14.9.12


DESENCARNAÇÃO: FLUIDO VITAL E PERISPÍRITO
- A Causa da Morte
A causa da morte está na exaustão dos órgãos. O conceito de morte vigente hoje no meio científico internacional, é o da "ausência de atividade elétrica cerebral". Ao lado de alguns sinais de fácil identificação, a ausência de atividade cerebral determinada pelo eletroencefalograma, confirma o diagnóstico de morte física, mesmo que o coração continue em funcionamento a custa de aparelhos específicos. Bezerra de Menezes [Entrevistas] nos diz que o eletroencefalograma é o processo através do que podemos assinalar a desencarnação.
No entanto, em muitas oportunidades, esta exaustão do corpo físico será precedida por uma deterioração do fluido vital que o animaliza.
Podemos comparar o mecanismo da morte a um aparelho elétrico em funcionamento. Poderíamos fazê-lo parar de funcionar de duas maneiras:
1. Suprimindo a corrente elétrica que chega até ele;
2. Quebrando o aparelho.
Assim também ocorre com a morte nos seres orgânicos; ela pode ocorrer de duas formas:
1. O empobrecimento do tônus vital iria desarticular as células do veículo físico, surgindo daí a doença e posteriormente, a morte. Seria o processo observado como mais freqüência nas mortes naturais;
2. A destruição direta do veículo físico sem desintegração do fluido vital prévia, mortes trágicas (como acidentes, homicídio, suicídio)
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QUADRO XI - Mecanismo da Morte
Mortes Naturais
Deterioração do Fluido Vital
Exaustão do corpo físico
Desligamento do Espírito
Mortes Trágicas
Destruição do corpo físico
Desligamento do Espírito
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No primeiro caso, o corpo enfermo não estaria em condições de participar da renovação do fluido vital adulterado, o que completaria o circuito de forças enfermiças.
No segundo caso, a morte alcançaria os órgãos impregnados de fluidos vitais sadios, o que poderia criar dificuldades na readaptação do desencarnante à sua nova vida, já que o fluido vital é exclusivo dos encarnados. Nesta eventualidade (mortes trágicas), sabemos que o sofrimento que acompanha o desencarnante é diretamente proporcional à culpabilidade da vítima naquele acidente. Nos casos em que o Espírito não foi responsável (consciente ou inconsciente) pelo seu desencarne, o fluido vital restante sofreria uma "queima rápida" o que liberaria o Espírito dessas energias impróprias para a vida espiritual. Nos casos de suicídio direto ou indireto, as faixas de fluido vital estariam aderidas ao corpo espiritual do desencarnante, gerando dificuldades a sua readaptação à vida na erraticidade.
- O Desligamento. Há diferença capital entre morrer e desligar-se: a morte é física, mas o desligamento é puramente espiritual.
Dá-se o nome de desligamento espiritual ou desprendimento espiritual ao processo através do qual o Espírito desencarnante se afasta definitivamente do corpo físico que o abrigava durante a vida na Terra.
Allan Kardec ensina-nos que o corpo espiritual e o corpo físico estão aderidos uma ao outro - do ponto de vista magnético, átomo a átomo e molécula a molécula. Essa união que se estabeleceu durante a encarnação, quando o Espírito estava ainda no útero materno, é necessária ao intercâmbio indispensável que se verifica entre Espírito e corpo.
O desligamento, portanto, consiste na separação mais ou menos lenta que se verifica entre eles.
Segundo André Luiz, o desligamento, via de regra, inicia-se na porção caudal do corpo, e, em sentido ascendente, atinge a região cefálica.
Quando não mais existir nenhum ponto de contato entre perispírito e corpo físico, o desencarnante está completamente liberto da matéria; podemos dizer que o desligamento concluiu-se.
- O Fluido Vital
Fluido vital é um fluido mais ou menos grosseiro, encontrado apenas nos seres orgânicos. É o responsável pela animalização da matéria nos seres vivos.
Forma-se, como todos os fluidos espirituais, de transformações do Fluido Cósmico Universal. Durante o processo gestacional, o Espírito reencarnante irá se impregnando de determinada quantidade deste fluido, quantidade esta, proporcional ao tempo médio de vida que terá na Terra.
Esta carga de fluido vital, no entanto, poderá sofrer modificações durante a existência (para mais ou para menos). O perfeito funcionamento dos órgãos poderia renová-lo; assim como também poderia sofrer um processo de deterioração em conseqüência de uma vida atormentada moral e emocionalmente.
São três as principais condições onde o fluido vital terá uma participação ativa:
a) Animalização da Matéria: o fluido vital é a força motriz dos seres orgânicos; o elemento que dá impulsão aos órgãos, movimento e atividade à matéria organizada;
b) Mediunidade de Efeitos Físicos: o fluido vital é um dos constituintes do ectoplasma, material de que se utilizam os Espíritos nas manifestações mediúnicas de efeitos físicos. Os médiuns aptos à produção de tais fenômenos libertam essas energias com mais facilidade;
c) Curas Espirituais: nos processos de cura espiritual onde são utilizados energias dos encarnados, o fluido vital será o principal elemento a ser transfundido para o enfermo. Quem o possui em melhor condição pode doá-lo àquele que necessita dele e fazer retornar à saúde uma criatura doente. Nos processos de "moratória espiritual", onde o encarnado recebe permissão para continuar na Terra por mais alguns anos, estará ele recebendo determinada carga de fluido vital, para renovar as suas reservas já combalidas.
O fluido vital no seu conjunto vai constituir o que se denomina de "duplo etérico", "corpo vital" ou "corpo bioplásmico".
Acredita Jorge Andréa que o fluido vital constituiria uma zona de energias bastantes densificadas, dispostas entre o perispírito e o corpo físico.
Por ocasião da morte, o corpo vital sofrerá um processo de desintegração, qual ocorre ao corpo físico.
Apostila: Instituto de Difusão Espírita de Juiz de Fora - MG

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