9.11.17

MARIA MADALENA (DE MAGDALA)

    Consumada a crucificação de Jesus Cristo, a primeira pessoa para quem o seu Espírito se fez visível foi para Maria de Madalena.
    Muitos estudiosos dos Evangelhos formulam uma indagação: Por que essa preferência? Por que não apercebeu primeiramente para sua mãe ou para os seus apóstolos?
    Não é muito fácil explicar a razão profunda dessa prioridade, porém, procuraremos elucidar a questão.
    Se perlustrarmos as páginas dos Evangelhos, do começo ao fim, jamais encontraremos um paralelo com aquilo que ocorreu com a célebre mulher de Magdala, pois  melhor do que ninguém ela assimilou e viveu os ensinamentos de Jesus. ninguém melhor do que ela soube desvencilhar-se dos vícios e desprender-se das coisas deste mundo.
    Maria Madalena seguiu de forma irrestrita a recomendação do Mestre: aquele que tomar do arado não olhe mais para trás.
    Difícil tarefa é na realidade a luta contra os vícios. Muitas pessoas não conseguem, às vezes, vencer maus hábitos insignificantes e o que se dirá quando tem que lutar contra vícios tenebrosos e arraigados, vícios que há largos anos dormitam dentro de suas almas?
    O orgulho, a vaidade, o ódio, a sensualidade, são outras tantas formas de viciações que assoberbam as criaturas humanas e tem sido a causa de verdadeiros descalabros morais e espirituais, originando sérios conflitos interiores e mesmo tornando-se a causa de guerras, de desagregações sociais.
    Existem vícios que se arraigam nos seres humanos e os acompanham mesmo após a chamada morte física, constituindo sérios embaraços para a emancipação da alma.
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    Numa das suas maravilhosas mensagens, o Espírito de Emmanuel, analisando a questão da Aparição do Mestre a Maria Madalena, explica:
    Por que razões profundas deixaria o Divino Mestre tantas figuras mais próximas de sua vida, para surgir aos olhos de Madalena em primeiro lugar? Somos naturalmente compelidos a indagar porque não teria aparecido antes, ao coração abnegado e amoroso que lhe servira de Mãe ou aos discípulos amados?
    Entretanto, o gesto de Jesus é profundamente simbólico em sua essência divina.
    Dentre os vultos da Boa-Nova, ninguém fez tanta violência a si mesmo, para seguir o Salvador, como a inesquecível obsidiada de Magdala. Nem mesmo Paulo de Tarso faria tanto, mais tarde, porque a consciência do apóstolo dos gentios era apaixonada pela Lei, mas não pelos vícios. Madalena, porém, conhecera o fundo amargo dos hábitos difíceis de serem extirpados, amoleceu-se ao contato de entidades perversas, permanecia "morta" nas sensações que operam a paralisia da alma."


Apostila do Curso de Aprendiz do Evangelho

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