Há um bem muito valioso que
todos nós devemos prezar. Um bem que representa a vida em si, pois sem ele não
haveria a própria vida: a liberdade.
É comum se dizer que
liberdade não tem preço e é a pura verdade. Somente aquele que experimentou a
sua ausência poderá dimensionar a sua importância.
Quando me refiro a liberdade,
descrevo ela em todos os sentidos. Falar, pensar, agir, deslocar-se de um lugar
para outro, poder fazer o que se deseja.
Pergunte a alguém que está
num presídio o que é acordar todos os dias e não poder ir onde quiser.
Verifique com alguém que
deseja fazer algo no trabalho, em casa, ou em qualquer outro lugar, e
simplesmente é proibido de dar qualquer passo a seu bel-prazer.
Pela liberdade, expus-me
muitíssimo na última experiência na carne. Afinal, fui um sujeito que em
determinado momento simplesmente não existia. Era como se eu fosse um morto
vivo. Minha liberdade de expressar era subtraída, ignorada a minha existência.
Ora, afirmo tudo isso para
defender o que defendi durante alguns meses nesse espaço que me é concedido por
este médium.
Fui veementemente “feroz” na
defesa da liberdade que ameaçava se esvair novamente de nosso País pelo
discurso beligerante de um então candidato à presidência da República.
Felizmente, vejo este senhor
com ares de democracia no seu início de governo. Garantiu peremptoriamente em
sua posse que defenderia a Constituição brasileira, livro básico de garantia de
todas as liberdades. Tranquilizei-me, mas não me aquietei.
Junto comigo outros
sentinelas da liberdade fizeram coro para que não perdêssemos a perspectiva da
liberdade como bem supremo de todo ser humano.
Garantido o estado
democrático de direito, podemos avançar em todas as esferas de debate. Não se
trata de ser contra ou a favor de um candidato. Não é isso. Era ser coerente
com um princípio. Apenas isso.
Agora, página virada, é
torcer para que este senhor seja iluminado por Deus para tomar decisões
importantes e imprescindíveis. Não me furtarei, por dever de consciência e no
exercício da minha liberdade de pensar, de contrariar posições defendidas por
este governo e aplaudir outras tantas que acreditar concernentes ao bem de
todos.
Não me furtarei desse direito
e novamente não pensem que os espíritos são amorfos ou débeis. Sem vontade ou
atitude. Sem gostos ou preferências. Somos ativos e estamos lado a lado com a
nossa contemporaneidade. Sabemos, porém, o que cabe aos homens na carne
decidirem e sabemos, eticamente, o que nos cabe influenciar ou não em suas
decisões.
O apelo que fazemos, sempre e
sempre, será na direção do bem, na direção do amor, na direção da paz e da
justiça.
Condenaremos, sim,
pensamentos e atitudes torpes, eivadas de preconceito e injustiça. Tendenciosas
ou mal elaboradas. É este o nosso dever. É esta a nossa eterna bandeira. Não
pensem que baixamos a guarda, mas também não somos idiotas ao ponto de achar
que existe um bom irresoluto e um mau eterno. Esse determinismo não é divino.
Tudo cresce, desenvolve, modifica-se, amplia-se, expande-se. Nada é inútil e
parado no universo divino.
As costas servem para
aguentar a carga da caminhada. Elas estão atrás para que não tenhamos que ficar
olhando e prestando atenção para aqueles que deliberadamente só desejam ferir,
admoestar e jamais construir.
Nesse sentido, ajamos com
união em torno dos ideais nobres que nos juntam. Sejamos amigos e parceiros em
todas as iniciativas do bem, venham de onde vierem. O bem tem que predominar,
irmãos.
Ao bem de nosso País!
Ao bem de nossa gente!
Ao bem de todos nós, irmãos
em Cristo Jesus!
Helder Camara – Blog Nova Utopias
Nenhum comentário:
Postar um comentário