12.3.14


Um novo desafio surge às religiões não-reencarnacionistas. 

         Os jovens da nova geração são na grande maioria adeptos da tese reencarnacionista. Já nasceram com esta convicção. Esta crença não é produto do ensino familiar ou educacional. É conseqüência apenas do raciocínio lógico da nova geração. Pesquisa presente na revista Época (Editora Globo), de 15 de junho de 2009, constata esta realidade, de cada 10 jovens praticamente 7 acreditam na reencarnação, ou, mais precisamente, a pesquisa informa que 67% dos jovens acreditam na reencarnação. No entanto, num paradoxo incrível, quase 100% dos jovens, para ser mais exato, 97%, adotam religiões não-reencarnacionistas! Reforçando, são reencarnacionistas, mas freqüentam religiões que não têm esta visão! Esta constatação leva-nos a duas reflexões:
a) As religiões não-reencarnacionistas precisam aprender com o raciocínio lógico dos jovens e adotar a reencarnação como um fato incontestável. Ou perderão seus fiéis da nova geração.
b) O Espiritismo, e também outras doutrinas reencarnacionistas, precisam se aproximar das doutrinas não-reencarnacionistas para levarem a elas – com humildade e respeito – a realidade das vidas sucessivas, pois o “campo está aberto”.
         Na condição de espírita, questionemo-nos: qual deverá ser nossa estratégia para num processo urgente e contínuo, cooperarmos com as demais religiões em relação à tese reencarnacionista?
         Allan Kardec, o codificador do Espiritismo, afirmou que as religiões irão mudar pela base. Por exemplo, no catolicismo não será o Papa que irá decretar esta realidade reencarnacionista, mas, sim, os padres de cada paróquia, bem como no protestantismo os pastores protestantes tenderão a aceitar esta tese pela pressão dos seus adeptos. A pressão da mudança virá de “baixo” para “cima”. Fazendo com que um dia os líderes maiorais não tenham como fugir da realidade reencarnacionista.
         Cabe-nos, portanto, enquanto espíritas, nos aproximarmos da base das religiões, por exemplo, presenteando padres e pastores com os livros kardequianos, caso tenhamos liberdade para este tipo de atitude, sem ferir o direito de opção do outro. Além do que é fundamental que nesta nossa atitude estejam presentes a
fraternidade, a humildade e o profundo respeito à crença alheia. 
         Mãos a obra: presenteemos livros espíritas aos líderes de outras religiões.
         Alkíndar de Oliveira

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