20.1.17

TENTA O AMOR

    Ninguém sintetizou com igual sabedoria a regra áurea da felicidade como Ele o fez.
    Todos quantos lideraram as massas agarraram-se ao poder a à dominação arbitrária.
    Desfilaram guindados ao êxito transitório, carregados pela falácia e ricos de presunção.
    Ergueram-se como construtores de impérios e governaram, discriminatoriamente, mais temidos que amados.
    Filósofos que O anteciparam, trazendo ardentes na lama as flamas do bem e do ideal, inscreveram em estelas de pedra, em pergaminhos e peles de animais, tijolos de barro cozido e papiros, as instruções para a libertação das consciências e dos corações.
    No entanto, os seus mais excelentes excertos não lograram penetrar fundo no imo das criaturas.
    Ele, não!
    Viveu ensinando pelo exemplo, pacífico e pacificador, amando sempre.
    Estatuiu o amor como sendo o zênite e o nadir da Vida e, ao fazê-lo, mudou as estruturas da ética, da cultura e da civilização.
    Jesus dividiu a história e fez, marco limítrofe de todos os tempos, o amor, que é a origem, o meio e o fim de todas as realidades, de todas as vidas.
    O homem, na sua faina de crescer e de conquistar, vem dilatando os espaços e preenchendo-os com guerras e desolações, lutas e ambições.
    Fascinado pelo poder, venceu as distâncias, acumulou ouropéis e caminha, por isso mesmo, vitimado pelo tormento da egoesclerose que o enlouquece.
    Só o amor é-lhe a terapêutica ideal, que até agora tem recusado com espírito de sistema e de presunção.
    Combalido e triste nas lutas do teu cotidiano entre dissabores e amarguras, tenta o amor.
    Sobrecarregado de dores e anátemas, a sós na multidão, e vergastado pela sandice, sem uma saída aparentemente feliz, tenta o amor.
    A um passo do desespero, sentindo-te estiolado e perdido, pára e tenta o amor.
    Em qualquer circunstância e ocorrência por mais sombrias se te apresentem, tenta o amor, espargindo-o como pólen de luz e o amor te responderá em paz e beleza tudo quanto ensementares nos outros corações.
    Haja, portanto, o que houver, não revides mal por mal, desejando e fazendo ao teu próximo todo o bem que desejares que ele te faça.
    Descobrirás que o amor ao próximo, efeito imediato e mais urgente do amor a Deus e a si próprio, é a regra de ouro, a solução para todos os quesitos do pensamento universal.
    Faze, portanto, como Jesus, e jamais te cansarás de tentar o amor até que ele domine soberano em teu coração.


Livro: Viver e Amar - Divaldo P Franco - Joanna de Ângelis .

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