5.6.18

II – REFLEXÕES SOBRE O LIVRO “LIBERTAÇÃO” – ANDRÉ LUIZ/CHICO XAVIER


O primeiro capítulo do livro “Libertação”, cujo prefácio de Emmanuel é de 1949 – a obra, portanto, está prestes a completar os seus 90 anos! -, nos deparamos com a belíssima e substanciosa prelação do Ministro Flácus, que estava na condição de um dos Ministros de “Nosso Lar”.
Sob o título “Ouvindo Elucidações”, André Luiz transcreve, em síntese, a palavra do Ministro, que, sem dúvida, mereceria uma “separata”, ou seja, uma impressão à parte, pois que, em nossa opinião, ela vale por um livro.
*
Na companhia do Instrutor Gúbio, André se pôs a ouvir a preleção de Flácus, que, em sua palavra, aborda a questão das Dimensões Inferiores do Mundo, ou Planeta Espiritual – dando-nos a conhecer a existência da denominada Dimensão das Trevas, que, “geograficamente”, se localiza logo abaixo da Crosta Terrestre.
*
À determinada altura de sua peroração, Flácus considera:
“A rigor, portanto, não temos círculos infernais, de acordo com os figurinos da antiga teologia, onde se mostram indefinidamente gênios satânicos de todas as épocas e, sim, esferas obscuras em que se agregam consciências embotadas na ignorância, cristalizadas no ócio reprovável ou confundidas no eclipse temporário da razão”.
Começa, pois, com André Luiz, a se detalhar, com informações mais precisas, o que ele havia dito, em “Nosso Lar”, sobre as regiões subcrostais, dando-nos outra visão do significado teológico do chamado Inferno. André, que, com “Nosso Lar”, nos levara a efetuar uma “viagem ao futuro”, com “Libertação” começa a nos levar a realizar uma “viagem ao passado”.
*
E, em seguida, o Ministro considera:
“... a nossa Terra, com todas as esferas de substância ultrafísica que a circundam, pode ser considerada qual laranja minúscula, perante o Himalaia, e nós outros, confrontados com a excelsitude dos Espíritos Superiores, que dominam na sabedoria e na santidade, não passamos, por enquanto, de bactérias, controladas pelo impulso da fome e pelo magnetismo do amor. Entretanto, guindados a singelas culminâncias da inteligência, somos micróbios que sonham com o crescimento próprio para a eternidade.”
Sabemos que, praticamente, não há distinção entre bactéria e micróbio. Mas, o que o Ministro quer dizer é que, um pouco mais avançados, até mesmo espiritualmente, deixamos de sermos bactérias, para, simplesmente, sermos micróbios – e, por vezes, micróbios que se vestem de terno e gravata e que sabem falar inglês!
*
A preleção de Flácus, belíssima, considera, um pouco mais adiante, que não passamos de “micróbios” lidando com a razão há quarenta mil anos...
O quanto evoluímos?!
O quanto temos a evoluir?!
E, não obstante, nos consideramos... Ah, deixa para lá, pois é melhor nem dizer.
E o pior é que exigimos, dos outros, respostas definitivas, quando sequer sabemos, ao certo, como se forma o bolo fecal em nossos intestinos físicos e perispirituais.

INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 4 de junho de 2018.

Nenhum comentário:

Postar um comentário