Questão 384 do Livro dos
Espíritos
A primeira manifestação da
criança no mundo, ao nascer é realmente o choro, para dizer aos pais que está
junto deles. Os pais, principalmente a mãe, ao ouvirem o primeiro choro do
filho, sentem a alegria assomar em seus corações, que nesta hora se encontram
em estado de alta sensibilidade. Os desencarnados que ali se encontram batem
palmas energéticas de alegria, igualmente, e a criança renova suas forças com
as lágrimas em profusão. Até aqueles que assistem a mãe sentem um estado de
bem-estar ao ouvir a música do Espírito que vem à luz da vida.
Muitos pensam que o choro é
comportamento negativo, mas nem sempre: as lágrimas são afrouxamento dos
nervos, e podem criar ambiente de muita tranquilidade. Dependendo do motivo
porque se chora, elas tem muita utilidade. Mesmo com o adulto, o choro é uma
terapia. Quando está enredado em opressões, o choro alivia, bem como atrai para
junto de si companheiros em socorro, aliviando mais rapidamente a dor interna o
que, por vezes, não é aconselhável.
Na utilidade que impõe o
corpo, quando a criança chora pela primeira vez, os órgãos que está recebendo
são também testados, como o faz quem no mundo instala uma rede de microfones
para uma festa. Tudo tem o teste em primeira mão.
A criança quando chora, chama
imediatamente a atenção da mãe ou dos que a cercam, e eles logo avaliam se é
fome ou dor, e cuidam dela. Como a sabedoria de Deus é grandiosa! O choro do
bebê é o recurso de linguagem da criancinha, e a mãe é hábil na interpretação
do que ela deseja.
A linguagem dos homens é que
é de difícil entendimento. Quanto mais sábia a criatura, menos ela conversa e
quando fala, expõe o certo com suavidade, fazendo com que todos entendam sua
fala de luz. Os seus sentimentos criam imagens que aquele que ouve assimila com
facilidade.
A criança, desde a tenra
idade, já sorri também, mostrando aos presentes que já sabe expressar o
ambiente que Deus para a satisfação dos que cuidam dela e entendem o que ela
deseja. É um absorvente dos pensamentos, bem como dos sentimentos espirituais
maternos, no ambiente em que vive. Por isso, é preciso conversar com suavidade
com a criancinha. Ela tem necessidade de ouvir a mãe, mais do que o próprio
alimento, e se não ouvir as palavras de carinho, pode atrofiar e até morrer de
constrangimento.
A criança chora, estimulando
a mãe, o pai e os que cercam para ouvi-la. Se pensamos que está ali um ser
completamente inconsciente, estamos enganados: nela tudo se registra na mais
pura sensibilidade que aflora na consciência, e que o coração expressa nos
sentimentos infantis. Não descuidemos da criança em todas as suas necessidades
de viver. Ela tem o direito de vida como todas as criaturas. Atrofiar uma
criança por negar a ela seu direito é assassinar uma vida em formação, é crime
por omissão.
O mundo espiritual se encontra
presente junto às crianças para ajudá-las nas suas mais puras necessidades. A
mãe, quando conversa com seus filhos, em muitos casos serve de médium, a fim de
transmitir a mensagem do plano espiritual à vida em formação.
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