Ainda refletindo sobre o
último capítulo do livro “Nosso Lar”, nos deparamos com interessantes lições.
André Luiz, desencarnado há
mais dez anos, e residindo na colônia espiritual há quase dois, tendo,
inclusive, retomado o trabalho num dos hospitais do Ministério da Regeneração,
ainda não havia experimentando os fenômenos da telepatia e da volitação, que, comumente,
atribuem-se a todos os espíritos que deixam o corpo carnal.
Você já reparou nesse detalhe
nas páginas da magnífica obra da lavra de Chico Xavier?!
Em “Nosso Lar”, para se
movimentar, André tomava o “aeróbus”, e mesmo quando, depois de mais de dez
anos, voltou a Terra, na companhia de Clarêncio, que acompanhava Dona Laura nas
etapas iniciais de seu processo reencarnatório, tudo indica que o fez com o
concurso de uma aeronave, que, então, o teria deixado nas proximidades da
Crosta.
*
Somente quando André
reconheceu que, de fato, Zélia, sua ex-esposa, e Ernesto se amavam muito, e
passou a se sentir “companheiro fraternal de ambos”, ao necessitar de ajuda,
mentalmente procurou entrar em contato com Narcisa – pela primeira vez, ele
tentou a possibilidade da telepatia, que, em “O Livro dos Médiuns”, Kardec
chamou de “telegrafia humana”. Foi com grande surpresa, e alegria, que,
decorridos, mais ou menos, vinte minutos, Narcisa se apresenta, dizendo-lhe:
“Ouvi seu apelo, meu amigo, e vim ao seu encontro”.
*
Sem dúvida, as conquistas de
André Luiz no campo da espiritualidade própria, em tempo relativamente curto,
se fizeram evidentes além da morte.
Todavia, enganam-se aqueles
que imaginam que logo, ao deixarem o corpo, dispensarão, no Mais Além, o uso da
palavra articulada. Chico Xavier nos contava que a sua mãezinha, Maria de São
João de Deus, que, à época, estava se preparando para reencarnar, dissera a ele
que estava estudando inglês no Mundo Espiritual – segundo ela, seria para
facilitar o aprendizado do referido idioma quando, então, estivesse no corpo.
*
Depois que André e Narcisa
logram socorrer ao Dr. Ernesto em sua recuperação, inclusive através da
transmissão do passe e intervindo para afastar as três entidades que o
vampirizavam no leito, por sentir-se extremamente “mais leve”, André conquista
a capacidade de volitar, ou de se transportar no espaço através da volição, ou
do voo sem o concurso de qualquer objeto voador. Já ao fim de seu segundo dia
na Terra – ele obtivera uma semana de licença para visitar a família –, André
começa se movimentar entre a Terra e “Nosso Lar” por si mesmo, simplesmente
alçando-se ao Espaço.
*
Trata-se de outro equívoco
quase generalizado entre os espíritas, que dizem que todos os espíritos, assim
que deixam o corpo pesado para trás, adquirem a possibilidade de volitar,
esquecidos de que o Mundo Espiritual também é regido pela Lei da Gravidade, e
que, para volitar, o espírito carece de “perder peso”.
*
Muitos encarnados, porém,
pelo fenômeno do desdobramento, no instante do repouso físico, já tiveram a
experiência da volitação, que, sem dúvida, é extremante interessante – todavia,
o espírito se movimenta dentro de limites que, pelas Leis da Física, não podem
ser ultrapassados.
*
Percebamos, assim, que o
desabrochar das quase infinitas possibilidades do espírito estão diretamente
relacionadas com as suas conquistas de ordem íntima, incluindo, é claro, as
suas aquisições de ordem mental.
*
Você, estimado (a)
internauta, já teve oportunidade de experienciar no campo da telepatia, entre
encarnado e encarnado, e no da volitação, em desdobramento?!...
INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade
na Internet
Uberaba – MG, 14 de maio de
2018.
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