26.7.20

Vencendo a Miséria e a Ignorância

Hoje, ocorridos mais de dois mil anos do aparecimento de Jesus entre nós, somos agraciados com a aventura bendita de transformação definitiva da Terra. 
É claro que temos muito a fazer e que essa jornada está apenas começando, mas também é verdadeiro dizer que já há muito progresso a ser contabilizado.
Quem dera pudéssemos estar numa situação bem melhor, mas esse dia inevitavelmente chegará.
No nosso querido Brasil, terra promissora prometida por Jesus para ser o coração de seu Evangelho, temos muito a fazer. O trabalho nos espera e a tarefa não é inglória, porém será certamente cheia de percalços e dificuldades a serem superadas.
No âmbito da política, por exemplo, temos que aprender sobre o valor da cidadania e exercê-la na sua plenitude. Neste sentido, há muito por se fazer, a começar pela necessidade de dar mais educação ao nosso povo. 
Um povo sem educação fica à mercê do seu próprio futuro e é a educação que fornecerá as bases seguras de progresso de nossa gente.
Com a educação do cidadão em dia poderemos ter melhores representantes e, por essa razão, ver defendidos os nossos direitos fundamentais. O progresso, portanto, das ideias e da própria sociedade depende dessa condição fundamental.
Enquanto isso, aprendamos diuturnamente a escolher melhor os nossos representantes e exigir deles a postura que lhes cabe.
Outro aspecto fundamental, a desrespeito da condição social de nosso povo, é como podemos conciliar o ditame de ser um povo crente em Deus e em Jesus se temos uma quantidade enorme de irmãos jogados ao léu, sendo objeto das migalhas governamentais. Este evento subtrai não apenas a sua condição de cidadão, mas também de agente divino como criatura humana.
A desigualdade, especialmente no Brasil, é uma vergonha ao Criador. Não podemos jamais aceitar a miséria como algo natural, porque verdadeiramente não é. Precisamos urgentemente, minimamente que seja, trabalhar para erradicar de uma vez por todas no nosso País e no nosso planeta este quadro de miserabilidade social.
De outra vez, defendi um ano 2000 sem miséria e, consequentemente, sem fome.  Acreditavam muitos que isto era um sonho, um devaneio, uma utopia. O que seria do destino da humanidade, no entanto, se não fossem os sonhadores, hoje desafiadores da sorte, os imaginadores de um novo amanhã.
De tudo isso, fica a lição a ser refletida: tudo que Jesus tratou ainda representa uma ficção para a maioria da sociedade e, principalmente, dos seus representantes maiores.
Eu quero imaginar, eu quero acreditar, que tudo isso um dia será a mais absoluta expressão da verdade. Não há como imaginarmos o progresso humano na Terra com uma incrível parcela da população, como hoje, jogada a segundo plano, no esgoto da comunidade humana.
Estes pré-requisitos para evolução do planeta, de um lado a cidadania plena e, de outro, a garantia dos direitos mínimos de sobrevivência, devem constar em todos os compêndios políticos no Brasil e no mundo.
Há um longo percurso para essa aprendizagem e consequentemente dessa realização, mas é necessário instituir a primeira pedra se se deseja firmemente que ela se transforme numa realidade palpável.
Os homens, por enquanto, preocupam-se apenas com os seus objetivos pessoais,  devem entretanto, como condição primeira de vida, se preocuparem com os objetivos globais da humanidade, simplesmente porque não se pode ser feliz vendo outros irmãos de caminho vivendo ao relento, em desespero, numa sub-vida.
Vamos vencer esta etapa. 
Vamos construir um novo futuro.
Vamos vencer a inércia e o egoísmo humano.
Vamos, finalmente, sermos felizes.
Este dia está para chegar, não como uma dádiva divina, caída magicamente dos céus, mas como uma conquista humana coletiva, fruto do desenvolvimento da consciência e do desabrochar da sensibilidade afetiva de cada um de nós.
Venceremos - este é o nosso destino.
Jesus nos espera de braços abertos para com Ele inverter as polaridades atuais e fazer cumprir a sua vontade de implantar definitivamente o Reino de Deus entre os homens.

Hélder Câmara - Blog Novas Utopias.

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