20.7.20

RÉU CONFESSO

Sim, sou réu confesso dos “crimes” que me imputam, e, sendo assim, de tantos que são, listarei tão somente alguns de que, no momento, posso me recordar:
- combato, sistematicamente, o elitismo espírita;
- posiciono-me contra os Eventos espíritas pagos – sob qualquer pretexto;
- discordo da atual postura do chamado Movimento de Unificação, através do Órgãos que o representam;
- considero inaceitável a idolatria e o endeusamento de médiuns, dirigentes e oradores espíritas;
- defendo que Chico Xavier foi a reencarnação de Allan Kardec, e que a sua Obra Mediúnica é o desdobramento da Codificação;
- exalto o dinamismo da Revelação Espírita, do “Consolador Prometido”, que, para ficar eternamente conosco, não há de se estagnar em seus Fundamentos;
- proclamo, por certeza própria e por lógica inarredável, a existência da Reencarnação no denominado Mundo Espiritual;
- reitero a convicção de que Mundo Espiritual é Planeta, que a Terra é Mundo Espiritual e que a Vida Viaja na Luz;
- respeito na mulher maculada em sua honra o direito de decidir sobre a possível gravidez decorrente da violência que sofreu;
- aceito que a homossexualidade, e, de resto, as mais diversificadas vivências no campo da sexualidade sejam naturais experiências evolutivas do espírito;
- são legítimas todas as incursões sérias da Ciência que objetivam harmonizar corpo e espírito, colocando a palavra e o bisturi para trabalharem com o mesmo propósito;
- estou convicto de que a imperfeição espiritual é uma “doença”, e, por consequência, apenas os espíritos que já lograram a perfeição não mais estão sujeitos aos reflexos dessa enfermidade;
- sou adepto da evolução do “princípio inteligente”, endossando a tese de que “a alma dorme na pedra, sonha no vegetal, agita-se no animal e acorda no homem”;
- desfraldo a bandeira da liberdade de expressão e de pensamento, dando a encarnado e a desencarnado o direito de se expressarem;
- destaco que, à exceção de Jesus Cristo, todos os espíritos que, um dia, na condição de encarnados, pisaram o solo do planeta estiveram, e estão, no que dizem e no que fazem, submetidos ao seu respectivo grau de assimilação da Verdade;
- entendo que, quanto à Caridade, os que a praticam são os que mais revelam necessidade dela, e que, portanto, ela, a Caridade, se resume em indispensável exercício de amor a Deus e ao próximo;
- concluo que, por principal empreitada, o espírita, incessantemente, seja chamado a promover a sua renovação íntima;
- com toda a minha força, com toda a minha alma e com todo o meu coração, e tudo o que, em minha insignificância, eu possa ser, sustento, por fim, que, sem Jesus Cristo não há e nem pode haver Espiritismo.

INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 19 de Julho de 2020.

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