Tudo tem começo, meio e fim,
menos a vida.
A vida é intrigante. Tem
início, em algum momento existencial, mas está longe de ter um meio e jamais
terá um fim.
A vida terrena é outra coisa,
rege-se pelas coisas da matéria, mas a vida espiritual, a vida extrafísica,
esta nunca se acaba, está longe de ter algum fim.
É sobre a vida que
depositamos as nossas esperanças, os nossos anseios e preocupações, as nossas
perspectivas futuras, mas que vida falamos, afinal de contas, a vida material
ou espiritual?
Isso é importante distinguir
porque faz enorme diferença.
A vida material tem um plano
definido. Você pode razoavelmente se programar. Dizer o que quer e o que não
quer fazer, e dentro de um quadro de normalidade, com um pouco de variação,
aquilo vai ser materializando, se você tiver determinação e perseverança.
No contexto espiritual, isso
é bastante diferente. Primeiro, porque você tem que distinguir em que pedaço da
vida você estará inserido e o que lhe é permitido fazer.
Na vida do espírito, há
outros fatores que devem ser levados em consideração e não temos, quase sempre,
a noção exata das nossas necessidades. A todo dia, coisas novas são aprendidas
que nos abrem uma perspectiva enorme de escolhas.
Eu sei que é mais ou menos
assim na vida terrena, mas na vida espiritual há determinações superiores, de quando
em quando, que mudam radicalmente os planos traçados. A perspectiva é outra bem
diferente.
Na vida física, embora estes
fatores espirituais sejam levados em consideração, prevalece – e muito – as
necessidades do dia-a-dia fincadas na sobrevivência, no pagar das contas, na
compra de um apartamento novo, em não deixar o carro ficar muito velho, em dar
uma arrumada na casa trocando aqueles móveis antigos, por aí.
O contexto espiritual faz
você olhar-se para dentro, enquanto a vida terrena induz, muitas vezes, a olhar
para fora.
Uma pessoa mais ou menos
consciente de suas responsabilidades espirituais passa pela vida física sem a
contaminação natural do consumismo, da moda operante, do status e do
privilégio, em contrapartida, o menos espiritualizado acha mesmo que a vida é
tudo isso – ou somente isso.
Os prazeres da alma, típicos
da alma, são opostos aos prazeres do corpo físico. Enquanto comer bem é uma
necessidade premente para muita gente ou ter o carro do ano é prioridade que
não se discute, para outras, na concepção espiritual, estaria mais voltada para
aquele curso de elevação pessoal que ainda não fez e acha imprescindível para
sua formação.
Pensar de maneira
inteligente, neste contexto, representa ter equilíbrio em tudo.
Ora, se você está vivendo o contexto
material há necessidades que não se podem fugir e tem mais que se correr atrás
da satisfação delas, o problema é não se reconhecer apenas como alguém que liga
apenas para isso.
Da mesma maneira que um bom
prato de comida satisfaz os sentidos do paladar, por exemplo, uma boa companhia
inspirativa numa conversa sobre a vida futura ou de valores nobres, é tão
imprescindível quanto.
As pessoas necessitam buscar
o equilíbrio em tudo. Até mesmo as pessoas mais espiritualizadas – ou
conhecedoras de determinados ensinamentos espiritualizantes – também não podem
ficar batendo unicamente na mesma tecla.
Espiritualize-se e, enquanto
vive na matéria, satisfaça necessidades que não vão te custar tão caro no
futuro.
Quem pensa como espírito
transcende-se diante de tudo e de todos e dá a devida importância a que cada
coisa possui.
Fiquem com Deus!
Caifas – Blog de Caifas
Nenhum comentário:
Postar um comentário