– ANDRÉ LUIZ/CHICO XAVIER
Na sequência do capítulo,
André Luiz relata que Margarida e o esposo, que não tinha “a menor noção de
vida moral”, tomavam um táxi para ir à missa, e, não obstante, se faziam
acompanhar “por extensa súcia de perseguidores”:
“O veículo, a meu ver,
transformara-se como que num carro de festa carnavalesca. Entidades diversas
aboletavam-se dentro e em torno dele, desde os paralamas até o teto luzente.”
André ainda esclarece que, no
próprio culto religioso, o número de desencarnados era, talvez, “cinco vezes
maior que a assembleia de crentes em carne e osso. Compreendi, logo, que em
maior parte ali se achavam com o propósito deliberado de perturbar e iludir.”
A situação era difícil e,
claro, semelhante, muitas vezes, àquela com a qual nos deparamos numa Casa
Espírita.
“A algazarra dos
desencarnados ignorantes e perturbadores era de ensurdecer. A atmosfera pesava.
A respiração fizera-se-me difícil pela condensação dos fluidos semi carnais ali
reinantes...”
O autor espiritual ressalva,
no entanto, que “dos adornos e objetos de culto emanava doce luz...”
Estranhando “a formosa
claridade dos nichos”, André ouve a elucidação de Gúbio:
“Quantas vezes, meu amigo, a
criança acalenta bibelôs, a fim de preparar-se convenientemente para as
responsabilidades da Terra? (...) Nesta casa de oração, os altares recebem as
projeções de matéria mental sublimada dos crentes. Há quase um século, as
preces fervorosas de milhares deles aqui envolvem os nichos e apetrechos de
luz. (...) A luz que oferecemos ao Céu serve sempre de base às manifestações do
Céu para a Terra.” (destacamos)
Numa simples frase – “A luz
que oferecemos ao Céu serve sempre de base às manifestações do Céu para a
Terra” –, magnífica explicação para o fenômeno mediúnico!
*
Aqui solicitamos vênia aos
nossos internautas para dizer que a vida de Chico Xavier, desde o seu
nascimento, foi permeada de experiências e fatos que lhe secundaram o mandato
mediúnico – absolutamente tudo, inclusive ter ele renascido numa família de
formação católica – os seus ascendentes genéticos, advindos de seu pai e de sua
mãe, também concorreram para que as suas excepcionais faculdades mediúnicas se
apresentassem. E, neste sentido, notadamente os ascendentes espirituais de sua
mãe, Maria de São João de Deus!...
*
Descrevendo acontecimentos
espirituais durante a realização da missa, André se refere a três entidades “de
sublime posição hierárquica”, contrastando com o lamentável cenário em torno,
que se “fizeram visíveis à santa mesa (altar), com o evidente propósito de ali
semearem os benefícios divinos. Magnetizaram as águas expostas, saturando-as de
princípios salutares e vitalizantes, como acontece nas sessões de Espiritismo
Cristão, e, em seguida, passaram a fluidificar as hóstias, transmitindo-lhes
energias sagradas à fina textura.”
Percebamos que, nesse ou
naquele ofício religioso, quando há mérito, a Espiritualidade Amiga, dessa ou
daquela maneira, se faz presente a fim de socorrer os que, realmente, confiam
na intercessão da Bondade Divina.
Segundo André, muitos
malfeitores desencarnados procuravam se postar ao lado daqueles que ali
compareciam com propósitos de renovação íntima, “buscando conturbá-los.” É o
que, frequentemente, ocorre com os que comparecem às Casas Espíritas, que, não
raro, em plena reunião, são envolvidos por entidades que os induzem ao sono, ou
a dispersarem a atenção dos temas em estudo, chegando mesmo a lhes sussurrem
palavras aos ouvidos para que se entreguem a outros pensamentos.
INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade
na Internet
Uberaba – MG, 20 de maio de
2019.
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