Manifestações de um polêmico
Alamar pede Caridade
à COBEM
Uma das coisas que o Espiritismo dá mais enfoque nos ensinamentos
que nos passa é o nosso compromisso com a Humildade.
Ensina-nos que devemos
ser humildes, para reconhecer os nossos erros, e que devamos recorrer sempre aos
que sabem mais do que a gente, de preferência de cabeça baixa, a fim de que,
resignadamente, possamos ouvir as orientações corretas, para que não voltemos
nunca mais a cair no mesmo erro.
A COBEM, Casa de Oração Bezerra de Menezes,
é uma tradicional e respeitável casa espírita de Salvador, Bahia, localizada à
Rua Bezerra de Menezes, 91, no bairro de Brotas, na capital baiana, onde
trabalha muita gente querida.
Geralmente quando fazemos palestras nas casas
espíritas, é comum algumas pessoas pedirem os nossos contatos, principalmente os
de internet, como e-mail, Facebook e essas coisas. Antes pediam MSN, que não
existe mais, e Orkut, que já caiu da moda.
Em decorrência disto estreitamos
amizades com várias pessoas, freqüentadoras dessas casas, que estão sempre nos
trazendo as novidades. Só que elas gostam de falar tudo.
Uma delas, que diz
ter gostado muito da última palestra que eu havia feito lá, me passou uma
informação dizendo que, ao tentar, junto com outras pessoas, perguntar por mim e
sugerir que me convidassem a ir lá de novo, escutou da boca de um membro da
diretoria, em público, que não atenderia a sugestão porque o Alamar é totalmente
anti-doutrinário e que também representa um PERIGO para o movimento
espírita.
Já que eu procuro ser muito cuidadoso, para não ser precipitado em
absorver informações que me passam como sendo verdades, sem apurar bem o caso,
perguntei à pessoa se não havia nenhum mal entendido. Ela simplesmente colocou
em contato comigo mais outras seis pessoas, freqüentadoras da mesma casa, que
estavam presentes no momento, a fim de confirmarem o fato, e
confirmaram.
Ninguém tem nada que se aborrecer por fatos desta natureza, não
é verdade? Mas também temos o direito à curiosidade e ao desejo de querer nos
melhorar, daí recorremos a aqueles que fizeram algum comentário, geralmente por
trás, para que falem, sem problema nenhum, pela frente a fim de nos apurarmos e
corrigirmos.
Estou mandando agora, por e-mail, esta carta para a COBEM, como
um pedido de ajuda, e passo para todos os meus amigos, para que a gente inaugure
mais uma forma de relacionamento entre os espíritas, ou seja: transparência,
verdade, dignidade, franqueza, decência, honestidade e todos aqueles
indispensáveis valores que o espiritismo nos recomenda.
O bom senso e a
dignidade recomendam que, toda vez que tivermos alguma restrição contra alguém,
devemos primeiro dar conhecimento a esse alguém, das divergências verificadas, a
fim de que se manifeste a respeito.
Então passo a carta ao conhecimento dos
meus amigos:
São Paulo, 25 de fevereiro de 2014.
De: Alamar
Régis Carvalho
Para: Casa de Oração Bezerra de Menezes
Rua Bezerra de
Menezes, 91 – Brotas, Salvador, Bahia.
Assunto: Pedido de
Caridade.
Prezados e queridos amigos:
Conforme
todos sabemos, enquanto espíritas temos o dever de estender as mãos àqueles que
nos pedem ajuda, no exercício daquilo que ostentamos em todos os centros
espíritas: “Fora da Caridade não há salvação”.
Sei que espírita adora falar
na Caridade e também tem muita afinidade em fazê-la para com o próximo, e é isto
que eu quero pedir a vocês, que façam uma Caridade para comigo, que estou
precisando muito e vou explicar o porquê:
Há uns dois anos, mais ou menos, eu
fiz uma palestra aí na COBEM, casa cheia, levado que fui pelo nosso querido
amigo comum Edvaldo Veloso, ex-presidente da Federação Espírita da Bahia e um
dos mais notáveis espíritas desse estado.
Na parte final da palestra, assim
como no final do evento, eu passei meus contatos, tipo email, MSN e telefones
para várias pessoas freqüentadoras da casa, que me pediram, o que, naturalmente,
fez nascer algumas amizades pelas redes sociais, que prevalecem até hoje.
Inclusive o pessoal da divulgação daí me manda todos os informativos sobre as
realizações da COBEM.
Conforme vocês sabem, as pessoas falam sobre tudo, não
é verdade?
Então, diante disto, algumas têm me comentado recentemente (não
foi uma só, foram várias pessoas), que recentemente alguém perguntou por Alamar
e, em público, alguém, da diretoria da casa, havia dito para que as pessoas
tivessem cuidado com o Alamar, porque ele é anti-doutrinário e é muito perigoso
para o movimento espírita.
Confesso-lhes, sem aquela falsa humildade que é
muito comum em muitos espíritas, que eu não fiquei aborrecido não, podem crer,
pelo contrário, comecei a refletir comigo mesmo, numa linha de pensamento mais
ou menos assim:
- “Poxa, se o pessoal da COBEM acha isto, logo a COBEM que é
uma das casas espíritas as quais considero respeitável pelo seu histórico em
Salvador, é provável que eu esteja mesmo equivocado em alguma coisa e de fato
ando citando coisas anti-doutrinárias em meus escritos e palestras, e vivo mesmo
sendo esse perigo enorme para o movimento espírita. Deu vontade até de ir na
COBEM tomar uns passes e pedir umas orientações doutrinárias”.
Bom, já que
não dá para ir à COBEM agora, porque moro em São Paulo, bem distante, e não
posso correr o risco de continuar falando besteiras por aí, uma vez que continuo
fazendo palestras em grandes centros espíritas aqui por São Paulo e por várias
regiões do Brasil, sempre convidado, resolvi pedir esta ajuda por escrito, já
que orientações podem ser dadas também desta forma, não é verdade?
Que os
amigos da diretoria da COBEM me enviem uma carta (serve por email também)
relacionando quais foram as minhas citações anti-doutrinárias, tanto através de
palestras, inclusive a que eu fiz aí que provavelmente deve estar gravada, pelos
meus artigos escritos ou por programas de televisão, para que eu possa me
corrigir e nunca mais voltar a cometer o erro.
Mas peço-lhes, por favor: Que
a disposição dessa relação de equívocos cometidos por mim seja de uma forma bem
didática, para que eu possa apresentar para o Brasil todo ler e acompanhar o
amor de vocês ao ajudarem a corrigir um companheiro que vive em equívocos que
são prejudiciais à doutrina:
Erro do expositor: – No dia tal o expositor
disse isto, isto e aquilo, através da palestra tal ou do artigo tal.
Base da
contestação: - O expositor errou, porque o Espiritismo ensina ao contrário. Mas
façam o indispensável enquadramento.
Citem a questão de “O Livro dos
Espíritos” assim como “O Livro dos Médiuns” e qualquer outro que compõe a base
da doutrina espírita, inclusive a “Revista Espírita”, onde o equívoco cometido
possa estar caracterizado.
Sei que não é toda casa espírita que costuma
estudar a Revista Espírita, o que não é o caso da COBEM, e sei também que muitas
até a têm, em suas prateleiras. Mas sempre sugiro que as pegue, limpem bem a
poeira e vamos formatar o embasamento da contestação.
Tenho certeza de que a
COBEM não terá dificuldade nenhuma em fazer isto e, também, pela sua tradição da
prática da Caridade, jamais vai negar uma ajuda e apoio desse para Alamar, que
precisa tanto, já que, por conta das maluquices que inventou em se
disponibilizar a levar o Espiritismo para milhares de pessoas no Brasil, durante
mais de vinte anos, terminou ficando conhecido por muita gente, fala para muita
gente e não pode continuar representando perigo para o Espiritismo.
E quanto
a afirmação de que represento um perigo para o movimento espírita, que, também,
vocês coloquem quais foram as citações que fiz, acerca do movimento espírita,
que não sejam verdadeiras. Ainda bem que não disseram que sou perigo para o
Espiritismo que, conforme vocês sabem, são duas coisas distintas, né?
Que tal
a gente raciocinar bem em cima dessa questão de “perigo”?
Perguntemos a nós
mesmos: Será que não existem práticas, hábitos, costumes, culturas, paradigmas,
comentários às escondidas e até dogmas no movimento espírita que de fato
representam perigo para o Espiritismo; aí sim, merecedoras de maiores cuidados
de nossa parte?
Topam a gente fazer um final de semana de debates aí na
COBEM, isto é, se eu não tiver entrado no “índex” da casa, no estilo de um
VERDADEIRO CONGRESSO, para debatermos aberta e claramente, sem medos e sem
tabus, as práticas verificadas no movimento espírita? Não se preocupem, porque
este Alamar, que é um perigo para o movimento, vai levar um vasto material
documentado, inclusive muitas filmagens com imagens e sons nítidos, material
inclusive produzido pelos próprios freqüentadores de diversas casas de vários
locais do Brasil, inclusive algumas daí da Bahia. Não se preocupem porque
faremos de tudo para que o padre Quevedo e outros verdadeiros detratores do
espiritismo não tenham acesso às imagens, ficará só entre a gente mesmo.
Que
tal a idéia?
Talvez seja até bom, quem sabe, para verificar o que realmente é
perigo para o movimento espírita.
Nesse debate eu faço questão de estar com a
Revista Espírita no ambiente, porque tenho quase certeza que vamos precisar
abri-la, e, se possível, as obras básicas em mais de uma tradução, pra gente
debater bem. Porque em caso de dúvidas sobre cada assunto argumentado, a gente
abre na hora e verifica como fazia Allan Kardec.
Mas também gostaria muito
que tudo fosse filmado, detalhadamente, para mostrarmos os resultados para todo
o Brasil e até deixarmos para a história.
Não é uma boa idéia?
Tenho
certeza de que alguém da diretoria da casa certamente dirá: “É melhor não, vamos
evitar polêmicas, porque polêmicas não constroem”.
Não é bem o que Kardec
pensava, pois que ele jamais recusava polêmicas para tratar das coisas que dizem
respeito ao Espiritismo e ao movimento espírita. (RE, novembro de 1858).
Só
lembrando: Espírita que foge da polêmica e da discussão de idéias sobre a
doutrina, sob o argumento citado do “É melhor não,...” finge estar agindo
pacificamente, na presunção de uma paz e de uma humildade que não existem de
fato, mas no fundo está mesmo é com medo de expor o seu desconhecimento da
doutrina e a sua incapacidade de discuti-la, dado a um conhecimento, que todas
as evidências demonstram, meramente superficial. Creio que este não seja o caso
de tão respeitável instituição espírita.
Mas... já que Kardec hoje não tem
lá todas essas relevâncias no movimento espírita, creio que prevalecerá a
costumeira fuga de buscar a realidade dos fatos.
Concluindo, meus amores:
tenho muito a aprender com a experiência da COBEM, mas se desse pra gente trocar
uma idéias ABERTAS, LIVRES e sem qualquer tipo de censura, acho que seria bom
demais, quem sabe, para o Espiritismo.
Beijão a todos e fico na
expectativa da resposta.
Alamar Régis Carvalho.
Este que
jamais comenta nos bastidores aquilo que não possa falar em
público.
Observação: Esta carta está sendo enviada, também, pelo correio,
com aviso de recebimento, para que fique mais um documento, para consultas
futuras.
Fica aí, então, para apreciação de todos.
Abração.
Alamar Régis Carvalho
Analista de Sistemas, Escritor e Antares DINASTIA
alamarregis@redevisao.net
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