19.8.13


A Busca de Deus

A característica de qualquer apóstolo que segue ao Cristo deve ser o encontro profundo e infinito com Deus Pai, refletir a vontade de Deus Pai em nós.
Esta caminhada de encontro com Deus é toda pessoal e difere de um para outro por vários motivos.
Há aqueles que buscam o Pai pelas orações. Rezam para estar sempre em consonância com seu pensamento e vontade. Pedem constantemente forças para não fugir do caminho traçado desta busca, “não cair em tentações”.
Há outros que buscam pelas obras, são os ativistas de Deus. Sabem que somente poderão encontrar a Deus no próximo, orientando seus passos na solidariedade, na busca da satisfação das necessidades mínimas de todas as gentes, sejam elas físicas ou espirituais. Estão sempre à disposição para ajudar o irmão de caminho.
Outros seguem a Deus pelas meditações. Onde estejam ficam a meditar em como encontrar a Deus, o que fazer para se aproximar Dele. Uns levam tão a sério esta busca que se isolam do mundo. São os meditativos da divindade.
O que fiz?
Busquei seguir, no meu caminho de busca de Deus, unir estas três formas de caminhar: orar, fazer e meditar.
São caminhos peculiares, cada um com as suas características, mas extremamente importantes. Creio que um, isoladamente, não é suficiente para encontrar ao Pai.
Na minha vida física – e agora na dimensão da espiritualidade libertadora – continuo com as minhas orações diárias, profundas e infinitas, de encontro com Deus Pai. Profundas porque devem ir ao âmago da alma, lá dentro, onde ninguém ousaria chegar e somente onde nós sabemos que existe. Infinita porque oraremos sempre e a todo instante. Aquele que se encontra com Deus vive em permanente oração com o Pai.
As obras são essenciais para se compreender a existência de Deus. Ao lidarmos com o sofrimento do outro, com a dor que o impacta, passamos a encontrar a face amorosa do Pai. A face do serviço renovador das nossas almas, porque somente pode encontrar a Deus aquele que ama. Deus é serviço ao próximo em ação.
Quando meditamos, quando buscamos no “éter” a existência e razão de ser do Pai vamos nos perder na eternidade de Deus. Há tantos caminhos no meditar, irmãos, que se não nos concentrarmos num ponto, em dada meditação, certamente nos perderemos no cosmos de nossos pensamentos, tamanha a grandiosidade, que ainda não conseguimos abarcar, da imensidade divina.
Assim, meus irmãos de caminho, são as múltiplas formas de caminhar em busca do Pai todo poderoso. Encontre a sua. Não deixe, porém, jamais, de caminhar, este é o conselho que lhe dou, porque somente é verdadeiramente feliz aquele que se aproxima do seu Criador e Pai.
Fique com Deus,
Helder Camara 

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