OPINIÕES & OPINIÕES
Sinceramente, eu não sei
quem disse aos nossos irmãos de Ideal, que, presentemente, se encontram no corpo
denso, que as opiniões dos desencarnados são pareceres infalíveis, não sujeitos,
portanto, a serem contestados por quem o queira fazer.
Isto, sinceramente,
não existe, pois toda opinião, de qualquer espírito, esteja no corpo carnal ou
fora dele, é naturalmente questionável, de vez que nenhum deles ainda logrou
transcender as limitações de sua condição humana.
O Mundo Espiritual que
rodeia o orbe terrestre é habitado por homens, e não por anjos, que, a respeito
desse ou daquele assunto, detenha a palavra final - palavra que, quase sempre,
não passa da expressão isolada do pensamento de quem o expressa.
Não apenas
os médiuns não são infalíveis, quanto os espíritos que por eles se comunicam
também não o são – e isto por mais respeitável o nome com que a entidade
comunicante venha a se identificar.
A rigor, a única opinião a não ser posta
em questão é a de Jesus Cristo! A opinião dos demais se caracteriza – e assim
deve ser levada em consideração – apenas pela sua maior ou menor aproximação da
Verdade, na relatividade dos conhecimentos que o espírito possua.
As minhas
opiniões neste Blog, quanto às opiniões dos comentaristas que nos dão a honra de
sua participação, são opiniões de valor relativo, porém, jamais absoluto.
Eu
não me melindro, absolutamente, com os companheiros que nem sempre concordam com
as minhas abordagens, porque sei que se posso estar equivocado, com nenhum deles
será de maneira diferente.
A coisa mais difícil é expressar o que pensamos
sem nos permitir afetar por partidarismos de qualquer natureza, nos interesses
imediatos que nos comandam as ações cotidianas.
Os espíritos de minha Esfera
são companheiros que ainda se encontram muito distantes da onisciência, e que,
na maioria das vezes, necessitam empreender grande esforço para manifestarem aos
homens uma opinião isenta de influências pessoais.
O problema, no entanto, se
resume à concepção equivocada que os encarnados, mesmo os adeptos do
Espiritismo, continuam tendo de nós outros, atribuindo aos desencarnados uma
superioridade espiritual que não temos.
Muitos de nós, inclusive, sabemos
muito menos do que sabem os que se encontram encarnados, com os quais, em vez de
algo podermos lhes ensinar, muito temos que aprender.
Neste sentido é que,
uma vez mais, evoco para mim, e para outros espíritos, o direito de,
mediúnicamente, se manifestarem, sem que, por isto, seja considerado na condição
de Instrutor, ou Benfeitor.
Esta questão relacionada a Instrutor, ou
Benfeitor espiritual, na maioria das vezes é afeta ao personalismo do médium,
que assim deseja, moralmente, referendar os comunicados que surgem por seu
intermédio.
Posso mesmo afirmar que de todos os espíritos que, na atualidade,
entram em contato com os encarnados, pouquíssimos são os que, em vista de sua
evolução, verdadeiramente merecem, do ponto de vista hierárquico, a deferência
com que são tratados.
Não me estranha, portanto, que, a respeito desse ou
daquele assunto abordado por mim, em livro ou neste Blog, apareçam os que
possuem opiniões divergentes – tão somente me estranha o fato de evocarem para a
crítica que formulam a respeito do trabalho que apresentamos a pretensão de
infalibilidade.
A pior mediocridade é não se ter noção de quanto se está
sendo medíocre.
INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 12 de agosto de 2013.
Nenhum comentário:
Postar um comentário