Prosseguindo com os nossos
estudos e reflexões sobre as revelações de André Luiz, através da mediunidade
de Chico Xavier, a respeito da Vida no Mundo Espiritual próximo, apenas com o
propósito de diversificar um pouco a metodologia, pedimos a você que assinale
se está certa ou errada a nossa interpretação dos textos transcritos. E, claro,
você tem ampla liberdade para, concordando ou discordando, acrescentar o que
desejar. (Os textos pertencem aos dois primeiros capítulos do livro “Nosso
Lar”).
“Estava convicto de não mais
pertencer ao número dos encarnados no mundo, e, no entanto, meus pulmões
respiravam a longos haustos.”
- Significa que o corpo
espiritual, ou períspirito, é também dotado de um Sistema Respiratório.
“Enfim, como a flor de
estufa, não suportava agora o clima das realidades eternas. Não desenvolvera os
germes divinos que o Senhor da Vida colocara em minhalma. Sufocara-os,
criminosamente, no desejo incontido de bem-estar. Não adestrara órgãos para a
vida nova.”
- Significa que a plena
consciência da desencarnação e de que se está numa outra Dimensão, depende,
igualmente, de se desenvolver determinadas ligações neuronais (sinapses), que
facilite ao espírito tal conscientização, em exercício de espiritualização
quando ele se encontra encarnado.
“Comezinhos fenômenos da
experiência material patenteavam-se-me aos olhos. Crescera-me a barba, a roupa
começava a romper-se com os esforços da resistência, na região desconhecida.”
- Significa que o corpo
espiritual, ou períspirito, também produz hormônios que, no caso específico,
lhe faziam crescer a barba. Quanto à roupa, ser-nos-á lícito deduzir que, na
Vida de além-túmulo, ele se encontrava trajado com o duplo da roupa com que
fora sepultado.
“Persistiam as necessidades
fisiológicas, sem modificação.”
- Significa que ele
continuava realmente experimentando as mais comuns necessidades fisiológicas
dos encarnados: necessidade de alimento, de água, de excreção, de sono e
repouso, de atividade, de abrigo e temperatura adequada, etc.
“Castigava-me a fome todas as
fibras, e, nada obstante, o abatimento progressivo não me fazia cair
definitivamente em absoluta exaustão. De quando em quando, deparavam-se-me
verduras que me pareciam agrestes, em torno de humildes filetes d’água a que me
atirava sequioso. Devorava as folhas desconhecidas, colava os lábios à nascente
turva, enquanto mo permitiam as forças irresistíveis, a impelirem-me para
frente. Muita vez suguei a lama da estrada...”
- Significa que as suas
necessidades não eram ilusórias – eram reais – e que, na Dimensão espiritual em
que ele se encontrava, existem “nascentes” d’água, ou seja, existe água para
atender as necessidades do corpo espiritual que são similares às do corpo
físico.
“Alvo lençol foi estendido
ali mesmo, a guisa de maca improvisada, aprestando-se ambos os cooperadores a
transportarem-me, generosamente.”
- Significa que o seu resgate
daquela região umbralina se deu à semelhança do resgate que se efetua de um
doente que mal consegue manter-se em pé, com a possível utilização de veículo
apropriado para tanto, até aos portões de “Nosso Lar”.
INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 27 de fevereiro
de 2017.