Ante a atual crise de falta d’água no Brasil e
no mundo, em que muita gente, inclusive os espíritas mais ortodoxos, no sentido
de pedir chuva aos deuses, ou – ops! – aos seres elementais, quase tem sido
levada a retomar o antigo hábito religioso de ir, em procissão, lavar o
“Cruzeiro”, convém que reflitamos no que, através de Chico Xavier, na obra
“Nosso Lar”, André Luiz escreveu há mais de setenta anos.
Discorrendo sobre a
importância da água também no Mundo Espiritual – entenda quem o possa entender!
–, Lísias comentou com André: “Imagine que este é um dos raros serviços
materiais do Ministério da União Divina!” Ou seja, na cidade Nosso Lar, o
assunto da água é considerado de tamanha importância que é cuidado diretamente
pelo seu mais alto Ministério...
Não estaria passando da hora de cada país,
na Terra, principalmente o Brasil, detentor, talvez, em maior abundância, dos
últimos recursos hídricos do orbe, abolindo certos Ministérios governamentais
obsoletos, dados à corrupção e à falcatrua, criar o Ministério da Água?!
Mas,
vejamos o profético texto que André Luiz escreveu num dos parágrafos do capítulo
10, intitulado no “No Bosque das Águas”: “O homem é desatento, há muitos
séculos; o mar equilibra-lhe a moradia planetária, o elemento aquoso fornece-lhe
o corpo físico, a chuva dá-lhe pão, o rio organiza-lhe a cidade, a presença da
água oferece-lhe a bênção do lar e do serviço; entretanto, ele sempre se julga o
absoluto dominador do mundo, esquecendo que é filho do Altíssimo, antes de
qualquer consideração. Virá tempo, contudo, em que copiará nossos serviços,
encarecendo a importância dessa dádiva do Senhor.”!
Vale a repetição:
-
“Virá tempo, contudo, em que copiará nossos serviços, encarecendo a importância
dessa dádiva do Senhor.”
Será que a atual crise de falta d’água, dentre
outros objetivos, não estará surgindo para nos ensinar a sermos muito mais
cuidadosos com o planeta em que já vivemos, vivemos ou, ainda, haveremos de
viver?!
A valorizarmos mais, por exemplo, a água que o petróleo, que tem sido
motivo de tanta desavença no mundo?!
Não estaremos prestes a copiar certa
película de Hollywood, “A Guerra do Fogo”, na antevéspera do filme “A Guerra da
Água”, protagonizado, dos Dois Lados da Vida, por personagens reais?!
Fontes
alternativas de energia sempre haverão de ser criadas, mas o que nos poderá
substituir o precioso líquido?!...
Encerremos estas reflexões com os sábios
apontamentos de André Luiz, ainda no mesmo capítulo da magistral obra, concebida
mediúnicamente nos idos de 1943:
“Nos círculos religiosos do planeta, ensinam
que o Senhor criou as águas. Ora, é lógico que todo serviço criado precisa de
energias e braços para ser convenientemente mantido.”
INÁCIO
FERREIRA
Uberaba – MG, 13 de outubro de 2014.
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