6.1.25

A Incorporação da Mudança Interior

Certo dia, por volta de 2005, não me lembro precisamente o ano, acordei-me com uma mensagem muito clara na mente: em algum momento eu iria ter uma atividade com Dom Helder Camara.
Fiquei curioso!
Helder Camara já era desencarnado havia alguns anos e nenhum contato eu tive com ele quando estava fisicamente entre nós.
Ele sempre foi para mim alguém que me soava superior e distante, até porque nunca fui católico. Somente por duas oportunidades cruzei-me com ele e, mesmo assim, sem trocar qualquer palavra.
Uns três anos mais tarde, depois dessa impressão pós-sono, assistindo a um filme na televisão em minha casa, de repente, vislumbrei pela minha clarividência a figura de Helder Camara.
Parei de assistir ao filme e dei passividade para saber do motivo pelo qual ele estava ali.
Informou-me que havíamos combinado que eu escreveria mediunicamente um livro dele. Duvidei. Apesar de médium, seria minha primeira produção. Não tinha experiência. Pensei que ele havia se equivocado quanto ao médium escolhido até porque, além da inexperiência, meu tempo era escasso – trabalhava e fazia um curso em nível de mestrado que me deixava sem qualquer espaço para novo compromisso.
Conversa vai, conversa vem, acertamos uma rotina de recepção de seus textos. Comecei a estudar sobre ele para aproximarmos a sintonia e afinidade. Ele deu nome ao seu primeiro livro: NOVAS UTOPIAS.
Não sabia a razão desse título e somente mais trade entendi o seu sentido.
Lançado o livro, um rebuliço agitou o mundo espírita e a sociedade pernambucana com repercussão nacional.
Depois vieram os livros NO CORAÇÃO DE DEUS; EM RAZÃO DE VIVER e REVOLUÇÃO PELO AMOR.
Outros três estão prontos aguardando bom tempo para lançamento.
Nesse interim, surgiu seu blog que possui atualmente mais de 700 textos publicados.
Desta experiencia, algumas questões me perseguiram e eu procuro permanentemente as respostas.
A primeira foi respondida pelo próprio Helder Camara: por que eu fui o escolhido para trazer seus pensamentos pós-morte?
Ele me disse que havia procurado outros sensitivos, inicialmente na própria igreja católica, que se recusaram em cumprir este papel. Sobrou, então, para um médium espírita, supostamente um ex-confesso na batina em outras experiências da carne, e que se predispôs a se expor às críticas.
Depois, o que o mundo espiritual achava da sua iniciativa?
Bem, logo na psicografia do livro percebi a tentativa de algum espírito me enganar quando quis se passar por ele na escrita de alguns capítulos.
No final, antes da publicação, participei de uma assembleia espiritual com membros da Igreja Católica. Uns favoráveis, outros contrários ao seu livro. À ocasião, um papa em espírito se apresentou e afiançou o lançamento da obra.
O tempo avançou e vi que outros espíritos passaram a ser trazidos por Helder Camara para escrever por meu intermédio. Políticos, escritores, artistas e personagens da igreja católica.
Na sucessão do Papa João Paulo II para o Papa Francisco, por exemplo, desfilaram vários deles colocando seus posicionamentos e desenhando o perfil de seu candidato que, posteriormente, veio a se confirmar – tudo está registrado no blog Novas Utopias.
Das mãos de Helder Camara chegaram Pio XII, João XXIII, Paulo VI, João Paulo I e II, além de outros padres e cardeais.
Recentemente, outra figura marcante da igreja católica do século 19 e protagonista de um conflito com o Império no Brasil, também se aproximou naquilo que deve se constituir, em breve, num novo livro.
Helder Camara e muitos desses personagens citados, vez em quando, se expressam por mim de maneira oral, principalmente no grupo espírita que milito.
E aí vai outro questionamento a eles: não seria melhor, de agora em diante, outro médium ser utilizado para dar mais visibilidade ao trabalho de divulgação da imortalidade?
Apesar de Helder Camara já ter se apresentado a dois outros médiuns pela psicografia – que eu saiba - eles me respondem que tudo tem o seu tempo. A mensagem de Jesus não se tornou conhecida rapidamente. O trabalho de revelação da vida espiritual, desde então, é gradativo, mas progressivo.
Aquieto-me por obediência e comprometimento com a causa, até porque me considero um escriba espiritual de terceira categoria. Minha facilidade psíquica se concentra em dar passagem a espíritos sofredores para o começo da sua recuperação. É nisto que se constitui 99% da minha atividade de intercâmbio espiritual.
Pedem paciência para esta minha vontade que a mensagem deles ganhe mais relevância que acredito seja menor por mim, apesar da constância na divulgação de seus conteúdos.
Sinto que seus comunicados ficam como que num limbo de interesse.
Os espíritas estão, na sua maioria, preocupados com conteúdos de formação doutrinária e os católicos – ou outros formadores de opinião espiritualista – não acreditam ou não dão atenção à voz mediúnica, mesmo de seus conhecidos e reverenciados.
Outro questionamento que recebo resposta nas minhas vivências é que os adversários espirituais dessa iniciativa, particularmente espíritos ligados ao Catolicismo, continuam atuando para abafar as vozes dos espíritos.
Muitos são abertamente contrários a Helder Camara e agora se intrigam porque Karol Wojtyla também se soma nesta tentativa de desvelar o véu de Ísis.
O conforto é estar em convergência com a mensagem e o propósito de Jesus.
Pouco importa a incredulidade de alguns.
O que peço, em todas as ocasiões, é não estar a serviço do erro, da fraude, do engano dos espíritos maledicentes, e que eu consiga traduzir, da melhor maneira possível, o pensamento dos seus autores espirituais – haja vista que minha sensibilidade é absolutamente consciente.
Tempos novos virão – é o que todos eles proclamam.
Que Jesus está cada vez mais perto da Terra para coordenar esta transformação da humanidade que apenas se inicia e que demorará muitos séculos.
Tempos de fé – como diria Karol Wojtyla.
Tempos de uma revolução pelo amor – como diria Helder Camara.
Que em 2025 cada um incorpore seu espírito de mudança interior fazendo a diferença onde esteja presente e contribua para a espiritualização da humanidade.
O caminho certamente não será de flores, mas absolutamente libertador e gratificante, despojando de vez a velha criatura egoística e dando lugar a um ser humano mais amoroso como deseja Jesus.
Amem!
Carlos Pereira - Blog Carlos Pereira

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