Você sabe a diferença entre
Inspiração e Intuição?
Determinados assuntos
tratados na exposição espírita (palestra, aula ou preleção), muitas vezes
parecem sem importância, mas nunca será demais saber o exato sentido ou
significado de palavras ou expressões que usamos. É o que acontece com as
palavras acima citadas, pois são inúmeros os companheiros que não fazem a menor
distinção (e pior, passam adiante) que essas expressões significam a mesma
coisa. Pois bem, há diferença e muita!
Inspiração = sugestão,
insinuação, ou inspirar = incutir, insuflar (dicionário da língua portuguesa),
temos também a elucidação de Emmanuel no livro Seara dos Médiuns na passagem
Faixas, onde ele diz "A inspiração é todo o conjunto de pensamentos
alheios que aceitamos ou procuramos".
Leon Denis, também nos fala
sobre o assunto em "O problema do Ser, do Destino e da Dor, na pág. 334:
"a inspiração é uma das formas empregadas pelos habitantes do mundo
espiritual para nos transmitirem suas instruções... é um tipo de mediunidade
onde o Espírito infunde suas ideias para o entendimento do médium".
Também vemos no Dicionário
Enciclopédico de Espiritismo, metapsíquica e Parapsicologia o seguinte:
"É o recebimento
espontâneo de ideias e pensamentos e provindo de Espíritos..."
Podemos então concluir que
inspiração é a transmissão dos pensamentos e mensagens de uma mente para outra.
Intuição é o conjunto de conhecimentos próprios, adquiridos ao longo de
inúmeras experiências vividas pelo Ser e que lhe aflora à mente
espontaneamente, sem ninguém lhe transmita nada. Temos em Platão que ela é fundamentada
na nossa preexistencia, manifestada através de diversas encarnações. Dr.
Bezerra no livro A loucura sob Novo Prisma nos leva a entende-la como as
"reminiscências das vidas que tivemos". Segundo Ney Lobo ela é
"instrumento da alma no processo da educação sobre os valores acumulados
em existências anteriores".
Quanto à intuição não necessitamos pedir nem a Deus,
nem aos Bons Espíritos e sim "organizar" nosso mundo interior, para
que nossos próprios conhecimentos possam ser devidamente utilizados para nossa
própria marcha evolutiva e seguir a orientação de Emmanuel que em seu livro O
Consolador nos indica, "que para desenvolver a intuição são necessários,
estudo perseverante, esforço sincero e meditação sadia".
Milton Antunes Martins -
Jornal O Trevo
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