24.5.19

INSPIRAÇÃO OU INTUIÇÃO


Você sabe a diferença entre Inspiração e Intuição?
Determinados assuntos tratados na exposição espírita (palestra, aula ou preleção), muitas vezes parecem sem importância, mas nunca será demais saber o exato sentido ou significado de palavras ou expressões que usamos. É o que acontece com as palavras acima citadas, pois são inúmeros os companheiros que não fazem a menor distinção (e pior, passam adiante) que essas expressões significam a mesma coisa. Pois bem, há diferença e muita!
Inspiração = sugestão, insinuação, ou inspirar = incutir, insuflar (dicionário da língua portuguesa), temos também a elucidação de Emmanuel no livro Seara dos Médiuns na passagem Faixas, onde ele diz "A inspiração é todo o conjunto de pensamentos alheios que aceitamos ou procuramos".
Leon Denis, também nos fala sobre o assunto em "O problema do Ser, do Destino e da Dor, na pág. 334: "a inspiração é uma das formas empregadas pelos habitantes do mundo espiritual para nos transmitirem suas instruções... é um tipo de mediunidade onde o Espírito infunde suas ideias para o entendimento do médium".
Também vemos no Dicionário Enciclopédico de Espiritismo, metapsíquica e Parapsicologia o seguinte:
"É o recebimento espontâneo de ideias e pensamentos e provindo de Espíritos..."
Podemos então concluir que inspiração é a transmissão dos pensamentos e mensagens de uma mente para outra. Intuição é o conjunto de conhecimentos próprios, adquiridos ao longo de inúmeras experiências vividas pelo Ser e que lhe aflora à mente espontaneamente, sem ninguém lhe transmita nada. Temos em Platão que ela é fundamentada na nossa preexistencia, manifestada através de diversas encarnações. Dr. Bezerra no livro A loucura sob Novo Prisma nos leva a entende-la como as "reminiscências das vidas que tivemos". Segundo Ney Lobo ela é "instrumento da alma no processo da educação sobre os valores acumulados em existências anteriores".
Quanto à  intuição não necessitamos pedir nem a Deus, nem aos Bons Espíritos e sim "organizar" nosso mundo interior, para que nossos próprios conhecimentos possam ser devidamente utilizados para nossa própria marcha evolutiva e seguir a orientação de Emmanuel que em seu livro O Consolador nos indica, "que para desenvolver a intuição são necessários, estudo perseverante, esforço sincero e meditação sadia".

Milton Antunes Martins - Jornal O Trevo 

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