12.8.13


OPINIÕES & OPINIÕES
Sinceramente, eu não sei quem disse aos nossos irmãos de Ideal, que, presentemente, se encontram no corpo denso, que as opiniões dos desencarnados são pareceres infalíveis, não sujeitos, portanto, a serem contestados por quem o queira fazer.
Isto, sinceramente, não existe, pois toda opinião, de qualquer espírito, esteja no corpo carnal ou fora dele, é naturalmente questionável, de vez que nenhum deles ainda logrou transcender as limitações de sua condição humana.
O Mundo Espiritual que rodeia o orbe terrestre é habitado por homens, e não por anjos, que, a respeito desse ou daquele assunto, detenha a palavra final - palavra que, quase sempre, não passa da expressão isolada do pensamento de quem o expressa.
Não apenas os médiuns não são infalíveis, quanto os espíritos que por eles se comunicam também não o são – e isto por mais respeitável o nome com que a entidade comunicante venha a se identificar.
A rigor, a única opinião a não ser posta em questão é a de Jesus Cristo! A opinião dos demais se caracteriza – e assim deve ser levada em consideração – apenas pela sua maior ou menor aproximação da Verdade, na relatividade dos conhecimentos que o espírito possua.
As minhas opiniões neste Blog, quanto às opiniões dos comentaristas que nos dão a honra de sua participação, são opiniões de valor relativo, porém, jamais absoluto.
Eu não me melindro, absolutamente, com os companheiros que nem sempre concordam com as minhas abordagens, porque sei que se posso estar equivocado, com nenhum deles será de maneira diferente.
A coisa mais difícil é expressar o que pensamos sem nos permitir afetar por partidarismos de qualquer natureza, nos interesses imediatos que nos comandam as ações cotidianas.
Os espíritos de minha Esfera são companheiros que ainda se encontram muito distantes da onisciência, e que, na maioria das vezes, necessitam empreender grande esforço para manifestarem aos homens uma opinião isenta de influências pessoais.
O problema, no entanto, se resume à concepção equivocada que os encarnados, mesmo os adeptos do Espiritismo, continuam tendo de nós outros, atribuindo aos desencarnados uma superioridade espiritual que não temos.
Muitos de nós, inclusive, sabemos muito menos do que sabem os que se encontram encarnados, com os quais, em vez de algo podermos lhes ensinar, muito temos que aprender.
Neste sentido é que, uma vez mais, evoco para mim, e para outros espíritos, o direito de, mediúnicamente, se manifestarem, sem que, por isto, seja considerado na condição de Instrutor, ou Benfeitor.
Esta questão relacionada a Instrutor, ou Benfeitor espiritual, na maioria das vezes é afeta ao personalismo do médium, que assim deseja, moralmente, referendar os comunicados que surgem por seu intermédio.
Posso mesmo afirmar que de todos os espíritos que, na atualidade, entram em contato com os encarnados, pouquíssimos são os que, em vista de sua evolução, verdadeiramente merecem, do ponto de vista hierárquico, a deferência com que são tratados.
Não me estranha, portanto, que, a respeito desse ou daquele assunto abordado por mim, em livro ou neste Blog, apareçam os que possuem opiniões divergentes – tão somente me estranha o fato de evocarem para a crítica que formulam a respeito do trabalho que apresentamos a pretensão de infalibilidade.
A pior mediocridade é não se ter noção de quanto se está sendo medíocre.
INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 12 de agosto de 2013.

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