Um novo desafio surge às religiões não-reencarnacionistas.
Os
jovens da nova geração são na grande maioria adeptos da tese reencarnacionista.
Já nasceram com esta convicção. Esta crença não é produto do ensino familiar ou
educacional. É conseqüência apenas do raciocínio lógico da nova geração.
Pesquisa presente na revista Época (Editora Globo), de 15 de junho de 2009,
constata esta realidade, de cada 10 jovens praticamente 7 acreditam na
reencarnação, ou, mais precisamente, a pesquisa informa que 67% dos jovens
acreditam na reencarnação. No entanto, num paradoxo incrível, quase 100% dos
jovens, para ser mais exato, 97%, adotam religiões não-reencarnacionistas!
Reforçando, são reencarnacionistas, mas freqüentam religiões que não têm esta
visão! Esta constatação leva-nos a duas reflexões:
a) As religiões
não-reencarnacionistas precisam aprender com o raciocínio lógico dos jovens e
adotar a reencarnação como um fato incontestável. Ou perderão seus fiéis da nova
geração.
b) O Espiritismo, e também outras doutrinas reencarnacionistas,
precisam se aproximar das doutrinas não-reencarnacionistas para levarem a elas –
com humildade e respeito – a realidade das vidas sucessivas, pois o “campo está
aberto”.
Na condição de espírita, questionemo-nos: qual deverá ser
nossa estratégia para num processo urgente e contínuo, cooperarmos com as demais
religiões em relação à tese reencarnacionista?
Allan Kardec, o
codificador do Espiritismo, afirmou que as religiões irão mudar pela base. Por
exemplo, no catolicismo não será o Papa que irá decretar esta realidade
reencarnacionista, mas, sim, os padres de cada paróquia, bem como no
protestantismo os pastores protestantes tenderão a aceitar esta tese pela
pressão dos seus adeptos. A pressão da mudança virá de “baixo” para “cima”.
Fazendo com que um dia os líderes maiorais não tenham como fugir da realidade
reencarnacionista.
Cabe-nos, portanto, enquanto espíritas, nos
aproximarmos da base das religiões, por exemplo, presenteando padres e pastores
com os livros kardequianos, caso tenhamos liberdade para este tipo de atitude,
sem ferir o direito de opção do outro. Além do que é fundamental que nesta nossa
atitude estejam presentes a
fraternidade, a humildade e o profundo respeito à
crença alheia.
Mãos a obra: presenteemos livros espíritas aos
líderes de outras religiões.
Alkíndar de Oliveira
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