, por
não desejar que ovelha alguma que o Pai lhe confiou se perca, mas antes seja
salva.
"Meus bem-amados, NÃO CREAIS EM QUALQUER ESPÍRITO; experimentai se os
Espíritos são de Deus, porquanto muitos falsos profetas se têm levantado no
mundo". São João, Epístola 1ª, Capítulo 4º, versículo 1.
"O Espiritismo
revela outra categoria bem mais perigosa de falsos Cristos e de falsos profetas,
que se encontram, não entre os homens, mas entre os desencarnados: a dos
Espíritos enganadores, hipócritas, orgulhosos e pseudo sábios, que passaram da
Terra para a erraticidade e tomam nomes venerados para, sob a máscara de que se
cobrem, facilitarem a aceitação das mais singulares e absurdas ideias".
Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo 21º - Item 7, parágrafo
2.
Livro: Florações Evangélicas - Divaldo P. Franco
- Joanna de Ângelis
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