29.1.17

Benvinda a Nova Era

Os auspícios aos quais nos identificamos nesta obra redentora do Cristo faz-nos pensar, sobremaneira, no nosso papel particular nesta construção.
Possuímos, de um lado, ainda, as nossas fraquezas interiores que teimam em nos puxar para baixo diante dos desafios que nos são apresentados no dia a dia.
Também dispomos de elementos fundamentais para a renovação do planeta, haja vista que já obtemos um grau maior de compreensão sobre tudo que nos acontece e, portanto, não estamos às cegas neste processo de evolução que o planeta passa.
O nosso convite nestas linhas semanais tem sido sempre para que possamos analisar, no contexto individual e coletivo, que rumos podemos dar em direção a esta obra redentora.
Os tempos atuais, de amplíssima confusão, tendem a piorar cada vez mais o seu cenário. Esta visão, longe de ser catastrófica, vem ao encontro das mudanças deliberadas em plano maior, representam, tão-somente, ajustes focais que devem prevalecer na nova face da humanidade que já se desenha.
Nós, espíritos que atuamos no lado de cá da vida, somos igualmente convidados para dar a nossa cota de contribuição. Ora, em apelos para que “ouçam as vozes dos céus”, ora no sentido de fazer valer o nosso próprio depoimento pessoal.
Num e noutro lado da vida desemboca um emaranhado de interesses que devem se conjugar a esta nova ordem. O embaraço a que me refiro é porque o conflito entre o novo e o velho é por demais desafiante, haja vista que somos todos convidados a abandonar práticas retrógradas e, em seu lugar, depositar novas esperanças no amanhã, pautado em ações concretas de renovação íntima e social.
Do lado de cá, é verdade, possuímos mais condições de ver o torvelinho dos acontecimentos, mas vocês aí possuem analistas criteriosos e lúcidos que podem fazer o mesmo relato.
A descoberta do homem novo a que nos referimos sempre que possível passa, obrigatoriamente, pela reanálise de seus próprios atos cotidianos, uma vez que pensar da mesma maneira que fazemos hoje com poucas ou mínimas mudanças não cabe mais.
No seu ambiente de trabalho e familiar, em todas as áreas de atuação e influência que você participa, deve haver uma justa colocação de seus argumentos, logicamente sem ferir ao pensamento de quem quer que seja, mas nem por isso você deve recuar na sua maneira de postar-se no mundo.
A posição espírita que muitos fazem, no sentido de revelar o outro lado da vida, elucida um sem número de perguntas que procuram respostas convincentes ou, no mínimo, mais abrangentes do que simplesmente as explicações em voga.
A política, a economia, a vida social, todos os aspectos do desenvolvimento humano, devem, em pouco tempo, redimensionarem-se em seus valores haja vista que a lógica de subtração, de mais valia, de egoísmo e materialismo mostra-se, cada vez mais, na sua exaustão de raciocínio. Ganhará vez, isto sim, o pensamento lúcido que transcende o aqui e o agora e lança luz a novos paradigmas do ser.
No fundo, creio, há grande anseio das gentes neste sentido, isto é, em receber outra resposta aos questionamentos mundanos porque a lógica capitalista, por mais que possua sua beleza por enaltecer a liberdade, não confiou até o momento a ventura de felicidade a maioria dos habitantes do planeta.
Esta minha “pregação” que para muitos pode parecer com lance religioso não se separa do que sempre preguei quando estava fisicamente entre vocês, no entanto, depois de mais de um século vivendo no “mundo dos mortos” e com a lucidez que possuo hoje, não posso, aliás não devo, ficar agarrado a modelos mentais que não se justificam mais.
Abramos as nossas consciências diante dos novos desafios que a humanidade abraça e sejamos nós os artífices da nova era.
Era de amor e paz.
Era de tolerância e união.
Era de tranquilidade para o espírito e progresso constante.
Esta era já se iniciou, senhores.
Um abraço,

Joaquim Nabuco – Blog reflexões de um Imortal

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