13.3.14


Manifestações de um polêmico
  Alamar pede Caridade à COBEM

Uma das coisas que o Espiritismo dá mais enfoque nos ensinamentos que nos passa é o nosso compromisso com a Humildade.
Ensina-nos que devemos ser humildes, para reconhecer os nossos erros, e que devamos recorrer sempre aos que sabem mais do que a gente, de preferência de cabeça baixa, a fim de que, resignadamente, possamos ouvir as orientações corretas, para que não voltemos nunca mais a cair no mesmo erro.
A COBEM, Casa de Oração Bezerra de Menezes, é uma tradicional e respeitável casa espírita de Salvador, Bahia, localizada à Rua Bezerra de Menezes, 91, no bairro de Brotas, na capital baiana, onde trabalha muita gente querida.
Geralmente quando fazemos palestras nas casas espíritas, é comum algumas pessoas pedirem os nossos contatos, principalmente os de internet, como e-mail, Facebook e essas coisas. Antes pediam MSN, que não existe mais, e Orkut, que já caiu da moda.
Em decorrência disto estreitamos amizades com várias pessoas, freqüentadoras dessas casas, que estão sempre nos trazendo as novidades. Só que elas gostam de falar tudo. 
Uma delas, que diz ter gostado muito da última palestra que eu havia feito lá, me passou uma informação dizendo que, ao tentar, junto com outras pessoas, perguntar por mim e sugerir que me convidassem a ir lá de novo, escutou da boca de um membro da diretoria, em público, que não atenderia a sugestão porque o Alamar é totalmente anti-doutrinário e que também representa um PERIGO para o movimento espírita.
Já que eu procuro ser muito cuidadoso, para não ser precipitado em absorver informações que me passam como sendo verdades, sem apurar bem o caso, perguntei à pessoa se não havia nenhum mal entendido. Ela simplesmente colocou em contato comigo mais outras seis pessoas, freqüentadoras da mesma casa, que estavam presentes no momento, a fim de confirmarem o fato, e confirmaram.
Ninguém tem nada que se aborrecer por fatos desta natureza, não é verdade? Mas também temos o direito à curiosidade e ao desejo de querer nos melhorar, daí recorremos a aqueles que fizeram algum comentário, geralmente por trás, para que falem, sem problema nenhum, pela frente a fim de nos apurarmos e corrigirmos.
Estou mandando agora, por e-mail, esta carta para a COBEM, como um pedido de ajuda, e passo para todos os meus amigos, para que a gente inaugure mais uma forma de relacionamento entre os espíritas, ou seja: transparência, verdade, dignidade, franqueza, decência, honestidade e todos aqueles indispensáveis valores que o espiritismo nos recomenda.
O bom senso e a dignidade recomendam que, toda vez que tivermos alguma restrição contra alguém, devemos primeiro dar conhecimento a esse alguém, das divergências verificadas, a fim de que se manifeste a respeito.
Então passo a carta ao conhecimento dos meus amigos:   

São Paulo, 25 de fevereiro de 2014.

De: Alamar Régis Carvalho
Para: Casa de Oração Bezerra de Menezes
Rua Bezerra de Menezes, 91 – Brotas, Salvador, Bahia.
Assunto: Pedido de Caridade.



         Prezados e queridos amigos:

Conforme todos sabemos, enquanto espíritas temos o dever de estender as mãos àqueles que nos pedem ajuda, no exercício daquilo que ostentamos em todos os centros espíritas: “Fora da Caridade não há salvação”.
Sei que espírita adora falar na Caridade e também tem muita afinidade em fazê-la para com o próximo, e é isto que eu quero pedir a vocês, que façam uma Caridade para comigo, que estou precisando muito e vou explicar o porquê:
Há uns dois anos, mais ou menos, eu fiz uma palestra aí na COBEM, casa cheia, levado que fui pelo nosso querido amigo comum Edvaldo Veloso, ex-presidente da Federação Espírita da Bahia e um dos mais notáveis espíritas desse estado.
Na parte final da palestra, assim como no final do evento, eu passei meus contatos, tipo email, MSN e telefones para várias pessoas freqüentadoras da casa, que me pediram, o que, naturalmente, fez nascer algumas amizades pelas redes sociais, que prevalecem até hoje. Inclusive o pessoal da divulgação daí me manda todos os informativos sobre as realizações da COBEM.
Conforme vocês sabem, as pessoas falam sobre tudo, não é verdade?
Então, diante disto, algumas têm me comentado recentemente (não foi uma só, foram várias pessoas), que recentemente alguém perguntou por Alamar e, em público, alguém, da diretoria da casa, havia dito para que as pessoas tivessem cuidado com o Alamar, porque ele é anti-doutrinário e é muito perigoso para o movimento espírita.
Confesso-lhes, sem aquela falsa humildade que é muito comum em muitos espíritas, que eu não fiquei aborrecido não, podem crer, pelo contrário, comecei a refletir comigo mesmo, numa linha de pensamento mais ou menos assim:
- “Poxa, se o pessoal da COBEM acha isto, logo a COBEM que é uma das casas espíritas as quais considero respeitável pelo seu histórico em Salvador, é provável que eu esteja mesmo equivocado em alguma coisa e de fato ando citando coisas anti-doutrinárias em meus escritos e palestras, e vivo mesmo sendo esse perigo enorme para o movimento espírita. Deu vontade até de ir na COBEM tomar uns passes e pedir umas orientações doutrinárias”.
Bom, já que não dá para ir à COBEM agora, porque moro em São Paulo, bem distante, e não posso correr o risco de continuar falando besteiras por aí, uma vez que continuo fazendo palestras em grandes centros espíritas aqui por São Paulo e por várias regiões do Brasil, sempre convidado, resolvi pedir esta ajuda por escrito, já que orientações podem ser dadas também desta forma, não é verdade?
Que os amigos da diretoria da COBEM me enviem uma carta (serve por email também) relacionando quais foram as minhas citações anti-doutrinárias, tanto através de palestras, inclusive a que eu fiz aí que provavelmente deve estar gravada, pelos meus artigos escritos ou por programas de televisão, para que eu possa me corrigir e nunca mais voltar a cometer o erro.
Mas peço-lhes, por favor: Que a disposição dessa relação de equívocos cometidos por mim seja de uma forma bem didática, para que eu possa apresentar para o Brasil todo ler e acompanhar o amor de vocês ao ajudarem a corrigir um companheiro que vive em equívocos que são prejudiciais à doutrina:
Erro do expositor: – No dia tal o expositor disse isto, isto e aquilo, através da palestra tal ou do artigo tal.
Base da contestação: - O expositor errou, porque o Espiritismo ensina ao contrário. Mas façam o indispensável enquadramento. 
Citem a questão de “O Livro dos Espíritos” assim como “O Livro dos Médiuns” e qualquer outro que compõe a base da doutrina espírita, inclusive a “Revista Espírita”, onde o equívoco cometido possa estar caracterizado.
Sei que não é toda casa espírita que costuma estudar a Revista Espírita, o que não é o caso da COBEM, e sei também que muitas até a têm, em suas prateleiras. Mas sempre sugiro que as pegue, limpem bem a poeira e vamos formatar o embasamento da contestação.
Tenho certeza de que a COBEM não terá dificuldade nenhuma em fazer isto e, também, pela sua tradição da prática da Caridade, jamais vai negar uma ajuda e apoio desse para Alamar, que precisa tanto, já que, por conta das maluquices que inventou em se disponibilizar a levar o Espiritismo para milhares de pessoas no Brasil, durante mais de vinte anos, terminou ficando conhecido por muita gente, fala para muita gente e não pode continuar representando perigo para o Espiritismo.
E quanto a afirmação de que represento um perigo para o movimento espírita, que, também, vocês coloquem quais foram as citações que fiz, acerca do movimento espírita, que não sejam verdadeiras. Ainda bem que não disseram que sou perigo para o Espiritismo que, conforme vocês sabem, são duas coisas distintas, né?
Que tal a gente raciocinar bem em cima dessa questão de “perigo”? 
Perguntemos a nós mesmos: Será que não existem práticas, hábitos, costumes, culturas, paradigmas, comentários às escondidas e até dogmas no movimento espírita que de fato representam perigo para o Espiritismo; aí sim, merecedoras de maiores cuidados de nossa parte? 
Topam a gente fazer um final de semana de debates aí na COBEM, isto é, se eu não tiver entrado no “índex” da casa, no estilo de um VERDADEIRO CONGRESSO, para debatermos aberta e claramente, sem medos e sem tabus, as práticas verificadas no movimento espírita? Não se preocupem, porque este Alamar, que é um perigo para o movimento, vai levar um vasto material documentado, inclusive muitas filmagens com imagens e sons nítidos, material inclusive produzido pelos próprios freqüentadores de diversas casas de vários locais do Brasil, inclusive algumas daí da Bahia. Não se preocupem porque faremos de tudo para que o padre Quevedo e outros verdadeiros detratores do espiritismo não tenham acesso às imagens, ficará só entre a gente mesmo.
Que tal a idéia?
Talvez seja até bom, quem sabe, para verificar o que realmente é perigo para o movimento espírita.
Nesse debate eu faço questão de estar com a Revista Espírita no ambiente, porque tenho quase certeza que vamos precisar abri-la, e, se possível, as obras básicas em mais de uma tradução, pra gente debater bem. Porque em caso de dúvidas sobre cada assunto argumentado, a gente abre na hora e verifica como fazia Allan Kardec.
Mas também gostaria muito que tudo fosse filmado, detalhadamente, para mostrarmos os resultados para todo o Brasil e até deixarmos para a história. 
Não é uma boa idéia?
Tenho certeza de que alguém da diretoria da casa certamente dirá: “É melhor não, vamos evitar polêmicas, porque polêmicas não constroem”.
Não é bem o que Kardec pensava, pois que ele jamais recusava polêmicas para tratar das coisas que dizem respeito ao Espiritismo e ao movimento espírita. (RE, novembro de 1858).
Só lembrando: Espírita que foge da polêmica e da discussão de idéias sobre a doutrina, sob o argumento citado do “É melhor não,...” finge estar agindo pacificamente, na presunção de uma paz e de uma humildade que não existem de fato, mas no fundo está mesmo é com medo de expor o seu desconhecimento da doutrina e a sua incapacidade de discuti-la, dado a um conhecimento, que todas as evidências demonstram, meramente superficial. Creio que este não seja o caso de tão respeitável instituição espírita. 
Mas... já que Kardec hoje não tem lá todas essas relevâncias no movimento espírita, creio que prevalecerá a costumeira fuga de buscar a realidade dos fatos.
Concluindo, meus amores: tenho muito a aprender com a experiência da COBEM, mas se desse pra gente trocar uma idéias ABERTAS, LIVRES e sem qualquer tipo de censura, acho que seria bom demais, quem sabe, para o Espiritismo.

Beijão a todos e fico na expectativa da resposta.


Alamar Régis Carvalho.

Este que jamais comenta nos bastidores aquilo que não possa falar em público.

Observação: Esta carta está sendo enviada, também, pelo correio, com aviso de recebimento, para que fique mais um documento, para consultas futuras.


Fica aí, então, para apreciação de todos. 
Abração.

                           Alamar Régis Carvalho
        Analista de Sistemas, Escritor e Antares DINASTIA
                          alamarregis@redevisao.net 

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