É MELHOR QUE VÁ PESCAR!
Se não for para
vivenciar a mensagem da Doutrina Espírita com sinceridade, será bem melhor que
você se abstenha de professá-la ostensivamente...
Melhor que você não
complique o seu carma, aventurando-se no caminho da mediunidade leviana e
mercenária...
Melhor que você não comprometa o destino, agindo de maneira
arbitrária e castradora junto aos humildes companheiros de tarefa...
Melhor
que você, diante da Lei de Causa e Efeito, não assuma pesados compromissos,
fazendo vistas grossas à mentira...
Melhor que você, após a desencarnação,
não atinja o Plano Espiritual em lamentáveis condições, efetuando, em nome da
fé, política rasteira de bastidores...
Melhor que você não chegue, ao término
da existência terrena, entristecido consigo mesmo, conspirando contra o esforço
de quem realmente tem procurado servir...
Melhor que você se anule em todas
as suas ambições de poder dentro do Movimento, e não aspire a nada além que
cumprir com o seu considerado obscuro dever de cada dia...
Melhor que você –
muito melhor –, à face dos perigos espirituais a que se encontra exposto, seja
sempre o apedrejado, e nunca o apedrejador...
Melhor que você se apequene ao
máximo e se deixe pisar, do que, em se agigantando, venha, mesmo
inadvertidamente, pisar em que seja...
Melhor que você, em vez de aplausos
que o iludam quanto às suas necessidades de corrigenda, conte apenas com apupos
que o façam reconhecer a sua própria insignificância...
Melhor que você não
disponha de recursos quaisquer, que, chamado a administrá-los, termine por
desviá-los de suas finalidades...
Melhor que você seja constante alvo de
críticas, nas vacinas diárias que o preservem do contágio da vaidade e do
personalismo que têm adoecido a tanta gente boa...
Melhor que você cometa o
pecado da gula, e outras blasfêmias mais, do que, conforme advertência de Jesus,
blasfemar contra o Espírito Santo, de dificílimo perdão...
Repito: se não for
para vivenciar a mensagem da Doutrina Espírita com sinceridade, será bem melhor
que se abstenha de professá-la ostensivamente, e, munido de vara com linha e
anzol, que vá pescar na beirada de um rio, onde a única obsessão que, com
certeza, você irá suportar será a dos mosquitos borrachudos – e assim mesmo se
não usar repelente!...
INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 6 de agosto de
2012.
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