O primeiro capítulo do livro
“Libertação”, cujo prefácio de Emmanuel é de 1949 – a obra, portanto, está
prestes a completar os seus 90 anos! -, nos deparamos com a belíssima e
substanciosa prelação do Ministro Flácus, que estava na condição de um dos
Ministros de “Nosso Lar”.
Sob o título “Ouvindo
Elucidações”, André Luiz transcreve, em síntese, a palavra do Ministro, que,
sem dúvida, mereceria uma “separata”, ou seja, uma impressão à parte, pois que,
em nossa opinião, ela vale por um livro.
*
Na companhia do Instrutor
Gúbio, André se pôs a ouvir a preleção de Flácus, que, em sua palavra, aborda a
questão das Dimensões Inferiores do Mundo, ou Planeta Espiritual – dando-nos a
conhecer a existência da denominada Dimensão das Trevas, que,
“geograficamente”, se localiza logo abaixo da Crosta Terrestre.
*
À determinada altura de sua
peroração, Flácus considera:
“A rigor, portanto, não temos
círculos infernais, de acordo com os figurinos da antiga teologia, onde se
mostram indefinidamente gênios satânicos de todas as épocas e, sim, esferas
obscuras em que se agregam consciências embotadas na ignorância, cristalizadas
no ócio reprovável ou confundidas no eclipse temporário da razão”.
Começa, pois, com André Luiz,
a se detalhar, com informações mais precisas, o que ele havia dito, em “Nosso
Lar”, sobre as regiões subcrostais, dando-nos outra visão do significado
teológico do chamado Inferno. André, que, com “Nosso Lar”, nos levara a efetuar
uma “viagem ao futuro”, com “Libertação” começa a nos levar a realizar uma
“viagem ao passado”.
*
E, em seguida, o Ministro
considera:
“... a nossa Terra, com todas
as esferas de substância ultrafísica que a circundam, pode ser considerada qual
laranja minúscula, perante o Himalaia, e nós outros, confrontados com a
excelsitude dos Espíritos Superiores, que dominam na sabedoria e na santidade,
não passamos, por enquanto, de bactérias, controladas pelo impulso da fome e
pelo magnetismo do amor. Entretanto, guindados a singelas culminâncias da
inteligência, somos micróbios que sonham com o crescimento próprio para a
eternidade.”
Sabemos que, praticamente,
não há distinção entre bactéria e micróbio. Mas, o que o Ministro quer dizer é
que, um pouco mais avançados, até mesmo espiritualmente, deixamos de sermos
bactérias, para, simplesmente, sermos micróbios – e, por vezes, micróbios que
se vestem de terno e gravata e que sabem falar inglês!
*
A preleção de Flácus,
belíssima, considera, um pouco mais adiante, que não passamos de “micróbios”
lidando com a razão há quarenta mil anos...
O quanto evoluímos?!
O quanto temos a evoluir?!
E, não obstante, nos
consideramos... Ah, deixa para lá, pois é melhor nem dizer.
E o pior é que exigimos, dos
outros, respostas definitivas, quando sequer sabemos, ao certo, como se forma o
bolo fecal em nossos intestinos físicos e perispirituais.
INÁCIO FERREIRA – Blog
Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 4 de junho de
2018.
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