28.1.14

Minha Vida depois da Morte - II

A vida continua.
Não me canso de dizer estas coisas para que os que me leem não se cansem também de lembrar.
O simples fato de saber que a vida existe depois da morte deve renovar de esperanças a toda pessoa que na Terra queira fazer algo em benefício de si e do próximo.
Eu mesmo acreditava na vida depois da morte, mas confesso que possuía uma visão distorcida. Quando aqui chegamos e percebemos o quanto tudo é tão natural nos espantamos com tamanha singularidade, mas, ao mesmo tempo, com tamanha simplicidade desta outra realidade do ser.
O mundo aqui é parecidíssimo com o mundo daí. Devo confessar, porém, que é melhor. Há outras possibilidades, justamente por ser a essência espiritual, do que no mundo físico.
A vantagem é porque podemos conviver com o mundo físico em consonância com o mundo espiritual, então temos duas experiências simultâneas. O inverso, porém, embora aconteça, é coberta pelo véu do esquecimento para a maioria das criaturas.
Minha vida aqui é normal. Mantenho a rotina de sempre no convento em que vivo. Tudo muito simples, mas de extrema delicadeza e beleza. Tudo muito limpo, tudo esteticamente perfeito. Vivo com outros padres. Homens que usaram a batina na terra e possuem os mesmos desejos de melhora interior e compromisso em servir ao Pai pelas mãos de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Vivo, o tempo todo, em trabalho constante. Não há um só dia que não temos novidades do lado de cá. Participamos de tarefas internas e externas. Sou convocado a participar de missões por aqui e também entre vocês. Tudo normal, nada de sobrenatural.
Alimento-me com aí na Terra. Nada demais. Uma alimentação frugal, mas deliciosa, dentro dos padrões deste lado da existência. Temos necessidades ainda próximas dos seres humanos que estão no corpo físico. Não somos almas penadas como aquelas que aparecem nos filmes. Somos iguaizinhos ao que éramos aí. A diferença é que pude remoçar-me. Adquiri uma aparência que tinha aos meus 60 anos de idade aproximadamente.
A juventude não é apenas no corpo, mas reflete-se também na alma. Sinto-me mais disposto, mais tranquilo, mais leve, se é que me entendem.
Não sou santo e nem vivo perto de Deus com outros eleitos. Do lado de cá não tem nada disso, pelo menos que eu saiba. Somos todos trabalhadores do Cristo para fazer uma terra melhor. Só isso.
Trabalho e recebo visitas. Aqueles que descobrem onde estou chegam para me visitar, de quando em quando. É tudo muito natural como aí no mundo físico.
É assim a minha vida e espero, com minha humilde contribuição neste blog, dizer da minha satisfação de continuar servindo ao Pai deste lado de cá.
Quero com isso aliviar o pensamento de tantos quantos tenham fantasias do que vão encontrar por aqui. Quero também deixar claro aos meus irmãos de caminho que tenho as minhas limitações. O que sei, o que posso fazer, o que posso dizer, é o que transmito. Há coisas que já descobri, mas não tenho, por enquanto, possibilidade de relatar. Aguardem!
Deixo o meu abraço caloroso nesta manhã de domingo e que Deus nos abençoe!
Helder Camara

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