Os auspícios aos quais nos
identificamos nesta obra redentora do Cristo faz-nos pensar, sobremaneira, no
nosso papel particular nesta construção.
Possuímos, de um lado, ainda,
as nossas fraquezas interiores que teimam em nos puxar para baixo diante dos desafios
que nos são apresentados no dia a dia.
Também dispomos de elementos
fundamentais para a renovação do planeta, haja vista que já obtemos um grau
maior de compreensão sobre tudo que nos acontece e, portanto, não estamos às
cegas neste processo de evolução que o planeta passa.
O nosso convite nestas linhas
semanais tem sido sempre para que possamos analisar, no contexto individual e
coletivo, que rumos podemos dar em direção a esta obra redentora.
Os tempos atuais, de
amplíssima confusão, tendem a piorar cada vez mais o seu cenário. Esta visão,
longe de ser catastrófica, vem ao encontro das mudanças deliberadas em plano
maior, representam, tão-somente, ajustes focais que devem prevalecer na nova
face da humanidade que já se desenha.
Nós, espíritos que atuamos no
lado de cá da vida, somos igualmente convidados para dar a nossa cota de
contribuição. Ora, em apelos para que “ouçam as vozes dos céus”, ora no sentido
de fazer valer o nosso próprio depoimento pessoal.
Num e noutro lado da vida
desemboca um emaranhado de interesses que devem se conjugar a esta nova ordem.
O embaraço a que me refiro é porque o conflito entre o novo e o velho é por
demais desafiante, haja vista que somos todos convidados a abandonar práticas
retrógradas e, em seu lugar, depositar novas esperanças no amanhã, pautado em
ações concretas de renovação íntima e social.
Do lado de cá, é verdade,
possuímos mais condições de ver o torvelinho dos acontecimentos, mas vocês aí
possuem analistas criteriosos e lúcidos que podem fazer o mesmo relato.
A descoberta do homem novo a
que nos referimos sempre que possível passa, obrigatoriamente, pela reanálise
de seus próprios atos cotidianos, uma vez que pensar da mesma maneira que
fazemos hoje com poucas ou mínimas mudanças não cabe mais.
No seu ambiente de trabalho e
familiar, em todas as áreas de atuação e influência que você participa, deve
haver uma justa colocação de seus argumentos, logicamente sem ferir ao
pensamento de quem quer que seja, mas nem por isso você deve recuar na sua
maneira de postar-se no mundo.
A posição espírita que muitos
fazem, no sentido de revelar o outro lado da vida, elucida um sem número de
perguntas que procuram respostas convincentes ou, no mínimo, mais abrangentes
do que simplesmente as explicações em voga.
A política, a economia, a
vida social, todos os aspectos do desenvolvimento humano, devem, em pouco
tempo, redimensionarem-se em seus valores haja vista que a lógica de subtração,
de mais valia, de egoísmo e materialismo mostra-se, cada vez mais, na sua exaustão
de raciocínio. Ganhará vez, isto sim, o pensamento lúcido que transcende o aqui
e o agora e lança luz a novos paradigmas do ser.
No fundo, creio, há grande
anseio das gentes neste sentido, isto é, em receber outra resposta aos
questionamentos mundanos porque a lógica capitalista, por mais que possua sua
beleza por enaltecer a liberdade, não confiou até o momento a ventura de
felicidade a maioria dos habitantes do planeta.
Esta minha “pregação” que
para muitos pode parecer com lance religioso não se separa do que sempre
preguei quando estava fisicamente entre vocês, no entanto, depois de mais de um
século vivendo no “mundo dos mortos” e com a lucidez que possuo hoje, não
posso, aliás não devo, ficar agarrado a modelos mentais que não se justificam mais.
Abramos as nossas
consciências diante dos novos desafios que a humanidade abraça e sejamos nós os
artífices da nova era.
Era de amor e paz.
Era de tolerância e união.
Era de tranquilidade para o
espírito e progresso constante.
Esta era já se iniciou,
senhores.
Um abraço,
Joaquim Nabuco – Blog reflexões
de um Imortal
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