Contato Mediúnico - 1
Dom Helder por Carlos
Pereira
Há os que dizem que não sou eu nestas páginas,
imaginam que eu não teria condições de me expressar mediunicamente ou não o
faria, simplesmente porque isto não é possível ou que eu não me atreveria a
tanto. Meus irmãos, os paradigmas aqui são outros, quero deixar bem claro.
Quando me expresso pela via da mediunidade o faço com conhecimento de causa, sei
o que digo, como digo, quando digo, enfim, tenho plena consciência dos meus
atos.
Quanto ao médium esta é uma questão pessoal. Não sou seu tutor e
mantenho com ele uma relação de cordialidade e parceria. Não há uma aproximação
maior até porque ele se afasta de mim no dia a dia com os seus afazeres
profissionais e seu cuidado com as coisas do Espiritismo, mas mantemos uma
relação de cortesia mútua e cumprimos adequadamente o nosso papel.
Assim
caminham as comunicações mediúnicas que, via de regra, possuem um estímulo de
minha parte e uma concessão do médium em desenvolver os textos. Utilizo do que disponho em termos de conteúdo para me
expressar. Quero crer que se tivéssemos um médium mais flexível nas coisas do
Catolicismo minha capacidade de expressão aumentaria, mas, ao mesmo tempo, se
sentiria "travado"diante de revelações ou assuntos que quero apresentar.
A
relação mediúnica não é fácil, isto não apenas para mim. De maneira geral, vejo
o esforço que é a comunicação espiritual. Os dois, médium e comunicante,
necessitam estar em perfeita sintonia e é difícil isto acontecer. De minha
parte, induzo o médium a determinados pensamentos, faço sugestões mentais,
procuro-o nos sonhos e ele absorve, tanto quanto possível, estas minhas
inserções mentais e conduz a psicografia com retidão, embora, às vezes, não se
apresente com a disposição que mereceria este diálogo.
O instante mediúnico
é, de certa forma, mágico. Uma expressão minha é compreendida de uma forma por
um médium, enquanto com outro se faz mais clara. Absorvo, também, o que o médium
me sugere. Via de regra, meus irmãos, a construção é conjunta. É impossível,
pelo menos é esta a minha experiência, ter uma comunicação genuinamente com a
minha marca, mas penso que ao se aproximar esta sintonia os graus de distorção
diminuem
sensivelmente.
É este meu aprendizado do lado de cá da vida.
Induzo pessoas, nos diversos lugares que vou, faço sugestões claras em suas
mentes, que são absorvidas ou não, dependendo de cada um. Nunca interfiro onde
não sou chamado, mas contribuo com a minha maneira de ver as coisas e se for
adotado pela pessoa é uma questão pessoal, mas é assim com a maioria das gentes
no mundo espiritual.
Fico à vontade de citar estas coisas espirituais porque
é aquilo que percebo e vivencio sem qualquer estudo mais aprofundado sobre o
assunto. Algumas pessoas podem esperar um desenrolar, uma fluência maior de
minha parte, no entanto, sou noviço do lado de cá, meus irmãos, aprendo todos os
dias uma coisa nova e me expresso de acordo com esta possibilidade.
Aos que
rejeitam estes escritos tenho que ter paciência - e o médium também, não há
outro jeito.
A vida prossegue e vamos tocando os nossos planos de acordo com
a disponibilidade do médium. De minha parte, me planejo para voos maiores, com
ou sem a participação do médium, uma vez que não há exclusividade de minha parte
nesta parceria, é importante deixar isto bastante claro. Ele sabe disso e creio
que não se melindra. Esta liberdade é importante para todos os
envolvidos.
Sigo assim a minha caminhada, esperando que todos prossigam na
sua, sem alarde, mas com a determinação de cumprir a vontade do Pai em suas
vidas.
Que Deus nos abençoe,
Helder Camara
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