JUSTIÇA NA ESPIRITUALIDADE
No mundo
espiritual, a autoridade da justiça funciona com maior segurança, embora
saibamos que o mecanismo da regeneração vige, antes de tudo, na consciência do
próprio indivíduo. Ainda assim, existem no mundo espiritual santuários e
tribunais, em que magistrados dignos e imparciais examinam as responsabilidades
humanas, sopesando lhes os méritos e deméritos. A organização do júri, em
numerosos casos, é ali observada necessariamente, mas ele é constituído de
Espíritos integrados no conhecimento do Direito, com dilatadas noções de culpa e
resgate, erro e corrigenda, psicologia humana e ciências sociais, para que as
sentenças ou informações proferidas se atenham à precisa harmonia, perante a
Divina Providência, consubstanciada no amor que ilumina e na sabedoria que
sustenta. Há delinquentes tanto no plano terrestre quanto no plano espiritual,
e, em razão disso, não apenas os homens recentemente desencarnados são entregues
a julgamento específico, sempre que necessário, mas também as entidades
desencarnadas que, no cumprimento de determinadas tarefas, se deixam, muitas
vezes, arrastar a paixões e caprichos inconfessáveis. É importante considerar,
contudo, que quanto mais baixo é o grau evolutivo dos culpados, mais sumário é o
julgamento pelas autoridades cabíveis, e quanto mais avançado os valores
culturais e morais do indivíduo, mais complexo é o exame dos processos de
criminalidade em que se emaranham, não só pela influência com que atuam nos
destinos alheios, como também porque o Espírito, quando ajustado à consciência
dos próprios erros, ansioso de reabilitar-se perante a vida e diante daqueles
que mais ama, suplica por si mesmo a sentença punitiva que reconhece
indispensável à própria restauração.
Livro: Evolução em dois Mundos - Chico
Xavier/Waldo Vieira - Andre Luiz
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