CONTABILIDADE E DESTINO
Observemos um instituto bancário em suas
operações rotineiras.
Todo cliente em dificuldade nele comparece, rogando
certos favores.
Vemos aí aqueles que por excessivamente comprometidos,
requisitam mais vastos suprimentos, buscando a solução de grandes contas em mais
amplo setor de serviço; os que solicitam a reforma dos títulos que não podem
pagar no dia justo; os que suplicam moratória adequada às aflições que
atravessam; e os que se decidem a aceitar juros pesados e escorchantes, na
tentativa suprema de liquidar os débitos que contraíram em outros campos de
expectativa e de ação.
Todos lutam e sofrem, condicionados aos regulamentos a
que se sujeitam, trabalhando pela quitação que lhes devolverá o nome à
respeitabilidade devida.
Assim, também, na Contabilidade Divina, todos nós,
no balanço de antigos débitos, imploramos essa ou aquela providência consentânea
com as nossas necessidades.
Há quem peça a provação da riqueza para
desvencilhar-se de pesados grilhões nos círculos da economia terrestre e há quem
rogue penúria, buscando aprender como se deve agir na fartura.
Há quem
suplique doenças do corpo para valorizar a saúde e há quem solicite saúde para
estender assistência aos enfermos dos quais se fez devedor.
Há quem exore
mutilações e defeitos no campo físico para reconquistar a felicidade na vida
imperecível e há quem advogue para si mesmo a concessão de harmonia corpórea
para a realização de tarefas determinadas em benefício dos outros.
Há quem se
proponha a receber um cérebro claro e forte para servir aos ignorantes e há quem
peça um cérebro frustrado para restaurar-se, através da humildade e da dor,
perante o próprio destino.
Se já te conscientizaste quanto à grandeza da
Criação, confere os talentos e as inibições que te assinalam e por eles
compreenderás de que tarefa mais alta a vida te incumbe no curto espaço da
existência terrestre, porque facilidade ou obstáculo, ouro fácil e recurso
difícil, raciocínio pronto e ideia tardia, são empréstimos da Providência
Divina, com tempo exato para o acerto preciso em nosso próprio favor, diante das
Leis de Deus.
Livro: Nascer e Renascer - Francisco C. Xavier -
Emmanuel
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