Porque fazemos o que fazemos
é um reflexo do condicionamento do nosso ser. Estamos imersos em pensamentos e
crenças que alimentam, dia após dia, a nossa alma. Contamos que aquilo seja a
verdade das coisas e nos colocamos a reproduzir clichês e práticas baseados
neste modelo de ver o mundo.
No campo dos sentimentos e
das emoções isso ocorre da mesmíssima maneira. Reproduzimos as nossas crenças
de maneira mais automática possível que nem temos consciência do que estamos
fazendo ou acreditando.
Autômatos no conhecimento
interior, fazemos com que a vida seja repleta de repetições inúteis, pelo menos
para aqueles que desejam pautar as suas vidas no processo consciente de
crescimento interior.
A vida toma outra proporção
quando estamos seguros do que queremos para ela. Sabemos o que somos – ou temos
uma noção aproximada disso; sabemos onde desejamos chegar – e colocamos um
ponto de referência; e tratamos de agendar um caminho lógico para chegar ao
destino desejado.
Isto tem certa demora para
acontecer, mas não é de todo frustrante, pelo contrário, neste caminho está
exatamente o prazer da conquista e não necessariamente no ponto de chegada.
Quando temos consciência para
onde iremos, os nossos passos são mais decisivos e coerentes. Nossa forma de
andar muda completamente e não mais aceitamos desvios como deixávamos acontecer
no passado em que não tínhamos a nossa rota evolutiva ajustada.
Esse caminho é de profundas e
incríveis descobertas. Alentadoras e, ao mesmo tempo, desafiadoras. Explica o
nosso comportamento atual e do passado, mas vislumbra, ao mesmo tempo, novos
patamares existenciais que imaginamos, de logo, intransponíveis.
Esta caminhada é direcionada
pela vontade. O espírito detentor de sua intenção-básica existencial colocará
como prioridade somente aquilo que lhe fizer bem a alma. Nada mais. Resoluto,
determinado, passa a seguir persistente para chegar ao destino desejado.
Intempéries, tempestades,
furacões, e todos os tipos de obstáculos interiores e exteriores farão pensar
que não se está no caminho certo, no entanto, perceberá que gradualmente as
conquistas chegarão e novos ares, novo sol, mostrarão novas rotas até então
desconhecidas. Aumentará aí o desejo de prosseguir e vencer.
Não há outro modo de
caminhar. Aqueles que desejem pegar atalhos sofrerão tremendamente em constatar
que eles atrasam mais do que adiantam.
Esta caminhada, embora
sozinha, é feita com a presença de expectadores. Alguns a apoiar o caminhante,
outros desejosos que ele desista o mais rápido possível.
A caminhada é interior, eis o
desafio maior.
Entender que não existem
inimigos internos, mas tão-somente dificuldades impostas por si mesmo, será uma
grande descoberta, o que não diminui a pressão por superar os próprios limites
da alma.
Seremos vencedores à medida
que ajustarmos o calibre da nossa caminhada e deixarmos de lado os velhos
procedimentos que somente nos levavam para caminho incerto e que imaginávamos
ser o ideal. Vez por outra, isso passará pela cabeça do caminhante, mas o
amadurecimento proporcionará a ele a determinação em seguir adiante.
Estejamos preparados para
essa caminhada intérmina. Os primeiros passos já foram dados há algum tempo.
Hoje, ajustamos a bússola e nos preparamos para redirecionar as nossas vidas.
Ao nosso lado, a força divina
que nos impulsiona sempre para frente e não deseja o nosso recuo. Isso é mais
que suficiente para acreditar que vamos conseguir.
Sejamos fortes e estejamos em
paz conosco mesmo. Que importa que outros não venham conosco, eles também
precisam realizar as suas próprias descobertas e temos que respeitar o relógio
consciencial de cada um.
Estejamos atentos que muitos
tropeços acontecerão ao longo da caminhada. Cairemos. Levantar-nos-emos.
Avançaremos. A luz nos espera. Para ela fomos predestinados a alcançá-la e
somente quando conseguirmos este intento é que nossa alma se sentirá plena,
feliz, realizada e em paz.
Ermance Dufaux – Blog de
Carlos Pereira
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