28.1.19

XXXII – REFLEXÕES SOBRE O LIVRO “LIBERTAÇÃO”

– ANDRÉ LUIZ/CHICO XAVIER

No capítulo VI – “Observações e Novidades” – do livro “Libertação”, André Luiz afirma que, por ordem de Gregório, os três – Gúbio, Elói e ele – foram alojados num aposento de janelas gradeadas, que os mantinham em condição de cativeiro.
O texto a seguir, na palavra de Gúbio, enseja, sem dúvida, muitas reflexões aos estudiosos:
“Não mediste ainda – respondeu, prestimoso –, a extensão do intercâmbio entre encarnados e desencarnados. A determinadas horas da noite, três quartas partes da população de cada um dos hemisférios da Crosta Terrestre se acham nas zonas de contato conosco e a maior percentagem desses semi libertos do corpo, pela influência natural do sono, permanecem detidos nos círculos de baixa vibração qual este em que nos movimentamos provisoriamente.”
Vejamos: passadas algumas décadas do que Gúbio disse a André, a situação por ele exposta ainda não se alterou... Durante o sono físico, “três quartas partes da população” encarnada, praticamente, “invade” as zonas espirituais mais próximas, que, então, fica superpovoada – na atualidade, mais de cinco bilhões de almas, semi libertas do corpo, mantém contato mais direto com o Plano Espiritual ao redor... Imaginem os nossos irmãos o que, então, é suscetível de acontecer. Notemos, ainda, como a existência de Leis que regulem o contato do Mundo Físico com o Mundo Espiritual, e vice-versa, são imprescindíveis, pois, caso contrário seria uma calamidade...
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Continuando, esclarece o Instrutor:
“Por aqui, muitas vezes se forjam dolorosos dramas que se desenrolam nos campos de carne. Grandes crimes têm nestes sítios as respectivas nascentes e, não fosse o trabalho ativo e constante dos Espíritos protetores que se desvelam pelos homens no labor sacrificial da caridade oculta e da educação perseverante, sob a égide do Cristo, acontecimentos mais trágicos estarreceriam as criaturas.”
Talvez, aqui, devêssemos apenas silenciar para pensar nos “dramas” que se entabulam entre os Dois Mundos – as tramas terríveis, as sugestões, as hipnoses, o vampirismo, o assédio/contato sexual, etc... Mais uma vez, aproveitamos para recordar ao homem a importância da oração antes de ele se entregar ao repouso físico! – a importância de sanear, psiquicamente, os seus aposentos, valendo-se de pensamentos elevados, de leitura edificante, de conversas sobre assuntos nobres...
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Gúbio, logo adiante, acentua com sabedoria:
“O homem encarnado vive simultaneamente em três planos diversos. Assim como ocorre à árvore que se radica no solo, guarda ele raízes transitórias na vida física; estende os galhos dos sentimentos e desejos nos círculos de matéria mais leve, quanto o vegetal se alonga no ar; e é sustentando pelos princípios sutis da mente, tanto quanto a árvore é garantida pela própria seiva. Na árvore, temos raiz, copa e seiva por três processos diferentes de manutenção para a mesma vida e, no homem, vemos corpo denso de carne, organização perispirítica em tipo de matéria mais rarefeita e mente, representando três expressões distintas de base vital, com vistas aos mesmos fins.”
Habitualmente, nem mesmo os estudiosos do Espiritualismo mais avançado costumam pensar que o homem vive, simultaneamente, em três planos diversos!
No livro “No Mundo Maior”, no capítulo 3 – “A Casa Mental” –, André Luiz se refere à transcendente questão do Inconsciente, do Consciente e do Superconsciente, que possibilita ao espírito certa onipresença no tempo, abarcando Passado, Presente e Futuro.

INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 28 de janeiro de 2019.

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