30.8.13


O Valor da Simplicidade

A vida sem simplicidade é banal.
Desculpem os termos, mas venho defender aqui a importância da simplicidade.
Meus queridos irmãos, todos nós devemos ter o que seja substancial para a nossa sobrevivência e vida digna, não mais que isso.
Sei que é difícil compreender e aceitar estas palavras quando vocês vivem assoberbados de uma campanha consumista que não para de dizer aos seus ouvidos que você deve ter a última roupa da moda, o celular mais atualizado em nível de tecnologia, o carro dos sonhos, a casa de praia, e tudo o mais que lhe dê status e diferenciação social.
É um volume incrível de informações que distorcem os valores fundamentais e cria uma sociedade ansiosa e fútil. Ansiosa porque somente se achará feliz se conseguir adquirir o que está no alto patamar do consumo e fútil porque diminuirá o nível de prioridades na vida para coisas em detrimento da essência do espírito.
Esta sociedade consumista distorce valores e empurra a humanidade a um buraco sem fim. Primeiro porque cria necessidades superficiais, tolas muitas vezes, depois porque faz acumular coisas que prejudicam a natureza.
Vejo pessoas se lamentarem, ficarem em estado depressivo, porque não conseguiram ainda comprar a roupa da moda.
- Fulana e Sicrana têm e eu não, não vou poder mais sequer sair de casa para não passar vergonha...
Meu Deus, quanta distorção de valores. E não pensem que são poucos que pensam assim. É o mundo fútil, de louvação ao supérfluo. Isto tem que mudar. Não pode ficar desse jeito.
Uma consequência natural deste estado de coisas é o fenômeno da descartabilidade. Tudo passa, então, a ser descartável. Se deixou de ser moda, então porque tenho que ficar com isso, pensam.
O problema é que esta geração descartável além de descartar coisas começa também a descartar pessoas. Os amigos são descartáveis, a família é descartável, os amores são descartáveis, tudo passa a ser descartável. Que lamentável!
Tenho a impressão que um dia estas pessoas também pensarão que se tornaram descartáveis e queiram sair do mapa...
Os valores cristãos são aqueles que nos reportam à imortalidade do ser. Quando o Nosso Senhor Jesus Cristo nos alertou que “onde estivesse o nosso tesouro, ali estaria também o nosso coração”, fez-nos compreender da importância daquilo que damos valor na vida.
Pense bem naquilo que você acha como fundamental e aja consciente de sua responsabilidade social e espiritual.
Ser simples é aprender a gostar de viver com o que nos seja essencial, portanto, o absolutamente necessário. Mesmo que você possa ter o que seja supérfluo não se prenda a ele como base para a sua felicidade.
Saiba no seu íntimo, tenha isto sempre em consciência, que o fundamental é aquilo que você pode levar após a morte. Esta é a regra da sabedoria.

Que Deus nos abençoe!
Helder Camara 

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