21.5.18

COMO VOCÊ INTERPRETA?! – LVIII


COMO VOCÊ INTERPRETA?! – LVIII
Elementais
Ainda no último capítulo do excelente “Nosso Lar”, livro de conteúdo ainda a ser explorado, mais atentamente, pelos espíritas em geral, dentre os quais eu me incluo, nos deparamos com o episódio de Narcisa que, atendendo ao apelo mental de André Luiz, o convida para irem à Natureza, a fim de “recolherem” fluidos no socorro a Ernesto, o segundo esposo de Zélia.
Antes, Narcisa teve o zelo de providenciar “passes de reconforto ao doente, isolando-o das formas escuras, que se afastaram como por encanto”. O passe, realmente, sendo, no dizer de Emmanuel, uma “transfusão de energias fisio-psíquicas”, através da simples imposição das mãos, opera prodígios. Nas Casas Espíritas, o passe é o legítimo “trabalho de cura”, sem desmerecermos, claro, o esforço dos medianeiros que se empenham no campo da cura segundo as suas características e as orientações de seus guias espirituais, que nem sempre possuem segura iniciação no estudo e na aplicação das forças “magnéticas”. Não nos esqueçamos de que Jesus curava pela imposição das mãos – Ele curava quando tocava e... quando era tocado! Curava através da saliva, do sopro, do olhar, de Sua simples Presença!...
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Justificando o convite feito a André, para que fossem à Natureza, Narcisa, lhe diz: “Não só o homem pode receber fluidos e emiti-los. As forças naturais fazem o mesmo, nos reinos diversos em que se subdividem. Para o caso do nosso enfermo, precisamos das árvores. Elas nos auxiliarão eficazmente”.
Esse “para o caso de nosso enfermo”, naturalmente, nos leva a pensar na especificidade dos fluidos que Ernesto carecia, estando ele com os pulmões comprometidos. Com certeza, em outros casos fluidos de natureza diversa podem estar indicados, como aqueles nos quais, por exemplo, baseia-se a própria ciência Alopática, a Homeopática, a Fitoterápica, a Ortomolecular, e outras.
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De mais notável, no entanto, no capítulo mencionado, é o encontro de Narcisa com os “servidores comuns do reino vegetal”, habitualmente chamados de “elementais”... Segundo André, ela os chamou com “expressões” que ele “não podia compreender”, ou seja, Narcisa a eles se dirigiu (eram “oito entidades espirituais”!) em seu “idioma”, nos induzindo a concluir que Narcisa, com certeza, já vivera entre eles e fora uma deles...
Concordam conosco, os irmãos e as irmãs internautas?!...
O assunto, ainda muito pouco estudado e desenvolvido pela literatura espírita, foi tratado, en passant, por Kardec, nas perguntas de 536 a 540, de “O Livro dos Espíritos”, quando os Instrutores falaram sobre a “Ação dos Espíritos Sobre os Fenômenos da Natureza”.
Vejamos a questão 538: “Os espíritos que presidem aos fenômenos da Natureza formam uma categoria no mundo espírita, são seres à parte ou espíritos que viveram encarnados, como nós?” Resposta: “Que o serão, ou que o foram”.
Diante da resposta dos Espíritos a Kardec, solicitamos vênia para uma indagação a todos os irmãos de Ideal que se nos dignarem responder: - Se os espíritos que presidem aos fenômenos da Natureza já foram, ou viveram encarnados como nós, tornando, após, à condição em que viveram, teriam eles regredido na escala evolutiva?...
Gostaríamos muito de ouvi-los nesta questão.
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Ainda sobre o tema dos “elementais”, tomamos a liberdade de indicar aos interessados o livro de autoria de Paulino Garcia, “Espíritos Elementais”, editado pela LEEPP – o livro, coordenado pelo nosso preclaro Odilon Fernandes, foi editado em 2004, portanto há exatos 14 anos.
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Chico Xavier nos contava que quando perdia determinado objeto que precisava encontrar – um documento, uma página psicografada perdida em meio aos seus tantos papéis, enfim, algo que lhe fosse essencialmente útil –, solicitava o auxílio desses “seres” que, então, algumas vezes atendiam ao seu chamado.
Não obstante, cremos que semelhante providência não seja para os incréus, mesmo para os incréus espíritas, que, por excesso de racionalismo, desprezam, muitas vezes, as obras da fé.

INÁCIO FERREIRA – Blog mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 21 de maio de 2018.

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