5.5.19

Acerca da Felicidade

O que procuras, acaso a felicidade?

Onde achas que ela está?
Sim, esta é a pergunta fundamental, onde será que a felicidade mora?
Se acaso acreditas que ela está distante, em algum lugar de difícil acesso, terás que ir até lá para poder ser feliz.
Se acaso imaginas que ela está num belo automóvel, ou numa casa dos sonhos, somente obterás a felicidade no instante que adquiras o teu bem precioso.
Se acaso intencionas encontrar a felicidade em algum posto especial, numa referência ao teu nome, então, até lá, ficarás infeliz.
A felicidade está onde a puseres.
Eu acho que a felicidade deveras está fora de ti ou de mim. Porque seria muito injusto para muitos se ela estivesse em algo ou em algum lugar. Um deficiente físico ou uma pessoa de poucas posses teria nascido definitivamente condenado a infelicidade.
Ao contrário, penso que a felicidade é produto interno do ser.
Ela está dentro de mim, ela está dentro de você.
Eu não preciso procurá-la ou correr para encontrá-la. Ela já está sob a minha posse, basta apenas que eu a usufrua. Eis o meu legado.
Quando digo que ela está dentro de mim, digo que ela não é palpável, que ela deve ser sentida ou intelectualmente absorvida. Não está nos sentidos físicos, mas além da matéria.
A felicidade sendo produto de descoberta interior envolve outros atributos.
Um deles é a paciência.
Sem a paciência em saber identificá-la no nosso eu, perderemos a vida a sua procura.
Na verdade, se já possuímos a felicidade, creio que devamos deixá-la fluir em nosso ser.
Como os sentidos extrafísicos são de diferente percepção, assenhora-se, portanto, que a felicidade se consegue pelo autoconhecimento.
- “Conhecereis a verdade e ela te tornará livre”.
- “Conhece-te a ti mesmo”.
E por aí vai.
Eu me sinto um descobridor permanente de mim mesmo e quanto mais exercito esta minha condição de aprendiz do meu eu, mais me enriqueço e percebo, por si só, que já sou imensamente feliz.
Descobrir-se, ir-se além da matéria inerte, fazer-se aprendiz de si mesmo por toda a eternidade, representa a descoberta divina na tua própria alma.
Que maravilha! Isso já significa a própria felicidade maior. Então, porque procurá-la alhures? Por que manter-se ansioso perante as coisas da vida?
Eu imploro aos menos ouvidos do espírito: Cala-te! Deixa-te escutar o pulsar da tua essência e faz dele, a partir de agora, a razão própria da tua existência.
Encorajo-te a esta viagem interior e interminável.
Acredita, pois, em mim e encontrarás a felicidade tão desejada na mais bela aventura do teu ser.
Feliz.
Que assim seja!

Helder Camara – Blog Novas Utopias

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