A preleção do Ministro
Flácus, sem dúvida, é a mais substanciosa página do Espiritismo, e do
Espiritualismo em geral, abordando o tema da existência do Mundo Espiritual e o
regime de interdependência em que vivem encarnados e desencarnados.
*
Discorrendo sobre a situação
da comunidade dos que vivem fora do corpo, nas proximidades do orbe terrestre,
o Ministro elucida:
“Um reino espiritual dividido
e atormentado, cerca a experiência humana, em todas as direções, intentando
dilatar o domínio permanente da tirania e do poder”.
Infelizmente, desta
realidade, nem mesmo o Espiritismo tem escapado, pois que há muito joio lançado
em meio ao trigo do Movimento Espirita, e muito lutam pelo poder, chegando
mesmo a serem tirânicos contra aqueles que não rezam pela sua cartilha.
O chamado Movimento Espírita
está contaminado, em quase todos os seus seguimentos, e carece ser saneado, com
os seus militantes voltando a se devotarem ao verdadeiro espírito da Doutrina.
*
Outra afirmação importante de
Flácus:
“Incapacitados de prosseguir
além do túmulo, a caminho do Céu que não souberam conquistar, os filhos do
desespero organizam-se em vastas colônias de ódio e miséria moral, disputando,
entre si, a dominação da Terra”.
Vejamos a situação espiritual
do Brasil, onde os “filhos do desespero”, que, atualmente, se encontram
encarnados, sequer pensam na existência de Deus e agem como não tivessem que
vir a prestar contas à Lei. Colocam-se acima de tudo e de todos, e sob forte
hipnose, são comparsas do crime organizado, que, no Brasil, se apresenta,
também, disfarçado de partidos políticos.
Há uma onde de cepticismo
percorrendo o país de ponta a ponta, da qual somente os que perseverarem até o
fim haverão de ser salvos, ou seja: escaparão de sua influência funesta e
arrasadora.
A verdade é que o Brasil,
esse gigante, que concentra as esperança de vir a ser a Pátria do Evangelho,
agoniza, quase ferido de morte pelos seus próprios filhos.
*
A afirmação que Flácus faz em
seguida é estarrecedora:
“... e anjos decaídos da
Ciência, buscam, acima de tudo, a perversão dos processos divinos que orientam
a evolução planetária”.
Representam eles a figura do
Demônio, ou do anjo do mal, que se atreve a colocar em oposição ao Criador. A
sua ousadia é tanta, e tão inconsequente, e tão insana, que desejam perverter a
Lei Divina!
Organizam-se eles, no mundo
todo, em falanges imensas, e, principalmente, através da Política e da
Religião, agridem os homens, espíritos encarnados que, com extrema dificuldade,
estão lutando para saírem do lugar comum.
*
O Espiritismo, evidentemente,
não haveria de ser poupado desse “ataque” das trevas, que lhe é movido pelos
seus pseudo profitentes, que estão ocupando o poder, a partir de um simples
Centro Espírita até a um órgão unificador.
Na atualidade, a fim de que o
“poder” se descentralizasse, seria interessante que surgisse uma vertente
paralela ao poder dos órgãos unificadores atuais – o que está dividido carece
sem dúvida, de ser mais fracionado ainda, porquanto a verdadeira unificação se
alicerça na descentralização do poder, promovendo a união espiritual.
O Espiritismo há de ser forte
quando os homens se enfraquecerem em sua ânsia de poder.
Com o devido respeito às Leis
Divinas, ouso clamar aos Céus que, infelizmente, Chico Xavier, aos 92 de idade,
desencarnou cedo demais.
INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade
na Internet
Uberaba – MG, 25 de junho de
2018.
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