20.1.19

O Valor da Liberdade


Há um bem muito valioso que todos nós devemos prezar. Um bem que representa a vida em si, pois sem ele não haveria a própria vida: a liberdade.
É comum se dizer que liberdade não tem preço e é a pura verdade. Somente aquele que experimentou a sua ausência poderá dimensionar a sua importância.
Quando me refiro a liberdade, descrevo ela em todos os sentidos. Falar, pensar, agir, deslocar-se de um lugar para outro, poder fazer o que se deseja.
Pergunte a alguém que está num presídio o que é acordar todos os dias e não poder ir onde quiser.
Verifique com alguém que deseja fazer algo no trabalho, em casa, ou em qualquer outro lugar, e simplesmente é proibido de dar qualquer passo a seu bel-prazer.
Pela liberdade, expus-me muitíssimo na última experiência na carne. Afinal, fui um sujeito que em determinado momento simplesmente não existia. Era como se eu fosse um morto vivo. Minha liberdade de expressar era subtraída, ignorada a minha existência.
Ora, afirmo tudo isso para defender o que defendi durante alguns meses nesse espaço que me é concedido por este médium.
Fui veementemente “feroz” na defesa da liberdade que ameaçava se esvair novamente de nosso País pelo discurso beligerante de um então candidato à presidência da República.
Felizmente, vejo este senhor com ares de democracia no seu início de governo. Garantiu peremptoriamente em sua posse que defenderia a Constituição brasileira, livro básico de garantia de todas as liberdades. Tranquilizei-me, mas não me aquietei.
Junto comigo outros sentinelas da liberdade fizeram coro para que não perdêssemos a perspectiva da liberdade como bem supremo de todo ser humano.
Garantido o estado democrático de direito, podemos avançar em todas as esferas de debate. Não se trata de ser contra ou a favor de um candidato. Não é isso. Era ser coerente com um princípio. Apenas isso.
Agora, página virada, é torcer para que este senhor seja iluminado por Deus para tomar decisões importantes e imprescindíveis. Não me furtarei, por dever de consciência e no exercício da minha liberdade de pensar, de contrariar posições defendidas por este governo e aplaudir outras tantas que acreditar concernentes ao bem de todos.
Não me furtarei desse direito e novamente não pensem que os espíritos são amorfos ou débeis. Sem vontade ou atitude. Sem gostos ou preferências. Somos ativos e estamos lado a lado com a nossa contemporaneidade. Sabemos, porém, o que cabe aos homens na carne decidirem e sabemos, eticamente, o que nos cabe influenciar ou não em suas decisões.
O apelo que fazemos, sempre e sempre, será na direção do bem, na direção do amor, na direção da paz e da justiça.
Condenaremos, sim, pensamentos e atitudes torpes, eivadas de preconceito e injustiça. Tendenciosas ou mal elaboradas. É este o nosso dever. É esta a nossa eterna bandeira. Não pensem que baixamos a guarda, mas também não somos idiotas ao ponto de achar que existe um bom irresoluto e um mau eterno. Esse determinismo não é divino. Tudo cresce, desenvolve, modifica-se, amplia-se, expande-se. Nada é inútil e parado no universo divino.
As costas servem para aguentar a carga da caminhada. Elas estão atrás para que não tenhamos que ficar olhando e prestando atenção para aqueles que deliberadamente só desejam ferir, admoestar e jamais construir.
Nesse sentido, ajamos com união em torno dos ideais nobres que nos juntam. Sejamos amigos e parceiros em todas as iniciativas do bem, venham de onde vierem. O bem tem que predominar, irmãos.
Ao bem de nosso País!
Ao bem de nossa gente!
Ao bem de todos nós, irmãos em Cristo Jesus!
Helder Camara – Blog Nova Utopias

Nenhum comentário:

Postar um comentário