11.6.12


Contato Mediúnico - 1
Dom Helder por Carlos Pereira
Há os que dizem que não sou eu nestas páginas, imaginam que eu não teria condições de me expressar mediunicamente ou não o faria, simplesmente porque isto não é possível ou que eu não me atreveria a tanto. Meus irmãos, os paradigmas aqui são outros, quero deixar bem claro. Quando me expresso pela via da mediunidade o faço com conhecimento de causa, sei o que digo, como digo, quando digo, enfim, tenho plena consciência dos meus atos.
Quanto ao médium esta é uma questão pessoal. Não sou seu tutor e mantenho com ele uma relação de cordialidade e parceria. Não há uma aproximação maior até porque ele se afasta de mim no dia a dia com os seus afazeres profissionais e seu cuidado com as coisas do Espiritismo, mas mantemos uma relação de cortesia mútua e cumprimos adequadamente o nosso papel.
Assim caminham as comunicações mediúnicas que, via de regra, possuem um estímulo de minha parte e uma concessão do médium em desenvolver os textos. Utilizo do que disponho em termos de conteúdo para me expressar. Quero crer que se tivéssemos um médium mais flexível nas coisas do Catolicismo minha capacidade de expressão aumentaria, mas, ao mesmo tempo, se sentiria "travado"diante de revelações ou assuntos que quero apresentar.
A relação mediúnica não é fácil, isto não apenas para mim. De maneira geral, vejo o esforço que é a comunicação espiritual. Os dois, médium e comunicante, necessitam estar em perfeita sintonia e é difícil isto acontecer. De minha parte, induzo o médium a determinados pensamentos, faço sugestões mentais, procuro-o nos sonhos e ele absorve, tanto quanto possível, estas minhas inserções mentais e conduz a psicografia com retidão, embora, às vezes, não se apresente com a disposição que mereceria este diálogo.
O instante mediúnico é, de certa forma, mágico. Uma expressão minha é compreendida de uma forma por um médium, enquanto com outro se faz mais clara. Absorvo, também, o que o médium me sugere. Via de regra, meus irmãos, a construção é conjunta. É impossível, pelo menos é esta a minha experiência, ter uma comunicação genuinamente com a minha marca, mas penso que ao se aproximar esta sintonia os graus de distorção diminuem 
sensivelmente.
É este meu aprendizado do lado de cá da vida. Induzo pessoas, nos diversos lugares que vou, faço sugestões claras em suas mentes, que são absorvidas ou não, dependendo de cada um. Nunca interfiro onde não sou chamado, mas contribuo com a minha maneira de ver as coisas e se for adotado pela pessoa é uma questão pessoal, mas é assim com a maioria das gentes no mundo espiritual.
Fico à vontade de citar estas coisas espirituais porque é aquilo que percebo e vivencio sem qualquer estudo mais aprofundado sobre o assunto. Algumas pessoas podem esperar um desenrolar, uma fluência maior de minha parte, no entanto, sou noviço do lado de cá, meus irmãos, aprendo todos os dias uma coisa nova e me expresso de acordo com esta possibilidade.
Aos que rejeitam estes escritos tenho que ter paciência - e o médium também, não há outro jeito.
A vida prossegue e vamos tocando os nossos planos de acordo com a disponibilidade do médium. De minha parte, me planejo para voos maiores, com ou sem a participação do médium, uma vez que não há exclusividade de minha parte nesta parceria, é importante deixar isto bastante claro. Ele sabe disso e creio que não se melindra. Esta liberdade é importante para todos os envolvidos.
Sigo assim a minha caminhada, esperando que todos prossigam na sua, sem alarde, mas com a determinação de cumprir a vontade do Pai em suas vidas.
Que Deus nos abençoe,
Helder Camara

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