8.8.12


É MELHOR QUE VÁ PESCAR!

Se não for para vivenciar a mensagem da Doutrina Espírita com sinceridade, será bem melhor que você se abstenha de professá-la ostensivamente...
Melhor que você não complique o seu carma, aventurando-se no caminho da mediunidade leviana e mercenária...
Melhor que você não comprometa o destino, agindo de maneira arbitrária e castradora junto aos humildes companheiros de tarefa...
Melhor que você, diante da Lei de Causa e Efeito, não assuma pesados compromissos, fazendo vistas grossas à mentira...
Melhor que você, após a desencarnação, não atinja o Plano Espiritual em lamentáveis condições, efetuando, em nome da fé, política rasteira de bastidores...
Melhor que você não chegue, ao término da existência terrena, entristecido consigo mesmo, conspirando contra o esforço de quem realmente tem procurado servir...
Melhor que você se anule em todas as suas ambições de poder dentro do Movimento, e não aspire a nada além que cumprir com o seu considerado obscuro dever de cada dia...
Melhor que você – muito melhor –, à face dos perigos espirituais a que se encontra exposto, seja sempre o apedrejado, e nunca o apedrejador...
Melhor que você se apequene ao máximo e se deixe pisar, do que, em se agigantando, venha, mesmo inadvertidamente, pisar em que seja...
Melhor que você, em vez de aplausos que o iludam quanto às suas necessidades de corrigenda, conte apenas com apupos que o façam reconhecer a sua própria insignificância...
Melhor que você não disponha de recursos quaisquer, que, chamado a administrá-los, termine por desviá-los de suas finalidades...
 Melhor que você seja constante alvo de críticas, nas vacinas diárias que o preservem do contágio da vaidade e do personalismo que têm adoecido a tanta gente boa...
 Melhor que você cometa o pecado da gula, e outras blasfêmias mais, do que, conforme advertência de Jesus, blasfemar contra o Espírito Santo, de dificílimo perdão...
Repito: se não for para vivenciar a mensagem da Doutrina Espírita com sinceridade, será bem melhor que se abstenha de professá-la ostensivamente, e, munido de vara com linha e anzol, que vá pescar na beirada de um rio, onde a única obsessão que, com certeza, você irá suportar será a dos mosquitos borrachudos – e assim mesmo se não usar repelente!...

INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 6 de agosto de 2012.

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