Estradeiro, prossegue em teu
caminho,
Leva adiante essa cruz que
tens aos braços,
De pés sangrando sobre os
próprios passos,
Varando em torno o escuro
torvelinho...
Avança mesmo à míngua de
carinho,
Desfigurado em teus humanos
traços,
Na carência de afetos tão
escassos
Em meio à multidão, sempre
sozinho...
Lentamente, caminha sem
detença,
Por sob a luta que se mostra
intensa
Sem da luta pensar em
desertar...
Na Terra em que te fazes
estrangeiro,
Ao findar teu exílio de
estradeiro,
Hás de voltar à paz do Grande
Lar!...
Eurícledes Formiga
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