AUTA DE SOUZA*
Caravana do amor, ditosa e bela
-Esperança e consolo que bendigo -,
Serve e divide o pão do excelso trigo
De que o chão da bondade se constela!
Aqui, há provação e desabrigo;
Além, o pranto é mar que se encapela...
Ao sol do bem a simples bagatela
Acende a excelsa luz do Excelso Amigo...
Segue e restaura a vida semimorta,
Onde a noite da mágoa desconforta
O coração que sangra, sofre e erra!...
Inda mesmo ante o mal, ma luta inglória,
A caridade é o canto de vitória
Do reinado do Cristo sobre a Terra!...
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(*)《Poetisa de grande emoção religiosa》, no dizer de Afrânio Peixoto, órfã de pai e mãe, AS, desde cedo, enfrentou o mar de provações redentoras, no qual vogou por toda a sua curta vida física. Educada no Estado de Pernambuco, amargou uma existência de acerbos sofrimentos. 《Sua vida》- di-lo Hostílio Montenegro - 《foi uma coroa de espinhos atada com a tuberculose.》 Seu livro Horto (1899) traz um prefácio de Olavo Bilac, no qual o poeta, após dizer que o volume 《vem revelar uma poetisa de raro merecimento》, faz esta ressalva: 《não há nas estrofes do Horto o labor pertinaz de um artista.》 《 Talento e sensibilidade》 – observa Domingos Carvalho da Silva (Vozes Fem. da poesia Brás., pág. 25) - 《Não faltaram à triste moça tísica do Nordeste, que cometeu todavia, o equívoco irreparável de fixar os olhos brilhantes em Lamartine, quando já brilhava a estrela de Mallarmé e Verlaine.》(Maracaiba, Rio Grande do Norte, 12 de Setembro de 1876 – Natal. Rio Grande do Norte, 7 de Fevereiro de 1901.)
BIBLIOGRAFIA: Horto. A 3ª edição, Rio de Janeiro, 1936, é prefaciada por Alceu Amoroso Lima.
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25-32. Ler com hiato: so/fre e/ er/ra;
De/ que o /ho/mem.
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39. Leia-se to/da a/ ho/ra, em três sílabas.
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62. Cf. a nota n° 39 deste capítulo.
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82. Observe-se a enumeração.
Livro: Antologia dos Imortais - Francisco C. Xavier e Waldo Vieira.
Caravana do amor, ditosa e bela
-Esperança e consolo que bendigo -,
Serve e divide o pão do excelso trigo
De que o chão da bondade se constela!
Aqui, há provação e desabrigo;
Além, o pranto é mar que se encapela...
Ao sol do bem a simples bagatela
Acende a excelsa luz do Excelso Amigo...
Segue e restaura a vida semimorta,
Onde a noite da mágoa desconforta
O coração que sangra, sofre e erra!...
Inda mesmo ante o mal, ma luta inglória,
A caridade é o canto de vitória
Do reinado do Cristo sobre a Terra!...
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(*)《Poetisa de grande emoção religiosa》, no dizer de Afrânio Peixoto, órfã de pai e mãe, AS, desde cedo, enfrentou o mar de provações redentoras, no qual vogou por toda a sua curta vida física. Educada no Estado de Pernambuco, amargou uma existência de acerbos sofrimentos. 《Sua vida》- di-lo Hostílio Montenegro - 《foi uma coroa de espinhos atada com a tuberculose.》 Seu livro Horto (1899) traz um prefácio de Olavo Bilac, no qual o poeta, após dizer que o volume 《vem revelar uma poetisa de raro merecimento》, faz esta ressalva: 《não há nas estrofes do Horto o labor pertinaz de um artista.》 《 Talento e sensibilidade》 – observa Domingos Carvalho da Silva (Vozes Fem. da poesia Brás., pág. 25) - 《Não faltaram à triste moça tísica do Nordeste, que cometeu todavia, o equívoco irreparável de fixar os olhos brilhantes em Lamartine, quando já brilhava a estrela de Mallarmé e Verlaine.》(Maracaiba, Rio Grande do Norte, 12 de Setembro de 1876 – Natal. Rio Grande do Norte, 7 de Fevereiro de 1901.)
BIBLIOGRAFIA: Horto. A 3ª edição, Rio de Janeiro, 1936, é prefaciada por Alceu Amoroso Lima.
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25-32. Ler com hiato: so/fre e/ er/ra;
De/ que o /ho/mem.
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39. Leia-se to/da a/ ho/ra, em três sílabas.
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62. Cf. a nota n° 39 deste capítulo.
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82. Observe-se a enumeração.
Livro: Antologia dos Imortais - Francisco C. Xavier e Waldo Vieira.
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