Leia o trecho do livro "E A Vida Continua", em
que o Irmão Claudio explica a Evelina e a Fantini, recém desencarnados, como é a
"esfera espiritual".
— Mas, a Terra... eu conheço.
— Puro engano.
Classificamos a paisagem terrestre e os pertences que lhe dizem respeito,
submetidos aos conceitos de quantos estiveram nela antes de nós, ocorrendo
análogas circunstâncias no ambiente a que nos acolhemos agora, e onde contamos
com geólogos e geógrafos eméritos... Na realidade, porém, tanto lá quanto aqui,
conhecemos, na essência, muito pouco acerca do meio em que vivemos. Em suma,
analisamos e reanalisamos coisas e princípios que já encontramos feitos...
—
Entretanto, no mundo, como entendemos o mundo, guardamos a certeza de permanecer
sobre bases de matéria sólida...
— Irmã Evelina, quem lhe disse que não
moramos lá, na arena terrestre, detidos igualmente num certo grau da escala de
impressão do nosso Espírito eterno? Qualquer aprendiz de ciência elementar, no
Planeta, não desconhece que a chamada matéria densa não é senão a energia
radiante condensada. Em última análise, chegaremos a saber que a matéria é luz
coagulada, substância divina, que nos sugere a onipresença de Deus.
— O
senhor quer afirmar mesmo que não estamos agora domiciliados no plano físico? —
voltou Fantini a manifestar-se.
— Chame-se a este mundo em que existimos,
neste momento, «outra vida», «outro lado», «região extra-física» ou «esfera do
Espírito», estamos num centro de atividade tão material quanto aquele em que se
movimentam os homens, nossos irmãos ainda encarnados, condicionados ao tipo de
impressões que ainda lhes governam, quase que de todo, os recursos sensoriais. O
mundo terrestre é aquilo que o pensamento do homem faz dele. Aqui, é a mesma
coisa. A matéria se resume a energia. Cá e lá, o que se vê é a projeção
temporária de nossas criações mentais...
Livro: E A Vida Continua - Francisco C Xavier -
André Luiz
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