O homem não deve sentir culpa
pelos seus erros. Não sentir culpa não significa não admitir os erros, não
arrepender-se e não concordar que os acertos de conta sejam feitos. Significa
sim, não ficar remoendo, sofrendo com algo que já foi, gerando um turbilhão de
energias que o mantém atado ao acontecimento, julgando-o e fazendo-o julgar-se,
condenando-o e fazendo-o condenar-se. Se você não julgar a si mesmo, ninguém o
julgará. Se você não condenar a si mesmo, ninguém o condenará.
Você se julgará e será julgado
com base na Lei Universal e a Lei é misericordiosa, é a oportunidade da
correção para a compensação dos erros e acertos visando sempre a elevação, a
evolução espiritual. Portanto, o sentimento inicial de culpa serve somente para
a assimilação do erro e exemplo para as escolhas futuras.
Também o homem não deve
sentir resistência em perdoar. Comece perdoando a si próprio, livrando-se dos
pesados fardos impostos pelo sentimento de culpa. Em seguida perdoe a todos que
eventualmente ou propositadamente, isso não importa, o tenham prejudicado e
peça também perdão àqueles aos quais você possa ter prejudicado no decorrer de
suas existências. Permita que a Lei flua livre e suavemente em sua vida. As
dívidas serão menos dolorosas, pois você se sentirá fortalecido. Os créditos
serão claramente percebidos, pois você estará mais receptivo e conectado.
O fato do homem perceber o
sentimento de culpa e a necessidade de perdoar significa que os desígnios de
Deus estão operando - como sempre operaram - , permitindo ao homem atento
percebê-los.
Diz o sábio: " Todo ser
é guiado pela voz interna. Esta voz é chamada instinto nos animais e intuição
no homem. Esta voz silenciosa é muito perceptível no coração e não espera que a
consultem porque sempre antecipa os fatos e se não é ouvida é porque a voz do
desejo do homem muitas vezes a suplanta. Procurar ouvir a voz e viver os seus
conselhos é elevar-se sobre o ritmo; é iludir a enfermidade, a dor, a pobreza,
a morte e ver o céu aberto diante de si a cada momento."
Alberto Camilo
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