ÚNICA ALEGRIA
Abdica a ilusão que é
transitória,
À taça do prazer que se esvazia,
E à ambição desmedida
renuncia,
Que tudo é pó na senda merencória.
Entre as sombras da
humana trajetória,
Busca no Bem a única alegria,
Que a Vida sobre a Terra
propicia
A quem na luta anseia por vitória.
Alija de tu’alma sem
demora,
Por peso inútil a ser lançado fora
O que guardar contigo mais
quiseres...
Pois do que não te livras por ti mesmo,
A morte há de
arrebatar-te a esmo,
Sem perguntar se queres ou não
queres!...
Eurícledes Formiga
(Página recebida pelo médium Carlos A.
Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de sábado
do dia 24 de agosto de 2013, em Uberaba – MG).
31.8.13
30.8.13
O Valor da Simplicidade
A vida sem simplicidade
é banal.
Desculpem os termos, mas venho defender aqui a importância da
simplicidade.
Meus queridos irmãos, todos nós devemos ter o que seja
substancial para a nossa sobrevivência e vida digna, não mais que isso.
Sei
que é difícil compreender e aceitar estas palavras quando vocês vivem
assoberbados de uma campanha consumista que não para de dizer aos seus ouvidos
que você deve ter a última roupa da moda, o celular mais atualizado em nível de
tecnologia, o carro dos sonhos, a casa de praia, e tudo o mais que lhe dê status
e diferenciação social.
É um volume incrível de informações que distorcem os
valores fundamentais e cria uma sociedade ansiosa e fútil. Ansiosa porque
somente se achará feliz se conseguir adquirir o que está no alto patamar do
consumo e fútil porque diminuirá o nível de prioridades na vida para coisas em
detrimento da essência do espírito.
Esta sociedade consumista distorce
valores e empurra a humanidade a um buraco sem fim. Primeiro porque cria
necessidades superficiais, tolas muitas vezes, depois porque faz acumular coisas
que prejudicam a natureza.
Vejo pessoas se lamentarem, ficarem em estado
depressivo, porque não conseguiram ainda comprar a roupa da moda.
- Fulana e
Sicrana têm e eu não, não vou poder mais sequer sair de casa para não passar
vergonha...
Meu Deus, quanta distorção de valores. E não pensem que são
poucos que pensam assim. É o mundo fútil, de louvação ao supérfluo. Isto tem que
mudar. Não pode ficar desse jeito.
Uma consequência natural deste estado de
coisas é o fenômeno da descartabilidade. Tudo passa, então, a ser descartável.
Se deixou de ser moda, então porque tenho que ficar com isso, pensam.
O
problema é que esta geração descartável além de descartar coisas começa também a
descartar pessoas. Os amigos são descartáveis, a família é descartável, os
amores são descartáveis, tudo passa a ser descartável. Que lamentável!
Tenho
a impressão que um dia estas pessoas também pensarão que se tornaram
descartáveis e queiram sair do mapa...
Os valores cristãos são aqueles que
nos reportam à imortalidade do ser. Quando o Nosso Senhor Jesus Cristo nos
alertou que “onde estivesse o nosso tesouro, ali estaria também o nosso
coração”, fez-nos compreender da importância daquilo que damos valor na
vida.
Pense bem naquilo que você acha como fundamental e aja consciente de
sua responsabilidade social e espiritual.
Ser simples é aprender a gostar de
viver com o que nos seja essencial, portanto, o absolutamente necessário. Mesmo
que você possa ter o que seja supérfluo não se prenda a ele como base para a sua
felicidade.
Saiba no seu íntimo, tenha isto sempre em consciência, que o
fundamental é aquilo que você pode levar após a morte. Esta é a regra da
sabedoria.
Que Deus nos abençoe!
Helder Camara
29.8.13
A FÍSICA QUÂNTICA E O
ESPIRITISMO
O Físico Amit Goswami escreveu um livro onde
defende a reencarnação o livro é: A Física da Alma a Física quântica vem pouco a
pouco dando novas provas que demonstra que, às revelações que os espíritos
fizeram a Kardec no Livro dos Espíritos são conhecimentos de vanguarda.
Acompanhe as descobertas da Física e sua comparação com, as respostas que
estão impressas no Livro dos espíritos desde 18 de abril de 1857 (primeira
edição).
A mecânica quântica usa o acaso quântico para chegar a leis
determinísticas, mas a influência da mente humana como co-participante do
experimento, e não como mero observador, gera um grande fator complicador nas
experiências. Até que ponto nós temos o poder de influenciar os eventos
quânticos? E quando não influenciamos, quem ou o que influencia?
Questões:
23. Que é o Espírito?
R:- "O princípio inteligente do
Universo".
a) - Qual a natureza íntima do Espírito?
R: - "Não é fácil
analisar o Espírito com a vossa linguagem. Para vós, ele nada é por não ser
palpável. Para nós, entretanto, é alguma coisa.
"Tanto é assim, que os
físicos teóricos postulam a existência de uma "partícula", que seria a partícula
"fundamental", que ainda não foi encontrada, mas a qual o Premio Nobel da
física, Leon Lederman, denomina como a "partícula divina". Partícula essa
decisiva, pois é ela que determina a massa das restantes, bem como a coesão dada
pela gravidade dos 90% do universo ainda desconhecido.
30. A matéria é
formada de um só ou de muitos elementos?
R: "De um só elemento primitivo. Os
corpos que considerais simples não são verdadeiros elementos, são transformações
da matéria primitiva. (supercordas).
79. Pois que há dois elementos gerais no
Universo: o elemento inteligente e o elemento material poder-se-á dizer que os
Espíritos são formados do elemento inteligente, como os corpos inertes o são do
elemento material?
R: "Evidentemente. Os Espíritos são a individualização do
princípio inteligente, como os corpos são a individualização do princípio
material" A época e o modo essa formação se operou que são desconhecidos.
A
Teoria quântica das Supercordas.
Vem de encontro à existência de uma
"partícula divina consciência" no final da escala das partículas subatômicas, é
a teoria das supercordas. Essa teoria foi melhorada e é defendida por um dos
físicos teóricos mais respeitados da atualidade Edward Witten, professor do
Institute for Advanced Study em Princeton, EUA.
De maneira bastante simples e
resumida, a teoria das supercordas postula que os quarks, mais ínfima partícula
subatômica conhecida até o momento, estariam ligados entre si por "supercordas"
que, de acordo com sua vibração, dariam a "tonalidade" específica ao núcleo
atômico a que pertencem, dando assim as qualidades físico-químicas da partícula
em questão.
Querer imaginá-las é como tentar conceber um ponto matemático: é
impossível, por enquanto. Além disso, são inimaginavelmente pequenas. Para
termos uma idéia: o planeta Terra é dez a vinte ordens grandeza menor do que o
universo, e o núcleo atômico é dez a vinte ordens de grandeza menor do que a
Terra. Pois bem, uma supercorda é dez a vinte ordens menores do que o núcleo
atômico.
O que diz o Livro dos Espíritos.
64. Vimos que o Espírito e a
matéria são dois elementos constitutivos do Universo. O princípio vital será um
terceiro?
R: "É, sem dúvida, um dos elementos necessários à constituição do
Universo, mas que também tem sua origem na matéria universal modificada. É, para
vós, um elemento, como o oxigênio e o hidrogênio, que, entretanto, não são
elementos primitivos, pois que tudo isso deriva de um só princípio".
a) -
Parece resultar daí que a vitalidade não tem seu princípio num agente primitivo
distinto e sim numa propriedade especial da matéria universal, devida a certas
modificações.
R - “Isto é consequência do que dissemos”.
65. O princípio
vital reside em alguns dos corpos que conhecemos?
R: “Ele tem por fonte o
fluido universal. É o que chamais fluido magnético, ou fluido elétrico
animalizado. É o intermediário, o elo existente entre o Espírito e a
matéria”.
66. O princípio vital é um só para todos os seres orgânicos?
R:
“Sim, modificado segundo as espécies. É ele que lhes dá movimento e atividade e
os distingue da matéria inerte, porquanto o movimento da matéria não é a vida.
Esse movimento ela o recebe, não o dá”.
Na verdade o que a Física quântica
vem revelar, aos Espíritas por todo o mundo já tinha conhecimento, não estou
desmerecendo a Física, pois Kardec em A Gênese item 16 afirma: O Espiritismo e a
Ciência se completam reciprocamente; a Ciência, sem o Espiritismo, se acha na
impossibilidade de explicar certos fenômenos só pelas leis da matéria; ao
espiritismo sem a Ciência faltaria apoio e comprovação.
28.8.13
Questão 221 do Livro dos Espíritos
LEMBRANÇAS
RETROSPECTIVAS
Sim, o homem primitivo tem lembranças
retrospectivas das leis naturais e da verdadeira vida, que cintila em todo o
universo. O espírito, antes de tomar um corpo humano, entra em aprendizado
intensivo ou, como queiramos dizer, na teoria de todas as leis universais, de
modo que o conhecimento fica gravado, por leis ainda desconhecidas pelos
encarnados, na consciência profunda, de sorte a dormir dentro de si para, quando
preciso, despertar com todo fulgor na mente ativa. Isso se faz na gradação que
se imprime à necessidade de progredir.
A consciência é um engenhoso mecanismo
espiritual, de forma que a vida mostra uma lucidez nos trabalhos que realiza. As
lembranças são frutos das experiências teóricas, levando, a cada dia que passa,
o candidato à realização do aprendizado. A vivência vem depois, com a maturidade
da alma. É neste sentido que todas as raças mais ou menos primitivas se
dispuseram a ritos inúmeros, mas todos com fundamentos na vida
futura.
Para que possamos interpretar a verdade como ela
é, é preciso mais vivência de corpo a corpo, ajuntando experiências dos mais
velhos, na forja do tempo e do espaço. Deus é deus de bondade e de amor, que
sempre envia, ao meio de raças primitivas, espíritos de alta iluminação,
vestindo corpos rudes, mas com a alma vibrando em planos de alta compreensão. Em
tempos passados, foram os profetas guias de muitos povos, anunciando a verdade
para que ela pudesse libertá-los de preconceitos carcomidos e inúteis à elevação
das almas, no nível espiritual em que se encontravam.
Mesmo o homem de mais
evolução tem, de vez em quando, recordações do passado, e essas o levam a
procurar preceitos compatíveis com as suas necessidades. Por esta razão, a
Doutrina dos Espíritos não precisa violentar consciências, visto que cada qual
se encontra no lugar certo, e a maturidade o guia pelos caminhos que a
necessidade requer. Sempre estimulamos a todos para orar e aprender a orar
porque, na meditação com Jesus, vamos escolhendo, por recordação, no silêncio do
mundo interno, as trilhas da verdade, e descobrindo as leis naturais que nos
sustentam a vida, que guiam os sábios e são obedecidas pelos santos. Por sua vez
o ignorante igualmente responde pela sua ignorância, mesmo que suas faltas
tenham atenuantes, as leis se encontram escritas no livro divino da consciência
de cada um, livro esse que se encontra sempre aberto, a desprender avisos para o
coração, na fulgência dos sentimentos.
Deus está sempre presente em todas as
criaturas, desde o mais rude espírito nas selvas, até os grandes sábios da
chamada civilização humana. Está presente desde o átomo ao anjo, distribuindo o
Seu amor em todas as direções.
A Doutrina dos Espíritos, que nos afirma que
a vida continua e que ninguém morre, é tão antiga quanto o universo, por ser
baseada nas leis formuladas por Deus. Jesus Cristo mostrou a todos,
principalmente aos seus seguidores, que a morte é vida. Anunciou que retomaria
depois do Calvário e cumpriu a promessa, selando, assim, a esperança com a
verdade, e dando alegria a toda a humanidade.
Se porventura surgirem em
nossa mente lembranças do passado, procuremos interpretar o aviso e melhorar a
nossa conduta, porque o objetivo de quem acompanha Jesus Cristo é a pureza dos
sentimentos, e o aprendizado do amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo
como a nós mesmos, com todo o esplendor.
Livro: Filosofia Espírita V -
João Nunes Maia - Miramez
27.8.13
REENCARNAÇÃO E RECEPTIVIDADE
Sim, meu caro,
estivemos juntos em sua recente jornada doutrinária ao Estado de Santa Catarina,
visitando as Instituições que, generosamente, abriram as suas portas para nos
receber.
E, igualmente, qual aconteceu a você, fiquei emocionado com o
trabalho realizado por aquele pequeno grupo de Florianópolis – “Casa Lar Luz do
Caminho” – junto às crianças, muitas vezes, enjeitadas por seus pais, em
maioria, usuários de crack.
De fato, o método pedagógico da Dra. Emmi Pikler,
a grande pediatra vienense, utilizado por eles, em consonância com os
ensinamentos da Doutrina Espírita, para auxiliar o espírito recém-encarnado a se
desenvolver sem tantos traumas é extremamente eficaz.
Caminhei ao seu lado
por aqueles berços, onde repousavam aquelas “sementinhas” do futuro, e confesso
a você que, pelo imenso amor com que ali são tratadas, cheguei a desejar ser uma
delas – não por agora, é verdade!
Realmente, meu caro, a reencarnação em um
mundo de expiações e provas qual é a Terra não deixa de ocasionar certo impacto
ao espírito, ainda mais quando o espírito é recebido de maneira hostil, num meio
que lhe parece completamente adverso.
Você se houve muito bem, em seus
comentários, citando o exemplo de Laura, mãezinha de Lísias, que, então, às
vésperas de voltar ao mundo, segundo relatos de André Luiz na obra “Nosso Lar”,
estava com medo da influencia do meio – e olha que Laura não se tratava de um
espírito qualquer!
Imaginemos agora aqueles pequerruchos lindos, mal saindo
da casca do ovo, sendo, inclusive, espancados pelos seus genitores drogados, e,
na condição de nascituros, já com crise de abstinência, porque, durante toda a
gravidez, a mãe fez uso do crack...
Ao abrir os olhos para o mundo, como é
que um espírito assim pode se desenvolver em plenitude, sentindo-se ameaçado,
feito um gatinho que estivesse prestes a ser devorado por uma serpente?!
O
período da infância, conforme sabemos, é de fundamental importância para o
espírito recém-nascido, porque, dificilmente, uma semente lançada num terreno
árido encontra meios de germinar e florescer – para tanto, é preciso, por
exemplo, que se seja um Chico Xavier, que, quando criança, tudo teve para
crescer marcado por inibições psicológicas que o poderiam ter anulado para a
Vida.
Todavia, meu caro, nós não somos Chico Xavier... Com uma ou outra
exceção, a quem dentro dela quiser se colocar, somos espíritos comuns, que,
quando reencarnamos, voltamos a Terra ante as muitas expectativas do Mundo
Espiritual, notadamente da parte daqueles que nos costumam referendar o regresso
ao corpo – quando, porém, sofremos os primeiros reveses – e isto ainda pode
acontecer no útero materno –, nos retraímos, e deixamos de sermos nós mesmos,
porque, inconscientemente, percebemos que, para escapar, precisamos criar n
carapaças defensivas.
Tomara que surjam outros grupos como aquele pequenino
grupo de Florianópolis, que, pelo que fiquei sabendo, se localiza numa ruazinha
que sequer pode ser encontrada pelo GPS!
Porque, quando o espírito, ao
reencarnar, dispuser, em todos os sentidos, de positiva receptividade na Terra,
então, com mais memória do que pode aprender no Mundo Espiritual, ele se fará
instrumento de maior progresso para as instituições humanas em geral.
Mas,
infelizmente, por enquanto, como disse Laura, nas brilhantes páginas de “Nosso
Lar”, a reencarnação continua sendo para nós outros“uma tentativa de magna
importância”!
Apenas e tão somente uma tentativa de que o meio não nos deixe
na mesmice, ou, pior, não nos comprometa ainda mais.
INÁCIO
FERREIRA
Uberaba – MG, 26 de agosto de 2013
26.8.13
Libertação dos Povos
Vejo, com pesar, tudo que se desenrola na Síria,
bem como em outros países do Oriente Médio. O Egito, então, vive em ebulição
permanente nos últimos tempos. A chamada Primavera Árabe trouxe muitas alegrias
no instante em que depôs ditaduras e, em seu lugar, ensaiava a instalação do
regime democrático.
É claro que a ausência de democracia fez com que estes
povos esquecessem um pouco como expressar, de maneira equilibrada, a liberdade
conquistada. Assim, de uma forma ou de outra, mesmo sem querer, passaram a
repetir os mesmos vícios dos regimes que ajudaram a combater. É natural,
portanto, no processo de aprendizagem democrática.
O que vemos na Síria,
porém, é morticídio coletivo. Há assassinatos bárbaros e a comunidade
internacional apenas protesta, mas não age. Fica observando no que vai dar,
enquanto isso, milhares de pessoas morrem e tudo fica impunemente. É
lamentável.
No Egito, sob o pretexto de preservar a democracia, retiraram o
presidente eleito, mas em seu lugar, em vez de trazer a bonança, irmãos egípcios
estão assassinando duramente outros irmãos. Meu Deus, até onde isso vai
dar...
Penso, meus irmãos, que o homem, pouco a pouco, vai entender que a
liberdade é bem fundamental para a humanidade e nesse dia não fará nada que
prejudique a expressão da liberdade do outro. Quando se adquire a liberdade,
quando ela naturalmente se consolida como bem maior de uma nação, é esperado que
se busque mais. Geralmente, pede-se igualdade e justiça.
Igualdade está muito
próximo de justiça, pois dar a cada um o que ele merece é desafio grande, mas
duradouro de se conseguir. Vejo que no mundo inteiro, a maioria das nações
patina nestas conquistas. Bem, é claro, que existe ainda, em muitas delas, a
manutenção de privilégios para grupos restritos ou a preservação de regras de
exclusão que dificultam o acesso das gentes aos bens mínimos para
sobrevivência.
Meus queridos irmãos, no nosso Brasil não é diferente. Apesar
de termos avançado bastante nas duas últimas décadas, ainda é grave a nossa
situação. O povo quando vai às ruas em forma de protesto é porque se tem muito
ainda a fazer. Se avançamos no campo democrático, graças a Deus, não conseguimos
implementar nas mesmas proporções avanços no campo social e econômico como
poderíamos fazer.
Sei que as desigualdades diminuíram. Os governos que se
sucederam criaram algumas condições de acesso da grande massa a bens de consumo
e de livramento da pobreza absoluta, mas isto não é suficiente. O imprescindível
é criar regras de acessibilidade para todos, a tal equanimidade de acesso ao
progresso ou ao desenvolvimento, e, em igual necessidade, a melhoria da educação
de toda a gente. Mas, educação de verdade, aquela educação libertadora e
formadora de cidadãos.
Aí, minha gente, é deixar o tempo passar e verá que o
povo, os mais humildes, vão conquistar o seu lugar, não recebendo esmolas, mas
mostrando o seu valor, isto é conquista de cidadania.
Não é fácil, eu sei,
mas é o único caminho possível de avanço de uma sociedade: justiça social e
educação de qualidade para todos.
Eu lutei por isso e continuo lutando do
lado de cá da vida, pois para mim é tudo muito claro, muito nítido, e não pensem
que os homens poderosos não sabem disso, sabem sim, mas lutam, de maneira
disfarçada para sabotar estas conquistas. O povo, porém, está de olho e não vai
se deixar enrolar por discursos bonitos que não se cumprem.
A paz social
somente é atingida quando temos povo com comida, casa para morar e condições de
acesso aos bens mínimos, públicos e privados. O resto é conversa mole.
Minha
gente, todos nós devemos cumprir com a nossa obrigação de ajudar, no que for
possível, para criar essa sociedade de nossos sonhos, porque de braços cruzados
ficarão todos a mercê da sorte ou da generosidade dos donos do poder que,
logicamente, pouco ou nada farão para a emancipação definitiva dos mais pobres e
oprimidos.
Deus nos abençoe!
Helder Camara
24.8.13
LEI DO ESQUECIMENTO
Retrocedi no tempo, e a memória
Mostrou-me cenas de pavor e medo,
Nas quais não me ocultou nenhum segredo,
Das vidas que eu vivi sem honra e glória.
Pude me ver em longa trajetória,
Do homem que hoje sou um arremedo,
Sempre no mal buscando estranho enredo
Para compor a minha triste história.
Então, no intuito de esquecer por fim,
O que fazendo aos outros fiz a mim,
No presente fugi do meu passado...
E sem mais me prender à retaguarda,
A Lei do Esquecimento que me guarda
Agradeci, chorando, ao Mestre Amado!...
Eurícledes Formiga
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião íntima no Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã do dia 15 de agosto de 2013, em Uberaba – MG).
Retrocedi no tempo, e a memória
Mostrou-me cenas de pavor e medo,
Nas quais não me ocultou nenhum segredo,
Das vidas que eu vivi sem honra e glória.
Pude me ver em longa trajetória,
Do homem que hoje sou um arremedo,
Sempre no mal buscando estranho enredo
Para compor a minha triste história.
Então, no intuito de esquecer por fim,
O que fazendo aos outros fiz a mim,
No presente fugi do meu passado...
E sem mais me prender à retaguarda,
A Lei do Esquecimento que me guarda
Agradeci, chorando, ao Mestre Amado!...
Eurícledes Formiga
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião íntima no Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã do dia 15 de agosto de 2013, em Uberaba – MG).
23.8.13
O MESTRE E AS OPINIÕES
Quando Jesus, consagrando as alegrias familiares
e o culto sublime da união doméstica, transformou a água em vinho, nas bodas de
Canaã, cercaram-no os imensos tentáculos da falsa opinião, pela primeira vez, na
fase ativa de seu apostolado. Por que semelhante transformação? Seria possível
converter a água pura em vinho, destinado à embriaguez?
Procurando
companheiros para a missão de luz e sendo escarnecido pelos sacerdotes, juízes e
doutores de seu tempo, buscou o Mestre a companhia simples e humilde dos
pescadores. A maledicência, contudo, não lhe perdoou o gesto. Que motivo induzia
aquele missionário a socorrer-se de homens iletrados e rudes, que costumavam
espreguiçar-se nas barcas velhas?
Instituiu a alegria e o bom ânimo, a
confiança mútua e o otimismo entre os discípulos; entretanto o farisaísmo
recrimina-lhe a conduta. Que instrutor era aquele, que não jejuava nem mantinha
preceitos rigoristas?
Atendia a multidão de sofredores, dos quais se
compadecia sinceramente, ministrando-lhes consolações e ensinamentos; todavia, o
fanatismo criticava-lhe as atitudes. Não seria ele um revolucionário perigoso?
Desrespeitava a lei, curando cegos e paralíticos, nas horas destinadas ao
repouso. Socorria os obsidiados de todos os matizes, conferindo-lhes
tranquilidade aos corações; no entanto, a ignorância não o desculpava. Que
razões o detinham no esclarecimento aos espíritos das trevas? Não teria
combinações secretas com Satanás?
Interessou-se pela renovação espiritual de
Madalena. Os próprios amigos estranharam-lhe a conduta. Por que tamanha menção
para com uma pecadora comum?
Aceitou o oferecimento gentil, dos publicanos,
comendo à mesa de pessoas afastadas da lei; todavia, a perversidade não lhe
compreendeu a disposição fraterna. Não seria ele simples comilão e
beberrão?
Dedicou longa palestra à samaritana pobre e desviada. A malícia,
porém, não lhe entendeu a lição divina. Por que se demorava em conversação com
semelhante mulher, que já possuíra cinco maridos?
Ensinava as verdades
eternas, por amor às criaturas, mas, não raro, ao terminar as pregações
sublimes, a desordem estabelecia tumultos. Não era ele anônimo operário de
Nazaré? A que títulos poderia aspirar, além da carpintaria da sua
infância?
Confiando nos companheiros, falou-lhes do seu testemunho, diante
das verdades do Pai, prevendo lutas, desgostos, sacrifícios e humilhações;
todavia, a inconformação apossou-se do próprio Pedro e choveram protestos. Por
que o anúncio descabido de tantas flagelações e tantas dores? Não era o
sofrimento incompatível com a realização de um Messias que vinha de tão alto?
Não teria Jesus enlouquecido?
Diante da revolta de Simão, em frente dos
varapaus, pediu-lhe o Mestre serenidade e sensatez, para que não fosse perdido o
ensejo da suprema fidelidade a Deus, mas a incompreensão se manifestou de
pronto. Por que socorrer inimigos e verdugos? Como entregar-se sem defesa à
perseguição dos sacerdotes? Como interpretar semelhante covardia, no momento
mais vivo da missão nova? Não seria melhor desertar, entregando o Mestre à sua
sorte?
Até o derradeiro instante na cruz ouviu o Senhor as mais estranhas
opiniões, os mais contraditórios pareceres do mundo, mas a todos respondeu com o
bendito silêncio de seu amor, porque bem sabia que acima de tudo, lhe cumpria
atender à Vontade do Pai e que os homens só poderiam compreender-lhe o trabalho
augusto, à medida que desenvolvessem os ouvidos de ouvir e os olhos de ver, a
capacidade de sentir e a resolução de se realizarem espiritualmente, à luz do
Evangelho no longo caminho de sucessivas reencarnações.
Livro: Coletânea do Além - Francisco
C. Xavier - Emmanuel
22.8.13
PARÁBOLA DO FERMENTO
"O Reino dos Céus é semelhante ao fermento, que
uma mulher tomou e escondeu em três medidas de farinha, até ficar toda ela
levedada". (Mateus, XIII, 33 - Lucas, XIII, 20-21. )
Não há quem
ignore o processo da panificação. Lança-se um tanto de fermento na massa de
farinha, mistura-se e espera-se que fique toda levedada, para o que muito
concorre o calor.
Aparentemente, quem vê a massa não diz que tem
fermento; entretanto, depois de algumas horas, a própria massa levedada acusa a
presença do mesmo.
Assim é o Reino dos Céus: o homem não se pode
transformar, de simples e ignorante, em elevado e sábio de um momento para
outro, como o levedo não transforma a farinha na mesma hora em que nela é
posto.
Aos poucos, à medida que ouve a voz dos profetas, a palavra dos
emissários do Alto, a inteligência do homem se vai esclarecendo e o seu Espírito
se transforma: ele assimila o Reino dos Céus, que à prima facie lhe pareceu um
enigma, mas depois se lhe apresentou positivo, racional, lógico.
Quem
diria que uma só medida de fermento, em três medidas de farinha, leveda a mesma?
É preciso, porém, lembrar que o calor, não só na farinha para o pão, como também
no homem, para a transformação de Espíritos, é indispensável. E este calor pode
traduzir-se na atividade que empregamos para o progresso que somos chamados a
conquistar.
L:ivros : Parábolas e Ensinos de Jesus - Cairbar
Schutel
21.8.13
Questão 220 do Livro dos Espíritos
PERDA
DE FACULDADES
O Espírito, ao reencarnar-se, pode perder, temporariamente,
algumas das suas faculdades já conquistadas para que outras aflorem de seu mundo
interno. As faculdades já conquistadas, despertas na consciência, adormecem por
determinado tempo, em favor de outras que precisam ser desenvolvidas no campo da
existência atual.
O espírito é uma luz imortal, chama essa que cresce no
crescer da vida. De nada carece internamente pois é perfeito desde quando saiu
de mãos perfeitas, no entanto, todas as faculdades no primitivismo se encontram
em estado de sono, para serem despertadas pelo esforço próprio, com a força do
tempo, dirigidas pela mente divina.
Na verdade, somente perdemos o que se
encontra fora da lei, e isso é uma proteção espiritual, que nos compete
agradecer ao Pai Celestial. Todo o céu, como Deus, todos os poderes; como luz,
se encontram dentro de nós em estado latente, à espera de mãos espirituais que
trabalhem usando a nossa boa vontade, pelos canais do coração, para que no
amanhã sejamos luz da qual nós próprios somos oriundos.
Essa revelação de
"O Livro dos Espíritos" vem nos trazer esperança, por nos afirmar que nada se
perde das belezas espirituais que são geradas do amor, e que esse amor, na
vivência de Cristo, é vida. A doutrina dos Espíritos, expressa na codificação de
Allan Kardec, é como luz benfeitora a nos mostrar os caminhos mais certos da
libertação; é o conhecereis a verdade que Jesus anunciou para todos os seus
seguidores.
Grandes músicos do passado, se voltarem a reencarnar, em
certos casos podem nascer sem nenhum interesse pela música, com fortes
tendências para outra, ou outras artes. Não que perderam o que conquistaram; as
experiências, já dissemos, ficam no arquivo da consciência profunda para serem
utilizadas quando conveniente, sob o impulso dos sentimentos elevados. Somente
quando chegamos a determinada perfeição, é que podemos, e é da lei, usar todas
as qualidades conquistadas, ou despertadas, quando a conveniência em Cristo
pedir ao coração.
Essa lei universal de que nada se perde, principalmente
com as nuances da lei eterna, nos traz muita alegria. Quando a alma difunde a
sabedoria como entende, sem consultar a própria natureza divina, é como semente
deteriorada, que morre com o tempo, mas que sempre deixa um saldo de
contradições no nosso mundo interno, e gastamos muito tempo para a devida
limpeza em todas as intimidades dos corpos que nos servem de vestimentas
espirituais.
O Espiritismo se encontra encarregado de instruir os homens
acerca da Verdade, para que essa verdade os liberte. Quando todos nós nos
conscientizarmos do que podem nos trazer os maus pensamentos, quando a vivência
dos bons nos mostrar os resultados agradáveis do amor, passaremos a nos esforçar
de maneira a copiar Jesus em todos os Seus ângulos de ensinamentos e de
vida.
Um motivo muito forte para esquecermos o que já conquistamos de bom
é o mau uso que por vezes fazemos de certas faculdades durante o estágio que
tivemos na Terra. Isso é para o nosso próprio bem, e a oportunidade nos pede
renovação de vida, de entendimento de idéias e de vida. E para onde apelar,
buscar novas forças? A resposta é simples: Jesus.
O Evangelho é a fonte de vida e as mais puras
diretrizes para o nosso embelezamento espiritual. Devemos procurar a perfeição
em tudo o que nos propusermos fazer, ou que estejamos fazendo, que esse esforço
não ficará em vão. As mãos de Jesus se encontram invisíveis, nos ajudando a
pensar melhor e a fazer com mais acerto o que nos cumpre
realizar.
Livro: Filosofia Espírita V - João Nunes Maia -
Miramez
20.8.13
LIBERTEMOS A DOUTRINA!
Libertemos a Doutrina do
engessamento que os seus equivocados adeptos, amantes do poder, estão tentando
lhe impor!
A começar pelos Centros Espíritas aos Órgãos Unificadores, o
Espiritismo, para não repetir a trajetória do Cristianismo, descaracterizado em
Catolicismo, carece de continuar livre, tal qual foi Codificado por Allan
Kardec.
Nele não existe, e nunca deve existir, autoridade religiosa
constituída, seja por médiuns ou por dirigentes, que, direta ou indiretamente,
evocam para si semelhante condição.
Estamos carecendo de que, nas Casas
Espíritas, impere maior fraternidade – legítima, e não aparente! –, maior
integração de seus dirigentes com os frequentadores, que, em absoluto, não devem
submetê-los às suas ideias e pontos de vista pessoais.
Muitos dirigentes
espíritas, autoritários e moralistas, estão conduzindo as suas Instituições com
mão de ferro, sem a necessária sensibilidade oriunda do Evangelho para promover
o crescimento espiritual do grupo que eles integram.
Conheço dirigentes que,
a pretexto de salvaguardar os interesses da Doutrina (os interesses são os
deles!), não hesitam em colocar colaboradores para fora, chegando a expulsá-los
do Centro.
Raros são os dirigentes que procuram dar exemplos, misturando-se
com o grupo nas atividades assistenciais – eles se julgam dispensados de
praticar a Caridade! Não mais participam da Campanha do Quilo, não mais auxiliam
na confecção da Sopa, não mais se devotam à singela tarefa do Passe, não mais
visitam os doentes – transformaram-se em teóricos do Espiritismo, ocupando a
tribuna para satisfazer a sua vaidade e personalismo!
O espírita verdadeiro
não manda fazer – faz!
O espírita que professa a sua fé com sinceridade tem
menos “O Livro dos Espíritos” na cabeça, e mais “O Evangelho Segundo o
Espiritismo” no coração!
O espírita consciente sabe que, em verdade, a sua
maior necessidade é de renovação íntima – a sua, e não a dos outros!
Estes
nossos irmãos, cujo passado fala excessivamente alto no presente, estão causando
sérios prejuízos à Doutrina, porque, sem perceberem, atuam como médiuns das
Trevas, reduzindo a Doutrina a mais uma religião, neste festival de religiões
que conspiram contra a libertação espiritual da criatura encarnada, porque,
desde muito, a religião, que foi feita para libertar o pensamento, é o que mais
o tem escravizado!
Por ele ser dirigente, não dê valor ao dirigente espírita
– dê valor a Doutrina! E valorize o dirigente apenas na condição de um irmão que
deve se sentir onerado pela responsabilidade que assumiu.
Por ele ser médium,
não dê valor ao médium espírita – dê valor à Mediunidade! E valorize o médium
somente na condição de um confrade que deve trabalhar duro para ressarcir
pesados débitos do pretérito.
O Movimento Espírita, infelizmente, está
repleto de vendilhões! O Espiritismo, para muitos, virou comércio, virou meio de
vida, virou profissão – quem não está atrás de dinheiro, está atrás de
satisfazer a sua vaidade!
Procurem frequentar os Centros Espíritas mais
humildes, localizados nas periferias, nos quais, por vezes, não tem quem faça a
leitura de uma simples página de “O Evangelho”, e, de preferência, passem longe
de qualquer Órgão que esteja fomentando o elitismo em nosso Movimento.
Eu
identifico um espírita da gema quando lhe observo as atitudes, e não quando lhe
ouço as palavras!...
INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 19 de agosto de
2013
19.8.13
A Busca de Deus
A característica de qualquer
apóstolo que segue ao Cristo deve ser o encontro profundo e infinito com Deus
Pai, refletir a vontade de Deus Pai em nós.
Esta caminhada de encontro com
Deus é toda pessoal e difere de um para outro por vários motivos.
Há aqueles
que buscam o Pai pelas orações. Rezam para estar sempre em consonância com seu
pensamento e vontade. Pedem constantemente forças para não fugir do caminho
traçado desta busca, “não cair em tentações”.
Há outros que buscam pelas
obras, são os ativistas de Deus. Sabem que somente poderão encontrar a Deus no
próximo, orientando seus passos na solidariedade, na busca da satisfação das
necessidades mínimas de todas as gentes, sejam elas físicas ou espirituais.
Estão sempre à disposição para ajudar o irmão de caminho.
Outros seguem a
Deus pelas meditações. Onde estejam ficam a meditar em como encontrar a Deus, o
que fazer para se aproximar Dele. Uns levam tão a sério esta busca que se isolam
do mundo. São os meditativos da divindade.
O que fiz?
Busquei seguir, no
meu caminho de busca de Deus, unir estas três formas de caminhar: orar, fazer e
meditar.
São caminhos peculiares, cada um com as suas características, mas
extremamente importantes. Creio que um, isoladamente, não é suficiente para
encontrar ao Pai.
Na minha vida física – e agora na dimensão da
espiritualidade libertadora – continuo com as minhas orações diárias, profundas
e infinitas, de encontro com Deus Pai. Profundas porque devem ir ao âmago da
alma, lá dentro, onde ninguém ousaria chegar e somente onde nós sabemos que
existe. Infinita porque oraremos sempre e a todo instante. Aquele que se
encontra com Deus vive em permanente oração com o Pai.
As obras são
essenciais para se compreender a existência de Deus. Ao lidarmos com o
sofrimento do outro, com a dor que o impacta, passamos a encontrar a face
amorosa do Pai. A face do serviço renovador das nossas almas, porque somente
pode encontrar a Deus aquele que ama. Deus é serviço ao próximo em
ação.
Quando meditamos, quando buscamos no “éter” a existência e razão de ser
do Pai vamos nos perder na eternidade de Deus. Há tantos caminhos no meditar,
irmãos, que se não nos concentrarmos num ponto, em dada meditação, certamente
nos perderemos no cosmos de nossos pensamentos, tamanha a grandiosidade, que
ainda não conseguimos abarcar, da imensidade divina.
Assim, meus irmãos de
caminho, são as múltiplas formas de caminhar em busca do Pai todo poderoso.
Encontre a sua. Não deixe, porém, jamais, de caminhar, este é o conselho que lhe
dou, porque somente é verdadeiramente feliz aquele que se aproxima do seu
Criador e Pai.
Fique com Deus,
Helder Camara
17.8.13
PENUGENS DE ANJO
Se de ninguém falas mal
E a quem for o mal não fazes,
Buscando fazer o bem
Em que tão só te comprazes.
Se não conservas rancor
E não dás motivo a isto,
Sem que ofendas, ou te ofendas
Por um motivo imprevisto.
Se vives sempre a sorrir
Fazendo sorrir quem chora,
Pois, da vida de quem sofre,
Mandando a tristeza embora.
Não sendo anjo já feito
Sobre o berço em que te aninhas,
De suas asas pequenas,
Já se avistam penuginhas!...
Eurícledes Formiga
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de sábado do dia 10 de agosto de 2013, em Uberaba – MG).
Se de ninguém falas mal
E a quem for o mal não fazes,
Buscando fazer o bem
Em que tão só te comprazes.
Se não conservas rancor
E não dás motivo a isto,
Sem que ofendas, ou te ofendas
Por um motivo imprevisto.
Se vives sempre a sorrir
Fazendo sorrir quem chora,
Pois, da vida de quem sofre,
Mandando a tristeza embora.
Não sendo anjo já feito
Sobre o berço em que te aninhas,
De suas asas pequenas,
Já se avistam penuginhas!...
Eurícledes Formiga
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de sábado do dia 10 de agosto de 2013, em Uberaba – MG).
16.8.13
PARÁBOLA DO FARISEU E DO PUBLICANO
"Propôs também a seguinte parábola a
alguns que confiavam na sua própria justiça e desprezavam os outros: Subiram
dois homens ao templo para orar: um fariseu e outro publicano. O fariseu, posto
em pé, orava dentro de si desta forma: Ó Deus, graças te dou, que não sou como
os demais homens que são ladrões, injustos, adúlteros - nem ainda como este
publicano; jejuo duas vezes por semana, e dou o dízimo de tudo quanto ganho. O
publicano, porém, estando a alguma distância, não ousava nem ainda levantar os
olhos aos céu, mas batia no peito, dizendo:
"Ó Deus, sê propício a mim,
pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele;
porque todo o que se exalta, será humilhado; mas o que se humilha, será
exaltado". (Lucas, XVIII, 9-14.)
A seita farisaica era a mais
prestigiada no tempo de Jesus, a mais influente, a mais dominadora, a que mais
se salientava.
Era uma espécie de Catolicismo
Romano.
Os fariseus, entretanto, eram servis observadores das práticas
exteriores, do culto e das cerimônias. A religião, para eles, era uma aparência
de virtudes: preferiam sempre a letra da lei, que mata, ao Espírito que
vivifica! Eram hipócritas, inimigos encarniçados das inovações, cheios de
orgulho e de excessivo amor ao domínio.
Eles tinham uma aversão especial
aos publicanos, a quem consideravam gananciosos, e também porque, inimigos do
fisco, tinham de pagar a estes os impostos que lhes cabia na coleta.
De
maneira que os publicanos eram para os fariseus, homens desprezíveis da baixa
sociedade, e portanto, cheios de mazelas, "ladrões, injustos, adúlteros", não só
porque não se curvavam muitas vezes às práticas dos sacerdotes fariseus, como,
também, porque uma prevenção partidária anterior os havia separado da seita
farisaica, ou do Judaísmo. Jesus, que muito se ocupou em desmascarar a
hipocrisia dos fariseus, julgou acertado propor esta parábola, cujas principais
figuras eram: um fariseu e um publicano.
Quis o Mestre mostrar que o
orgulho de seita, o orgulho de classe, o orgulho de família, o orgulho pessoal -
finalmente, o orgulho em suas múltiplas formas, é mais prejudicial à salvação do
que mesmo "o publicanismo", como o concebiam os fariseus! Ainda mais: quis
demostrar que no publicano, com todos os seus senões, ainda se encontrava um
gesto de humildade, o que não acontecia no fariseu.
O publicano conhece
os seus defeitos, sabe que é pecador; nem ousa levantar os olhos para o céu;
limita-se a bater no peito e a dizer: "Ó Deus, sê propício a mim pecador!"
Enquanto o fariseu reconhece em si somente qualidades boas, e a sua prece é uma
acusação aos outros, até ao pobre publicano que lá estava rogando ao Senhor o
perdão de suas faltas!
O orgulho é um dragão devorador, que destrói todas
as qualidades do Espírito; enquanto a humildade, ao olhar de Deus, nos eleva à
dignidade dos justos!
Vale mais ser publicano e miserável, do que fariseu
coberto de ouro e de pedras preciosas.
Livro: Parábolas e Ensinos de
Jesus - Cairbar Schutel
15.8.13
PARÁBOLA DA PÉROLA
"O Reino dos Céus é semelhante a um negociante que
buscava boas pérolas; e tendo achado uma de grande valor, foi vender tudo o que
possuía e a comprou". (Mateus, XIII, 45-46.)
As pérolas constituem
enfeites para a gente fina; são raras, por isso são caras. Quem possui grandes e
finas pérolas possui tesouro, possui fortuna.
Além disso, são jóias muito
apreciadas no seu todo, pela sua estrutura, pela sua composição.
Os
porcos não apreciam as virtudes das pérolas; preferem milho ou alfarrobas. Se
lhes dermos pérolas, eles pisam-nas e submergem-nas no lamaçal em que vivem; por
isso disse Jesus: "Não deis pérolas aos porcos".
Certamente já havia o
Senhor do Verbo Divino comparado o Reino dos Céus a uma pérola de raro valor,
quando propôs aquela recomendação a um discípulo que deliberara anunciar a sua
doutrina a um homem-suíno.
Na verdade, há homens que são Homens, e há
homens que se parecem muito com suínos.
O suíno vive exclusivamente para
o estômago e para a lama. Os homens-suínos também vivem de lama e para o
estômago. A estes as "pérolas" nada significam: as alfarrobas melhor lhes
sabem.
O Reino dos Céus, nos tempos atuais, é incompatível com o Reino do
Mundo.
Para a aquisição da pérola o homem vendeu tudo o que possuía; para
a aquisição da pérola do Reino dos Céus o homem precisa vender o Reino do
Mundo.
Há Reino do Mundo, e há Reino dos Céus. Aquele desaparece com as
revoluções, ao chamado da morte, ou sob o guante da miséria.
O Reino dos
Céus permanece na alma daquele que souber possuí-lo.
Livro: Parábolas e
Ensinos de Jesus - Cairbar Schutel
14.8.13
Questão 219 de O Livro dos Espíritos
CONHECIMENTO ANTERIOR
O espírito
muda de corpo, como se muda de roupa, no entanto, o agente de luz é o mesmo, e a
lei permite a variedade de instrumentos de carne, ou de corpos, para melhor
desempenho da alma e enriquecimento das suas experiências, a caminho da
Luz.
É de se notar grandes conhecimentos em criaturas
sem nenhuma escolaridade naquela existência. Onde adquiriram tais verdades?
Somente a reencarnação pode dizer que esses conhecimentos vieram do passado, em
vidas sucessivas, de modo que eles afloram no presente para mostrarem, no
silêncio da vida, que existe a reencarnação ou, pelo menos, para por os céticos
a pensarem.
Esse fenômeno se vê em escritores chamados autodidatas em
oradores fluentes, em políticos fecundos, e mesmo em filósofos, enfim, em todos
os ramos da ciência, da filosofia e da religião se encontram esses personagens
que nos fazem meditar. A bagagem vem do passado, onde eles aprenderam todas
essas coisas. Mesmo em uma existência, sem freqüentar escolas, o espírito
relembra o aprendizado, em muitos casos com a ajuda dos espíritos guias.
Um
exemplo valioso é o caso de Jesus. Ele não estudou nas escolas humanas e tinha
todos os conhecimentos que os humanos todos juntos pudessem reunir e ainda muito
mais, porque do que falou, e que alguma coisa ficou registrada nos evangelhos,
há dois mil anos, ainda se encontra atualizada, porque é a base da filosofia
universal. Somente a ignorância nega esse poder do Mestre. Ele veio ajudar a
viver melhor e foi expulso pelos pseudo-sábios. Se tornasse a voltar aos nossos
dias, quando escrevemos essa página, é bem possível que os novos fariseus
tornassem a crucificá-LO. A Sua grandeza era tamanha que, naquela época, já
dizia o Mestre: Eles não sabem o que fazem. Não são maus. mas
ignorantes.
Vamos escutar esses sábios inatos, pois eles trazem muitas coisas
importantes para o nosso bem. Vários deles deram a própria vida na sustentação
da verdade, como no caso de Sócrates, na Grécia. O passado está sempre ligado ao
presente e, quando necessário, derrama neste o seu manancial de luzes em favor
dos que vivem no mundo. Entretanto, é bom que observemos se o que nos vem à
mente é realmente educativo. Não o sendo, é de bom alvitre que o recusemos, para
não cairmos em novas tentações.
A Doutrina codificada por Allan Kardec é
escola para todas as almas, de modo a instruí-las, preparando-as para a volta ao
lar espiritual. Quanto tempo ganharemos com essa instrução? Sabemos que muito
tempo.
Se algum dia surgirem em nossa mente pensamentos negativos, não
precisamos nos preocupar com esse fenômeno. Isso é natural no ser humano.
Procuremos corrigi-las sem culpar os outros pela infestação desse mal criado por
nós mesmos. Comecemos a corrigir, que todo trabalho de iluminação tem o apoio de
Deus, e as mãos invisíveis nos ajudam de todas as formas. Demos campo fértil às
boas lembranças do passado, sufocando as más logo que surjam. Todos os grandes
místicos passaram por esses processos de limpeza. Vejamos as palavras de Paulo:
- "O que quero, não faço; e o que não quero, isso eu faço". (Paulo aos Romanos,
7:15) Eram pensamentos do passado que brotavam em sua mente vigorosa,
induzindo-o ao mal, às contradições. Mas ele lutou e venceu a si mesmo,
acendendo a luz no coração e instalando a harmonia na consciência.
O maior guerreiro é aquele que vence a si
mesmo.
13.8.13
12.8.13
OPINIÕES & OPINIÕES
Sinceramente, eu não sei
quem disse aos nossos irmãos de Ideal, que, presentemente, se encontram no corpo
denso, que as opiniões dos desencarnados são pareceres infalíveis, não sujeitos,
portanto, a serem contestados por quem o queira fazer.
Isto, sinceramente,
não existe, pois toda opinião, de qualquer espírito, esteja no corpo carnal ou
fora dele, é naturalmente questionável, de vez que nenhum deles ainda logrou
transcender as limitações de sua condição humana.
O Mundo Espiritual que
rodeia o orbe terrestre é habitado por homens, e não por anjos, que, a respeito
desse ou daquele assunto, detenha a palavra final - palavra que, quase sempre,
não passa da expressão isolada do pensamento de quem o expressa.
Não apenas
os médiuns não são infalíveis, quanto os espíritos que por eles se comunicam
também não o são – e isto por mais respeitável o nome com que a entidade
comunicante venha a se identificar.
A rigor, a única opinião a não ser posta
em questão é a de Jesus Cristo! A opinião dos demais se caracteriza – e assim
deve ser levada em consideração – apenas pela sua maior ou menor aproximação da
Verdade, na relatividade dos conhecimentos que o espírito possua.
As minhas
opiniões neste Blog, quanto às opiniões dos comentaristas que nos dão a honra de
sua participação, são opiniões de valor relativo, porém, jamais absoluto.
Eu
não me melindro, absolutamente, com os companheiros que nem sempre concordam com
as minhas abordagens, porque sei que se posso estar equivocado, com nenhum deles
será de maneira diferente.
A coisa mais difícil é expressar o que pensamos
sem nos permitir afetar por partidarismos de qualquer natureza, nos interesses
imediatos que nos comandam as ações cotidianas.
Os espíritos de minha Esfera
são companheiros que ainda se encontram muito distantes da onisciência, e que,
na maioria das vezes, necessitam empreender grande esforço para manifestarem aos
homens uma opinião isenta de influências pessoais.
O problema, no entanto, se
resume à concepção equivocada que os encarnados, mesmo os adeptos do
Espiritismo, continuam tendo de nós outros, atribuindo aos desencarnados uma
superioridade espiritual que não temos.
Muitos de nós, inclusive, sabemos
muito menos do que sabem os que se encontram encarnados, com os quais, em vez de
algo podermos lhes ensinar, muito temos que aprender.
Neste sentido é que,
uma vez mais, evoco para mim, e para outros espíritos, o direito de,
mediúnicamente, se manifestarem, sem que, por isto, seja considerado na condição
de Instrutor, ou Benfeitor.
Esta questão relacionada a Instrutor, ou
Benfeitor espiritual, na maioria das vezes é afeta ao personalismo do médium,
que assim deseja, moralmente, referendar os comunicados que surgem por seu
intermédio.
Posso mesmo afirmar que de todos os espíritos que, na atualidade,
entram em contato com os encarnados, pouquíssimos são os que, em vista de sua
evolução, verdadeiramente merecem, do ponto de vista hierárquico, a deferência
com que são tratados.
Não me estranha, portanto, que, a respeito desse ou
daquele assunto abordado por mim, em livro ou neste Blog, apareçam os que
possuem opiniões divergentes – tão somente me estranha o fato de evocarem para a
crítica que formulam a respeito do trabalho que apresentamos a pretensão de
infalibilidade.
A pior mediocridade é não se ter noção de quanto se está
sendo medíocre.
INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 12 de agosto de 2013.
10.8.13
“CONHECE-TE A TI MESMO”
A quem te induz conhecer-te,
Para além da humana luta,
O mundo sempre reserva
Uma taça de cicuta!
*
Se queres saber quem és,
Segue este útil conselho:
Não te confundas com a imagem
Que se te mostra no espelho.
*
Quem, de fato, se conhece,
Seja o que for que o contriste,
Para as falhas de quem seja
Nunca aponta o dedo em riste.
*
Sem querer tirar nem por,
Em amigo ou inimigo,
Os erros que vês nos outros,
São os que trazes contigo.
*
A quem queira conhecer-se,
Vou dizer qual é a senha:
Passando mão do machado,
Rachar mil metros de lenha...
*
Se muita gente soubesse
Quanto outrora foi injusto,
Ante tal revelação,
Desencarnava de susto.
*
Segundo Chico e Yvonne,
Em um passado recente,
Quase todo espírita foi
Um pobre irmão delinquente.
*
Meu irmão! Escuta aqui...
Procura agora servir...
No berço em que ele ressona,
Deixa o passado dormir!...
*
Querendo saber quem foste,
Chega de introspeção,
Que na cabeça de muitos
Isto vira obsessão.
*
Deus me livre de saber
Quem fui, quem sou, ou serei...
Quero ser simples vassalo
De Jesus, que é nosso Rei!...
Eurícledes Formiga
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública realizada na tarde do dia 28 de julho de 2013, no Centro de Convenções “Guararapes”, no encerramento do 8º SIMESPE, em Recife – PE).
A quem te induz conhecer-te,
Para além da humana luta,
O mundo sempre reserva
Uma taça de cicuta!
*
Se queres saber quem és,
Segue este útil conselho:
Não te confundas com a imagem
Que se te mostra no espelho.
*
Quem, de fato, se conhece,
Seja o que for que o contriste,
Para as falhas de quem seja
Nunca aponta o dedo em riste.
*
Sem querer tirar nem por,
Em amigo ou inimigo,
Os erros que vês nos outros,
São os que trazes contigo.
*
A quem queira conhecer-se,
Vou dizer qual é a senha:
Passando mão do machado,
Rachar mil metros de lenha...
*
Se muita gente soubesse
Quanto outrora foi injusto,
Ante tal revelação,
Desencarnava de susto.
*
Segundo Chico e Yvonne,
Em um passado recente,
Quase todo espírita foi
Um pobre irmão delinquente.
*
Meu irmão! Escuta aqui...
Procura agora servir...
No berço em que ele ressona,
Deixa o passado dormir!...
*
Querendo saber quem foste,
Chega de introspeção,
Que na cabeça de muitos
Isto vira obsessão.
*
Deus me livre de saber
Quem fui, quem sou, ou serei...
Quero ser simples vassalo
De Jesus, que é nosso Rei!...
Eurícledes Formiga
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública realizada na tarde do dia 28 de julho de 2013, no Centro de Convenções “Guararapes”, no encerramento do 8º SIMESPE, em Recife – PE).
9.8.13
KARDEC e DARWIN
Kardec e Darwin foram dois grandes cientistas que
vieram ao mundo no alvorecer do século 19. O primeiro, um médico francês e aluno
de Pestalozzi, foi o codificador de Espiritismo, o segundo era um naturalista e
fisiologista inglês. Kardec pesquisou a evolução dos Espíritos, Darwin, a dos
corpos biológicos.
Nós somos espíritos imortais. E o Nazareno disse que
nós devemos buscar a perfeição de Deus, o Pai. Nós somos hoje os espíritos dos
homens de ontem, inclusive os dos homens das cavernas. E depois de inúmeras
reencarnações chegamos à evolução e perfeição em que nos encontramos atualmente.
Se não houvesse evolução e as reencarnações que a possibilitam, seríamos
forçados a pensar que Deus foi muito injusto com aqueles espíritos de outrora
dos homens da caverna, que só teriam vivido mais como bichos do que como seres
humanos propriamente ditos! A evolução é, pois, uma lei natural tão real como o
é a da Gravidade, e é até sagrada.
A igreja como afirma o sábio francês
padre François Brune, acredita na vida após a morte, ou a chamada vida eterna,
mas na prática tem agido como se ela não existisse, pois não a estuda, e é até
contrária ao seu estudo. A mesma coisa se pode dizer dos nossos irmãos
protestantes. Isso nos faz lembrar do que o Mestre afirmou, ao referir-se aos
sacerdotes judeus de sua época: " Não entram no reino dos céus, e não deixam
outros entrarem!". É necessário, pois, que os católicos e protestantes despertem
também para o estudo de espírito, e não só do corpo, como vêm fazendo há
séculos, pois o espírito é mais importante do que o corpo. " A carne para nada
se aproveita; o que importa é o espírito que dá vida" (João 6, 63).
Foi
revolucionário o livro de Darwin: " Da Origem das Espécies" (1859),
principalmente porque ele entrou em choque com as idéias da interpretação
literal da Bíblia, quando a exegese e a hermenêutica ainda eram muito
elementares e tímidas. A Igreja estava, pois, sem força moral para enfrentar
aquele poderoso materialismo efervescente, após a Revolução Francesa, o que se
agravava mais ainda pelo fato de ela estar, justamente naquela época, deixando a
Inquisição. Foi quando surgiram também os não menos revolucionários livros
científicos e espiritualistas de Kardec, entre eles "O Livro dos Espíritos"
(1857), os quais deram um verdadeiro " chega pra lá " nas idéias materialistas e
anti-religiosas de Darwin e de seus contemporâneos Marx e Comte. Por isso
dizemos como o escritor e pastor presbiteriano do Rio de Janeiro, Neemias
Marien: "O maior reformador do Cristianismo não é Lutero, mas Allan Kardec." De
fato, até Kardec, não se tinha feito ainda um estudo racional e científico da
Bíblia.
Darwin foi um dos grandes cientistas da evolução da vida
material, e Kardec o foi da evolução da vida do espírito na matéria e fora da
matéria"
José Reis Chaves
8.8.13
Dialogo entre os espíritos Odilon e Inácio Ferreira.
- Com tanta grandeza acima de nossas cabeças e nós insistindo em continuar
a ver o que temos sob os pés!... Por mais que me esforce, eu não entendo esse
pessoal que deixa o corpo e prossegue na mesma... Não era para que deste Outro
Lado, tivéssemos hospitais, vales de expiação e tampouco regiões trevosas. Nem
esses nossos irmãos com problemas de deformidade no corpo espiritual, ao ponto
de necessitarem praticamente de um novo nascimento por aqui, com a finalidade de
readquirirem a forma humana, antes de um novo mergulho na carne.
- Ou nasceria, não é?
- Sim, ou nasceria, pois, se os Espíritos
Superiores confirmaram a Allan Kardec que na Natureza nada dá saltos, como
explicar, por exemplo, sem elementos de transição em nosso Plano, a primeira
encarnação humana do princípio espiritual? O corpo humano não está apto a
receber entidades primárias, sem que o seu organismo perispiritual tenha, antes,
humanizado a forma. Os primeiros nascimentos acontecem aqui!... Mas, repito,
talvez isto seja muito para a cabeça de quantos ainda não conseguiram, por si
mesmos, intuir semelhante realidade. O assunto tem gerado polêmicas, e não
podemos comprometer a tarefa que, apesar dos pesares tem produzido frutos de
significativa qualidade.
- Talvez eu tenha me excedido...
- Não, você não se excedeu: você foi fiel às suas
convicções e ao que lhe tem sido possível constatar... Teses mais absurdas,
como, por exemplo, a do corpo fluídico de Cristo, tem sido adotadas
tranquilamente por muitos adeptos da Doutrina. Não se preocupe. Voltemos ao que
íamos dizendo. Você mencionava a questão dos adversários...
- Sim, daqueles que, como A., o antigo arcebispo,
se opunham às nossas singelas atividades espíritas em Uberaba... Eu ia dizendo
que, de certa maneira, eles me auxiliaram a perseverar e motivavam a inspiração
em meus escritos. Você se lembra, Odilon!
- Os nossos adversários, Inácio, são
representações materializadas de nós mesmos; de costume, eles nos aborrecem
porque se colocam diante de nossos olhos com a forma com que não queremos nos
ver...
- São nossos "espelhos"...
- E um espelho sempre é útil ao retoque da
imagem.
- Retoque da imagem!
- Sem que pudéssemos nos ver em alguém - nas
palavras e críticas de alguém -, dificilmente nos veríamos em nós. O adversário,
portanto, só se nos converte em inimigo quando queremos saber de identificar as
nossas mazelas; longe, pois, de execrá-los deveríamos até lhes ser gratos pelos
auxílios que nos estendem às avessas...
Livro: Infinitas Moradas - Carlos A. Baccelli -
Inácio Ferreira
7.8.13
BELÉM DO BRASIL!
(Versos em homenagem a Pedro Leopoldo, a cidade-mãe do médium Chico Xavier).
A bênção, Pedro Leopoldo,
Cidade berço da luz,
Em que Chico veio ao mundo
Para servir a Jesus.
Quem te viu tão pequenina,
No chão em que te encastelas,
Não pode ver em tu’alma
A grandeza que revelas.
Dos bons filhos que geraste,
Sem que qualquer se degrade,
Tiveste um dentre eles
Que era a própria bondade.
Honrando a mãe generosa
Que nunca o deixou ao léu,
Este teu filho na Terra
Foi mensageiro do Céu.
Ninguém nunca como ele,
Tanto se deu ao Senhor,
Que dele todos diziam -
“Um homem chamado amor”!
Outrora, um Menino assim,
Com teu filho parecido,
Num recanto da Judéia
Nasceu num burgo esquecido.
Sobre a humilde estrebaria,
Na noite em que Ele chegou,
Uma estrela brilhou tanto
Que nunca mais se apagou.
Por isto, Pedro Leopoldo,
Em teus esplendores mil,
Guardo comigo a certeza
Que és a Belém do Brasil!...
Eurícledes Formiga
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Grupo Espírita “Meimei”, na manhã de domingo do dia 14 de julho de 2013, na cidade Pedro Leopoldo – MG).
(Versos em homenagem a Pedro Leopoldo, a cidade-mãe do médium Chico Xavier).
A bênção, Pedro Leopoldo,
Cidade berço da luz,
Em que Chico veio ao mundo
Para servir a Jesus.
Quem te viu tão pequenina,
No chão em que te encastelas,
Não pode ver em tu’alma
A grandeza que revelas.
Dos bons filhos que geraste,
Sem que qualquer se degrade,
Tiveste um dentre eles
Que era a própria bondade.
Honrando a mãe generosa
Que nunca o deixou ao léu,
Este teu filho na Terra
Foi mensageiro do Céu.
Ninguém nunca como ele,
Tanto se deu ao Senhor,
Que dele todos diziam -
“Um homem chamado amor”!
Outrora, um Menino assim,
Com teu filho parecido,
Num recanto da Judéia
Nasceu num burgo esquecido.
Sobre a humilde estrebaria,
Na noite em que Ele chegou,
Uma estrela brilhou tanto
Que nunca mais se apagou.
Por isto, Pedro Leopoldo,
Em teus esplendores mil,
Guardo comigo a certeza
Que és a Belém do Brasil!...
Eurícledes Formiga
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Grupo Espírita “Meimei”, na manhã de domingo do dia 14 de julho de 2013, na cidade Pedro Leopoldo – MG).
6.8.13
IDÉIAS INATAS
Questão 218 do Livros dos Espíritos
IDÉIAS
INATAS
Certamente que o espírito quando encarnado tem vaga lembrança
daquilo que ele foi em reencarnação passada. A consciência registra tudo o que
pensamos e fazemos, como sendo um livro divino. Quando na Terra, movendo-se em
um corpo de carne, aparecem, de vez em quando, na mente, as idéias chamadas
inatas. São pensamentos guardados na sensibilidade espiritual, de modo a
irradiar-se, quando preciso, para a mente ativa, e essa, sendo educada nos
conceitos de luz de Nosso Senhor Jesus Cristo, dá-lhes guarida ou expulsa-os de
seu mundo mental, quando indesejado. Eis aí a limpeza que devemos fazer dentro
de nós mesmos para estabelecer-se a harmonia consciencial.
Alimentamos,
por vezes, muitos erros, inspirando-nos em velhas idéias que emergem do passado
para o nosso presente. Em casos diversos sendo o encarnado um espírita, ele
aponta logo como culpados os irmãozinhos das sombras, atribuindo a
responsabilidade aos obsessores. Na verdade, as idéias são filhas do próprio
"obsediado". Algumas religiões põem culpa no satanás e procuram expulsá-lo com
gritarias e orações. Cada religioso procura uma desculpa, se esquecendo de que
somente atraímos para nós segundo o que somos.
As nossas idéias têm vida,
muitos sabem desta verdade. Quem as cria, torna-se seu pai, e mesmo se elas saem
de nós, ficam sempre vinculadas à casa paterna. Procuremos, pois, mudar a nossa
vida, baseando compará-la com a vida de Cristo. Todo esforço neste sentido é
válido, e sempre temos companhias que nos ajudam nas transformações das trevas
para a luz.
Quando o espírito reencarna, traz consigo seu mundo mental, e
quando parte deste para o além, também leva o que construiu pelos pensamentos,
palavras e obras. Os nossos testemunhos são nossos agentes, que nos libertam ou
nos escravizam. A Doutrina dos Espíritos, pode-se dizer, é a misericórdia dos
céus para a Terra, porque ela nos avisa, antecipadamente, a verdade, de modo a
começarmos, mesmo na Terra, a sentir e a viver a luz da espiritualidade
superior.
Impossível descrever todos os acontecimentos como sendo iguais
na pauta das reencarnações dos espíritos. Há muitos deles que em uma existência
não tem conexão alguma com a anterior, dada à incrustação da sua ignorância;
outros, às vezes, por piedade dos guias espirituais, não conseguem fixar essas
idéias inatas, para não complicar mais a vida presente.
Quando
necessário, os benfeitores estimulam as idéias do passado a flutuar na mente
presente, como meio de educação e limpeza do magnetismo inferior que por vezes,
se esconde nas dobras da consciência, por séculos. Não podemos dizer aqui que os
espíritos das sombras não inspiram as criaturas na Terra; isso se processa
freqüentemente, mas, sempre sob vigilância da luz. Ninguém carrega fardo que não
suporte. Na verdade, a Luz se encontra na Terra com muito mais fulgor do que se
pensa. Onde quer que estejamos, a nossa visão vê e nossos ouvidos escutam a
mensagem de entendimento espiritual. Basta observarmos, desde o nascimento até a
entrada nas fronteiras do que chamamos "desconhecido".
O Espiritismo veio
completar o que Jesus não podia dizer naquela época, nos dando a segurança, de
modo a compreendermos o valor da sua ressurreição e da comunicação dos
espíritos, os mesmos homens que viveram na Terra.
Procuremos vigiar,
analisando todas as idéias que surgirem em nossa mente. Quer sejam idéias
inatas, ou provindas de irmãos das sombras, não importa; importa que devemos
destruí-las, quando inconvenientes.
Procuremos pensar no bem e vivê-lo;
pensemos no amor, amando, que neste esforço permanente, as mãos invisíveis
ajudarnos-ão a concretizar o nosso ideal de iluminação interior.
Livro:
Filosofia Espírita V - João Nunes Maia - MiramO Kit é composto por 2 DVD’s e uma
revista com Pôster “Felicidade é a Conquista Íntima”
DVD – As Vidas de
Joanna de Ângelis O médium Divaldo Franco descreve a trajetória evolutiva de
Joanna de Ângelis, seu guia espiritual, comentando sua passagem desde a época do
Cristo até os dias de hoje. Mostra as encarnações marcantes do Espírito,
conhecidas como Joanna de Cusa, Clara de Assis, Sor Juana Inés de la Cruz e
Sóror Joanna Angélica de Jesus. O conteúdo deste especial leva ilustrações, além
de importantes informações reveladas pelo médium.
DVD – O Médium Conheça os
principais fatos da mediunidade de Divaldo Franco, os detalhes dos primeiros
contatos com seu guia espiritual e as atividades realizadas na Mansão do
Caminho, narradas pelo próprio médium. Neste DVD, você verá a mensagem
psicofônica do Espírito Bezerra de Menezes, a psicografia especular (escrita ao
espelho) realizada por Joanna de Angelis (Espírito) e a narração do “Poema de
Gratidão”, ditado pela poetisa Amélia Rodrigues (Espírito)
5.8.13
CHICO XAVIER, O PAPA E A MÍDIA
Minha irmã:
Você
me escreve perguntando o que eu achei da passagem do Papa Francisco pelo
Brasil...
Nada, minha irmã – sinceramente, eu não achei nada, e nem creio que
deveria achar!
Eu esperava que, por exemplo, ele, pelo menos, dissesse que a
Igreja está propensa a conceder à mulher o direito de exercer o sacerdócio, o
que, sem dúvida, seria sair do lugar comum das palavras – seria bem mais que
desfilar em papamóvel aberto, quebrando protocolos que, em um líder religioso
como ele, nem deveriam existir!
Não estou aqui, compreenda, entrando nos
méritos pessoais do atual Papa que, sem dúvida, me parece um espírito
sinceramente interessado em vivenciar a Mensagem que prega. Que Deus o fortaleça
neste propósito em que a sua simples condição de “sucessor” de Pedro em nada o
auxiliará.
À distância, fiquei pensando em muita coisa, como na enorme
carência do povo – do povo brasileiro em particular! – de líderes que, para ele,
realmente simbolizem alguma coisa.
Deu-me dó de ver aquela multidão ansiosa
por algo que, infelizmente, a Igreja Católica, não lhe pode dar, porque
simplesmente não tem para lhe oferecer.
E, depois, em termos filosóficos,
qual foi a transcendência do discurso do Papa Francisco?! O que ele disse a
respeito do que espera o homem para além desta sua breve e quase miserável
existência, vivida sobre este orbe de provas e expiações?! Fiquei o tempo todo
me perguntando: - O que será que a Igreja fez com o Céu e o Inferno?! – ou o que
será que vai fazer, numa época que em Céu e Inferno ninguém acredita mais, nem
mesmo o Papa que a eles não se referiu hora alguma?!...
Com todo o respeito,
eu não entendo o entusiasmo de alguns companheiros de Ideal com o que o Papa
veio continuar representando no Brasil – uma doutrina ultrapassada! Acredito que
muitos, inclusive, sentiram uma vontade danada de voltar ao seu antigo ninho,
fazendo parte daquela multidão que, de fato, uma vez mais, me pareceu um rebanho
sem pastor...
No entanto, o que mais me intrigou foi o espaço que a mídia
nacional, durante dias e dias inteiros, concedeu à viagem que este
recém-batizado Francisco fez ao Brasil! A audiência deve ter sido fantástica, e
os meios de comunicação faturaram como nunca...
E, desta maneira intrigado,
não pude evitar de pensar em nosso pobre Chico, de Uberaba e Pedro Leopoldo,
assim batizado desde 2 de abril de 1910, que, vivendo quase um século, fazendo,
em nome de Jesus, o bem ao povo brasileiro – na partilha do pão, no aconchego do
verdadeiro amor, que consola e enxuga lágrimas, e na luta titânica contra a
descrença que grassa em nossos dias, pregando a imortalidade da alma, no mais
lídimo exercício de seus dons carismáticos –, em toda a sua vida nunca mereceu,
da mídia tupiniquim, o espaço que um Papa de poucos dias, em tão poucos dias,
dela mereceu!
Parece-me, minha irmã – a você também não?! –, que,
infelizmente, a gente continua preferindo um caminho mais fácil para a nossa
ascensão espiritual, do que aquele que a Doutrina, na revivescência do
Evangelho, nos aponta – ou seja, o penoso caminho da reforma interior!
Então,
você me desculpe, mas eu não pude me encantar com o Papa Francisco e o seu
staff... Desculpe-me, neste sentido, não participar de sua empolgação, e do
entusiasmo de tantos amigos nossos.
Sei, no entanto, que, seja como for, a
Igreja ainda tem um papel a cumprir em nossa sociedade, porque nós espíritas,
infelizmente, longe dos exemplos de Chico Xavier, andamos muito mais preocupados
em nos servirmos de Jesus, e por Jesus sermos servidos, do que, verdadeiramente,
servirmos a Ele!...
INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 5 de agosto de
2013.
3.8.13
BASTA-TE SIMPLESMENTE
Para amparar quem sofre ao teu redor,
Basta-te um simples estender de mão,
Sem mudar de caminho ou direção,
Nem tampouco esperar tempo melhor.
Não precisas nem mesmo mais suor
Do que te exige o próprio coração,
No ato de viver sempre em ação,
Pulsando ao peito em ritmo menor.
Porque para servir seja a quem for,
No gesto diminuto que se farta
De caridade ao se tornar amor...
Careces tão somente aqui e ali,
Superar a distância que te aparta
De quem está tão próximo de ti!...
Eurícledes Formiga
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião íntima do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã do dia 24 de julho de 2013, em Uberaba – MG).
Para amparar quem sofre ao teu redor,
Basta-te um simples estender de mão,
Sem mudar de caminho ou direção,
Nem tampouco esperar tempo melhor.
Não precisas nem mesmo mais suor
Do que te exige o próprio coração,
No ato de viver sempre em ação,
Pulsando ao peito em ritmo menor.
Porque para servir seja a quem for,
No gesto diminuto que se farta
De caridade ao se tornar amor...
Careces tão somente aqui e ali,
Superar a distância que te aparta
De quem está tão próximo de ti!...
Eurícledes Formiga
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião íntima do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã do dia 24 de julho de 2013, em Uberaba – MG).
2.8.13
Questão 217 do Livro dos Espíritos
TRAÇOS DO PRETÉRITO
Existem certas leis que podem ou não ser
aplicadas, isso de conformidade com o lugar ou com a pessoa que vai servir de
instrumento. O corpo em formação nada tem a ver com o corpo que o espírito teve
em outra vida, no entanto, ele pode apresentar traços profundos, pela impressão
da mente do reencarnante, se esse tem essa força já desenvolvida na sua
estrutura espiritual.
Há casos em que o corpo da presente reencarnação de
um espírito parece cópia do outro que ele deixou em passadas existências. Aquela
que mais agradou-lhe fica mais fortemente impressa na consciência, esse é o
fato. Não que o corpo herde traços de outros corpos por leis que regem a matéria
em formação.
A herança mais acentuada, biologicamente falando, são as
características físicas dos pais, pois as pessoas imprimem, nos seus próprios
gens, a vida que levam, em relação a enfermidade e até ao próprio caráter. Os
filhos, então, nascem predispostos a tais enfermidades. Como os espíritos que se
reúnem em família estão espiritualmente endividados, mais ou menos no mesmo
nível, eles, sem generalizar, podem vir a sofrer as mesmas doenças dos seus
ancestrais.
Como, entretanto, a misericórdia de Deus pelas mãos de Jesus
é muito grande, pode-se livrar de muitas enfermidades que vêm pelos fios das
heranças, desde quando se compreenda o que deve ser feito para a devida limpeza
cármica. O dever do devedor é pagar.
Acontece muitas vezes, e por certo é
o que mais acontece, que espíritos de baixa vibração aparecem em outros corpos
com pouquíssimas mudanças, tanto moral quanto física. Somente o tempo
modificar-lhes-á, devagarinho, em inúmeras reencarnações, os traços.
Quando já compreendemos essas leis, podemos e devemos nos esforçar na nossa
própria melhoria espiritual. Analisemos o que somos e passaremos a ser melhores;
observemos nossos pensamentos, analisemos nossa fala, nossa vida, e vejamos se
ela está em sintonia com Jesus.
Procuremos com Jesus os meios mais
rápidos de saldar nossas contas, que ficaremos livres, com mais rapidez, do
grilhão da dor, cuja semente nós mesmos plantamos.
Não devemos pensar que
somente em corpos bem moldados se encontram espíritos de elevação. Pode ser, e
quase sempre é, o contrário. Os grandes missionários pedem corpos sem atração
física, para que eles possam desempenhar melhor sua missão. Reconheceremos essas
almas pela vida que levam, pela presença benfeitora, pelo amor que desprendem na
sublimação do próprio amor.
Jesus é o sol espiritual que nos guia a
todos. Se queremos melhorar, não nos esqueçamos do Mestre, que Ele não nos
esquece. Se queremos viver de boas heranças, devemos procurar herdar as
qualidades enobrecidas de Jesus. Basta que queiramos. Comecemos, que Ele
ajudar-nos-á na conquista.
Convidamos os pais a observarem os seus
filhos, notando o que têm para consertar moralmente e trabalharem com amor, pois
Deus opera com todos, no silêncio da vida. Cada esforço de aprimoramento é
semente de luz para todos os corações do grupo familiar. O dever da família
humana é trabalhar no sentido de todos por um e um por todos. Façamos qual o sol
e a chuva, a água e o ar, que operam constantemente sem exigências, que a luz
nascerá em nós.
Livro: Filosofia Espírita V - João Nunes Maia -
Miramez
1.8.13
OS BAJULADORES
No Dicionário, a palavra “bajulador” está definida por
quem “louva e exagera os méritos de alguém com fins
interesseiros”...
Lamentavelmente, no Movimento Espírita, tais companheiros
que, moralmente, assim se prostituem, também existem.
Aparentando
manifestações de legítima fraternidade, abraçam e tecem elogios a esse ou àquele
orador ou médium, escritor ou dirigente, com a finalidade de exaltarem para
serem exaltados.
Quase sempre, porém, a sua relação de amizade com os outros
é superficial, e, portanto, mentirosa, de vez que não alicerçada na sinceridade
dos sentimentos.
Tal comportamento é muito comum nos Congressos e Simpósios,
Seminários e Encontros, onde acontece a permuta de louvaminhas entre os
considerados expoentes da Doutrina.
Tapinha nas costas aqui, ósculo na mão
ali...
Adulação aos que ocupam cargos diretivos...
Subserviência aos
chamados “medalhões”...
Quase sempre, nestes Conclaves, o que se observa é a
fogueira das vaidades, com as suas altas labaredas, reduzindo a cinzas a
mensagem da Doutrina que se pretende difundir!
De muitos desses oradores e
médiuns, porém, só consegue se aproximar quem tenha um livro na mão para ser
autografado – caso contrário, permanecem eles reclusos nas salas “Vip”, isolados
das pessoas, e igualmente dos Bons Espíritos, que não compactuam com essas
atitudes hipócritas.
E o povo?! Ora, o povo foi feito para ouvi-los e
aplaudi-los – para aferir a qualidade da participação de alguém, logo
introduzirão um “palmômetro” –, porque, nestes Congressos, dá-se mais
importância aos aplausos destinados a esse ou àquele, que aos esclarecimentos
que aquele ou esse esteja se esforçando para efetuar, com o real propósito de
libertar consciências, e não de prosseguir escravizando-as.
Certa vez, ao
adentrar o recinto do “Grupo Espírita da Prece”, sendo, espontaneamente
aplaudido pelos presentes, Chico virou-se para um amigo e disse: - Estão batendo
palmas para um morto!...
Esse tráfico de influências existente no Movimento
precisa acabar! Seria, pois, interessante que, nestes Congressos, sempre se
convidasse uma pessoa que realmente trabalha pela Causa, a fim de que ela possa
dar o seu depoimento de vida – de vida!!!
No entanto, os que labutam,
diuturnamente, nos Centros Espíritas da periferia são esquecidos – os médiuns
passistas são esquecidos, os “sopeiros” são esquecidos, os autores dos
verdadeiros best-sellers nunca editados, pois que escritos com as tintas
invisíveis de seus exemplos, são esquecidos...
Sei não! A coisa aí embaixo é
com vocês...
Mas, sinceramente, para mim, está tudo errado – ou, para
aliviar, quase tudo errado!
Graças a Deus, cedo aprendi que preciso levar
pedradas – elas me defendem de mim mesmo –, porque o veneno das palavras
melífluas e mentirosas, quando entra na alma da gente só a deixa depois de fazer
um estrago danado!...
INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 29 de julho de 2013.
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