Reunião pública de 19-1-59
Questão nº 920
Na solução aos problemas da
caridade, não ouvides a beneficência do campo mais íntimo, que tanta vez
relegamos à indiferença.
Prega a fraternidade,
aproveitando a tribuna que te componha os gestos e discipline a voz; no
entanto, recebe na propriedade ou no lar, por verdadeiros irmãos, os
companheiros de luta, assalariados a teu serviço.
Esclarece os Espíritos
conturbados e sofredores nos círculos consagrados ao socorro daqueles que
caíram em desajuste mental; contudo, acolhe com redobrado carinho os parentes
desorientados que a provação desequilibra ou ensandece.
Auxilia a erguer abrigos de
ternura para as crianças abandonadas; todavia, abraça em casa os filhinhos que
Deus te deu, conduzindo-lhes a mente infantil, através do próprio exemplo, ao
santuário do dever e do trabalho, do amor e da educação.
Espalha a doutrina de paz que
te abençoa a senda, divulgando-a, por intermédio do conceito brilhante que te
reponta da pena, mas não ouvides exercê-la em ti próprio, ainda mesmo à custa
de aflição e de sacrifício, para que o teu passo, entre as quatro paredes do
instituto doméstico, seja um marco de luz para os que te acompanham.
Cede aos necessitados daquilo
que reténs no curso das horas...
Dá, porém, de ti mesmo aos
semelhantes, em bondade e serviço, reconforto e perdão, cada vez que alguém se
revele faminto de proteção e desculpa, entendimento e carinho.
Beneficência! Beneficência!
Não lhe manches a taça com o
veneno da exibição, nem lhe tisnes a fonte com o lodo da vaidade!
Recebe-lhe as sugestões de
amor no imo do coração e, buscando-a primeiramente nos escaninhos da própria
alma, sentiremos nós todos a intraduzível felicidade que se derrama da
felicidade que venhamos a propiciar aos outros, conquistando, por fim, a
alegria sublime que foge ao alarde dos homens para dilatar-se no silêncio de
Deus.
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