3.5.19

Trabalho Produtivo

Um pequeno agricultor saía todas as manhãs para arar o solo, prepará-lo para a grande colheita. Certo dia, a chuva veio e abençoou todo o seu trabalho. Logo, logo, as fruteiras começaram a crescer e cada uma apresentava as suas maravilhas. Outras mais mostravam a sua beleza e por todos eram admiradas. O trabalho incansável na terra, um dia, será recompensado. O importante é fazer a sua parte que os céus, a natureza, se incumbirão de fazer a sua.
Olhe para você, meu irmão, e pergunte-se: o que estou fazendo para a minha terra espiritual? O que estou produzindo hoje para colher no futuro? Que providências estou tomando para que mais tarde os frutos venham em abundância?
Estas perguntas são imprescindíveis para quem deseja ter uma vida tranquila e promissora. Inevitavelmente, colhemos mais tarde o que plantamos hoje. É assim na natureza, é assim na nossa vida cotidiana.
O que esperar do futuro se não entregamos nada nos dias atuais?
Devemos esperar que algo nos aconteça de grandioso por graça e obra do Espírito Santo?
Digo a todos, sem medo de errar, obedecendo a máxima evangélica, que somente teremos a graça espiritual e divina se fizermos corretamente a nossa parte.
Deus não nos dá nada de graça, a não ser a nossa própria vida, o que já é demais. Ele nos dá, certamente, todas as condições de plantio, mas somos nós que devemos arar. Somos nós que devemos plantar. Somos nós que devemos cuidar. Um dia, a natureza, a força natural das coisas, nos retribuirá graciosamente. É assim que acontece.
Vejo muita gente por aí reclamando de Deus, falando besteira, querendo que Deus dê tudo na sua mão sem trabalho algum. Ora, se mesmo Ele planta para colher porque nós devemos esperar o contrário?
O ensinamento bíblico que diz que devemos pedir para obter, é igualmente seguido pela nossa obrigação em fazer por onde.
Pense também que é importante saber o que se quer. Pode ser que desejemos algo que não nos seja interessante e aí a Divina Providência vai colocar o pé e nada vai sair – e é para o nosso bem.
É o trabalho que dignifica o homem, assevera aquele ditado popular. É o trabalho que dá ao homem, portanto, a possibilidade dele ser digno.
Penso, também, naqueles meus irmãos, mundo afora, que deseja arar, plantar, cuidar e colher, mas as coisas do jeito que estão tornam-se difíceis de concretizar este sonho e esta necessidade. Oro por eles, como oro também para que nossos governantes sejam mais conscientes de que não adianta nada pensar em finanças simplesmente e esquecer que o bem maior da humanidade não é dinheiro, é gente.
Gente produtiva, gente contente, gente feliz.

Helder Camara – Blog Novas Utopias

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